'Achei que ela iria ressuscitar', diz filho de idosa que pode ter sido velada ainda viva em Bagé


Registro feito pela família na última consulta ao médico 
antes da internação. — Foto: Arquivo pessoal

24 de AGOSTO 2019 - A família de Rosaura Vaz, de 80 anos, que foi velada por cerca de oito horas até ser levada de volta ao hospital, após seus familiares suspeitarem que ela estava viva, espera por respostas e esclarecimentos. O caso aconteceu na manhã da última terça-feira (20), em Bagé, fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.

"Achei que, levando para o pronto-socorro, ela iria ressuscitar. Todo mundo ficou eufórico. Ali me causou alegria", disse ao G1 Jesus Alberto Chaves, um dos filhos de Rosaura.

A família, que havia feito uma visita à idosa, ficou surpresa com a morte dela, na noite de segunda-feira (19).

"Estive horas antes [da morte] com a minha mãe. Ela estava super bem, com alta prevista para o dia seguinte, fazendo planos para sair. Até conversei de fazer um churrasco", comenta.

Poucas horas depois da visita, a família foi avisada de que ela havia falecido. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal e, depois, levado à sala funerária, onde iniciou o velório, no início da madrugada de terça-feira.

"Eu fiquei um bom tempo tocando na mão dela, e começou a suar. Como a gente não entende nada de medicina! Só que passaram-se as horas, estava fria a noite, tinha ar-condicionado, e ela com o corpo quente, o rosto corado. A gente achou estranho", descreve Jesus.

Foi nesse momento, sete horas depois do início do velório, que o filho afirma que a família decidiu conferir se Rosaura estava de fato morta.

"Minha irmã trouxe o aparelho da pressão, e deu 12 por sete. Fez de novo a medição, e chamamos o médico. Ele demorou 40 minutos para chegar. Olhou as pupilas, e não tinham dilatado. Não disse mais nada. Deu as costas e chamou a ambulância. Depois, levou para dentro do pronto-socorro. Passamos por aquela humilhação de carregar a mãe de novo para uma maca, tirar do caxião."

O filho relata que, quando chegaram ao pronto-socorro, não tiveram mais acesso à mãe. Quando foi permitida a entrada, minutos depois, mostraram os aparelhos e afirmaram que ela estava morta.

Segundo a família, Rosaura tinha bronquite e foi internada com falta de ar, no dia 7 de agosto, para fazer exames. Ficou quase duas semanas no hospital.

De acordo com o atestado de óbito, Rosaura teve uma parada respiratória, em decorrência de um cisto cerebral, às 0h24. O enterro, que estava programado para as 17h, ocorreu às 22h. A família ainda aguarda respostas

"Nós só queremos resolver isso, o que realmente aconteceu com ela. Estava muito bem. Velamos ela duas vezes. É doloroso o que a gente sofreu", lamenta.

Polícia aguarda necropsia

A Polícia Civil de Bagé aguarda o resultado da necropsia feita pelo legista do Instituto Geral de Perícias para esclarecer a hora exata da morte. De acordo com o delegado Luís Eduardo Sandim Benites, o médico solicitou o boletim de atendimento à Santa Casa, mas o hospital não entregou. Um pedido judicial foi feito para que o hospital libere o documento.

Ao G1, a mantenedora do hospital informou que aguarda o laudo pericial para se pronunciar. A instituição também não se pronunciou sobre a negativa em entregar o boletim de atendimento ao legista do IGP.

Médico explica procedimento para atestar a morte

A morte de um paciente só pode ser atestada por um médico. O G1 procurou um especialista para explicar o procedimento. De acordo com o cardiologista Sérgio Ivo Dedavid, para constatar o óbito é preciso verificar alguns sinais.

"As condições básicas são a ausência de resposta a estímulos dolorosos em pares cranianos, ausência de respiração espontânea e ausência de pulsos e reflexos. As pupilas dos olhos aumentam e não reagem à luz. Ao girar a cabeça, os olhos ficam parados na linha média. Ao tocar na córnea, não há reação. Não há reflexo de tosse quando estiver com tubo traqueal".

O médico alerta ainda que a avaliação deve ser feita por dois profissionais. "Esses critérios devem ser revisados por dois colegas médicos diferentes, com, no mínimo, de uma até seis horas de diferença, principalmente por neurologistas e intensivistas".

O cardiologista informou que, ao longo dos anos, com o avanço da medicina, a determinação da morte de uma pessoa passou por mudanças.

"Até final do século XIX, morte era sinônimo de parar de respirar. Com a chegada de estetoscópio, na década 50, a morte era a parada do coração. Com advento de ventilação mecânica e a reanimação cardio-pulmonar, as pessoas não mais morriam, pois eram reanimadas artificialmente. Então, surgiu o conceito da morte cerebral-global como critério de morte, junto outros vários termos para definir morte".

Dedavid esclarece que atualmente a medicina internacional adota a morte encefálica como critério para definir a morte definitiva. Nesses casos, o paciente é submetido a exames para constatar a ausência de fluxo cerebral.

BAGÉ

Por G1 RS

RN registra 6 casos notificados de microcefalia em 2019


Número de casos notificados diminuiu no RN — Foto: Nacho Doce/File Photo/Reuters

24 de AGOSTO 2019 - O Rio Grande do Norte registrou 6 casos notificados de microcefalia e outras malformações relacionadas às infecções congênitas até agosto de 2019. O dado consta no boletim epidemiológico divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Os casos notificados foram registrados até o dia 17 de agosto deste ano e o número indica uma queda progressiva em comparação à quantidade de casos dos últimos quatro anos. Com os dados até o mês de agosto, o número se encaixa neste momento como o menor desde 2014, ano em que houve a notificação de quatro casos de microcefalia.

O ano com mais casos notificados foi o de 2015, período de grande contaminação com o vírus da zika no país. Naquele ano, foram registrados 337 casos no RN, seguidos por 151 em 2016. Nos anos seguintes, uma queda já foi registrada: foram 21 casos em 2017 e 16 em 2018.

Ao todo, entre 2014 e 2019 no Rio Grande do Norte foram registrados 541 casos de microcefalia e outras malformações relacionadas às infecções congênitas como Zika e STORCH (sífilis, toxoplasmose, rubéola, CMV ou HSV).

Os casos notificados são os registrados pela Sesap, que passam a ser investigados para confirmação posterior ou não de microcefalia. Eles aconteceram em 100 municípios do estado com 131 sob investigação, 151 confirmados, 4 inconclusivos e 249 descartados.

RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Estudantes bloqueiam acessos da Reitoria da UFC em protesto contra reitor nomeado por Bolsonaro


Estudantes ocupam UFC em protesto contra novo reitor nomeado pelo Presidente 
Jair Bolsonaro — Foto: José Leomar/SVM

23 de AGOSTO 2019 - Um grupo de estudantes fechou com correntes e cadeados durante aproximadamente três horas, na manhã desta sexta-feira (23), cinco acessos ao prédio da Reitoria da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Bairro Benfica, em Fortaleza. Eles protestaram contra a nomeação do novo reitor da universidade, José Cândido Albuquerque, que tomou posse do cargo nesta quinta-feira (22) na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília.

O G1 entrou em contato com a universidade buscando um posicionamento sobre o protesto. A assessoria de comunicação da UFC informou que, apesar da manifestação, as aulas ocorreram normalmente nesta manhã.

O novo reitor foi o terceiro colocado em uma consulta pública realizada com estudantes e professores da UFC. O mais votado, o então vice-reitor da UFC, Custódio Luís Silva de Almeida recebeu 7.772 votos na consulta enquanto Cândido recebeu 610 votos. O segundo colocado, Antônio Gomes de Souza Filho, chegou a receber 3.499 votos.

Este é o segundo protesto de universitários desde a nomeação do novo reitor da UFC. Na terça-feira (20), os estudantes fecharam o mesmo cruzamento, no Bairro Benfica. Antes do protesto, houve uma reunião nos jardins da Reitoria, com os diretórios e centros acadêmicos dos cursos da UFC para discutir ações a respeito da nomeação.


Estudantes fecharam a entrada da Reitoria com correntes 
e cadeado — Foto: José Leomar/SVM

Avenida fechada

No protesto desta manhã, os manifestantes chegaram à sede da Reitoria por volta das 7h, com instrumentos musicais e cartazes. Os universitários gritaram palavras de ordem contra a nomeação do reitor, como: "Fora interventor, não elegemos, não reconhecemos!".

Além de bloquear o acesso à Reitoria, por volta das 9h40 desta sexta-feira, os estudantes saíram para o cruzamento das avenidas da Universidade e 13 de Maio, no Benfica, onde fica localizada a Reitoria da UFC. Os manifestantes usaram cadeiras de plástico e ficaram sentados no meio da avenida para impedir o trânsito de veículos pelo local. A via foi liberada por volta das 10h45.


Estudantes fecharam a Avenida da Universidade, em 
Fortaleza, durante o ato. — Foto: Lucas Falconery/SVM

De acordo com a estudante Natália Aguiar, diretora de universidades públicas da União Nacional dos Estudantes (UNE), o objetivo do protesto foi para pressionar o novo reitor a entregar o cargo.

"Nós não reconhecemos ele como nosso reitor, é uma ação de indignação, a gente quer dar através dessa pressão que ele não ocupe mais o cargo, que ele entregue o cargo", disse a estudante.

Ainda segundo Natália, os professores foram convidados a darem aulas aos estudantes no local onde aconteceu o protesto.



O professor Cândido Albuquerque foi nomeado por 
Bolsonaro como novo reitor da Universidade Federal 
do Ceará. — Foto: Kid Junior/Sistema Verdes Mares

Candidato com menos votos

A nomeação de Cândido Albuquerque, anunciada em edição extra do Diário Oficial da União na segunda-feira (19), contrariou a preferência de estudantes, professores e servidores tanto em consulta pública quanto na elaboração da lista tríplice elaborada pelo Conselho Universitário (Consuni).

Em entrevista ao G1 no terça-feira (20), Cândido Albuquerque disse não há oposição expressiva contra ele.

“É um número muito pequeno de pessoas contra mim, a universidade é plural. É claro que há uma insatisfação, não existe unanimidade, mas estou estendendo a mão para todos na busca de união”, ponderou o novo reitor.

Por G1 CE

Fundação Vingt-un Rosado comunica os vencedores do Concurso Literário Coleção Mossoroense 70 anos

Eriberto Monteiro

23 de AGOSTO 2019 - A Fundação Vingt-un Rosado, mantenedora da Coleção Mossoroense promoveu o Concurso Literário Coleção Mossoroense 70 anos.

O evento faz parte do Projeto Coleção 70 que tem o objetivo comemorar os 70 anos de existência e resistência da Coleção Mossoroense, maior movimento editorial sem fins lucrativo do Brasil. Inclusive, o tema escolhido foi “Coleção Mossoroense, 70 anos”, podendo os participantes explorar as mais diversas facetas acontecidas durante a existência da/na Coleção.

As categorias disponíveis para a disputa deste concurso foram: conto, crônica, poesia e trabalho jornalístico, tendo uma baixa participação popular, segundo Eriberto Monteiro, idealizador e atual editor da Coleção Mossoroense.

Segundo Eriberto, “A participação foi muito tímida pelo que representa e pela importância da Coleção Mossoroense para o povo brasileiro. Infelizmente, tem pessoas que só lembram da Coleção Mossoroense quando precisa dela. Mas, para a gente que resolveu fazer esta homenagem em busca de publicar o título 5 mil da Coleção, é um fato histórico. E quem participou, já faz parte desta história que perdura 7 décadas. Durante o período de recebimento de material literário, o participante pode desenvolver o tema relacionados aos 70 anos de existência da Coleção Mossoroense, como foi sugerido”.

E Eriberto continua: “Apesar desta tímida participação no concurso. está sendo uma homenagem bonita. Vários textos muita qualidade literária. E revelações que somente a Coleção Mossoroense pode proporcionar”.

Eriberto relacionou diversos tópicos que poderiam ser explorados para participar deste concurso. Estes tópicos/sugestões foram publicados em diversos meios de comunicação e foram utilizado como forma de facilitar a participação.

Anteriormente, o resultado final do concurso seria divulgado na semana do folclore, em evento da Comissão Mossoroense de Folclore (COMFOLC) realizado em parceria com a Fundação Vingt-un Rosado. Como houve um problema para a realização deste evento cultural, a Fundação Vingt-un Rosado achou por bem utilizar esta ferramente de divulgação dos seus trabalhos.

Os vencedores e os classificados serão contactados para receber suas devidas premiações, conforme o edital publicado neste meio de comunicação.

Acompanhe, abaixo, os vencedores de cada categoria:

CONTO

1º lugar – Raimundo Lopes – Texto: Um parto diferente

2º lugar – Misherlany Gouthier – Texto: A Velha Ursa do Paraú

3º lugar – Thiago Galdino – Texto: Óleo sobre tela

CRÔNICA

1º lugar – Ângela Gurgel – Texto: Obras publicadas, sonhos realizados pela Coleção Mossoroense

2º lugar – Josselene Marques – Texto: A realização de um sonho;

3º lugar – Edilson Segundo – Texto: Jerônimo Rosado, o avô da Coleção Mossoroense

POESIA

1º lugar – Gualter Alencar – Texto: 70 anos da coleção mossoroense de Vingt-un a Dix-sept Sobrinho;
2º lugar – Margareth Freire – Texto: Vingt-un;
3º lugar – Paulo Ricardo – Texto: Renascimento de uma Coleção.

TEXTO JORNALÍSTICO


Única participação – Francisca Anastasia – Coleção Mossoroense, um legado de Vingt-un para o mundo;

Serão premiados melhores trabalhos acima citados de cada categoria, recebendo os vencedores, os seguintes prêmios:

1º lugar: Conto / Crônica / Poesia / Texto Jornalístico – 25 exemplares da coletânea;

2º lugar: Conto / Crônica / Poesia / Texto Jornalístico – 15 exemplares da coletânea;

3º lugar: Conto / Crônica / Poesia / Texto Jornalístico – 10 exemplares da coletânea;

Além destes 3 (três) primeiros lugares de cada categoria, haverão menções honrosas, de cada categoria, que receberão os certificados;

Os trabalhos ganhadores serão publicados pela Coleção Mossoroense, em formato de coletânea, sendo este, o quinto milésimo título publicado com o selo da Coleção Mossoroense;

Cada ganhador e os que foram agraciados com menções honrosas, receberão, respectivamente, na Noite da Cultura a ser realizado no dia 26 de setembro em comemoração ao aniversário de Vingt-un Rosado e da própria Coleção Mossoroense.

Os concorrentes, no ato da inscrição do concurso, cedem todos os direitos autorais de veiculação e divulgação dos respectivos textos à Fundação Vingt-un Rosado;

Estes e mais os classificados que receberão as menções honrosas, serão contactados para o detalhamento final das premiações.

Informamos, desde já que a coletânea está em processo de composição editorial. É possível que não tenha tempo disponível para a entrega dos livros aos vencedores na data marcada, dia 26 de setembro. Assim sendo, será marcada uma nova data de entrega dos livros para cada vencedor. Mas, deixamos sob aviso…

Deste já, todos estão convidados para participar da festa dos 70 anos da Coleção Mossoroense que será realizada no dia 26 de setembro próximo, quando da XLV Noite da Cultura, na Loja Maçônica Jerônimo Rosado.

A Fundação agradece a participação de todos e agradece pela valorização da Coleção Mossoroense por parte dos escritores participantes.

A história da Coleção Mossoroense também é sua história.

Após três dias, bombeiros controlam incêndio florestal na região Oeste potiguar


Bombeiros trabalham no controle de incêndio florestal no interior do RN — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

23 de AGOSTO 2019 - Após três dias, um incêndio florestal na zona rural da cidade de Assú, na região Oeste potiguar, foi controlado no final desta quinta-feira (22). Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo destruiu vários hectares da região, mas a área total atingida não foi informada.

As chamas consumiram matas na região do Sítio Mendumbi. Segundo o major Alcione Araújo, comandante do 2º Grupamento de Bombeiros, a ação de ventos fortes, aliado ao tempo e mato seco, fez com que o fogo se alastrasse com mais intensidade.


Corpo de Bombeiros combateu incêndio por três dias no interior do estado. — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

“Tivemos muito trabalho. O fogo chegou a queimar serras, mas com apoio de todos conseguimos eliminar todos os riscos e controlar. É importante que assim que houver focos de incêndio em áreas rurais, os moradores acionem os bombeiros antes do fogo avançar”, ressaltou o major.

Ainda de acordo com o Corpo de Bombeiros, houve trabalho integrado com a Defesa Civil e os órgãos públicos municipais para controlar as chamas.



Incêndio florestal aconteceu na zona rural de Assú, no RN — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Por G1 RN

VI Edição Festival Cultural reunirá atendidos pela LBV no RN Atividades lúdicas e recreativas farão parte do evento lúdico

23 de AGOSTO 2019 - A Legião da Boa Vontade - LBV promove em suas unidades ações pautadas na área da promoção humana e social, por meio do Criança Futuro no Presente!. Uma dessas iniciativas ocorrerá na manhã deste sábado, 24 de agosto, com a VI Edição Festival Cultural, onde reunirá crianças, jovens, adultos, idosos, voluntários e atendidos nos programas socioeducacional.

Esse momento lúdico e recreativo tem por iniciativa, o resgate a valorização da cultura popular, costumes, crenças e etnias, além de colocar em foco realidades de gerações. A programação festiva contará com a participação dos diversos grupos artísticos de dança contemporânea (teatro e frevo), balé (cultura nordestina), rodas de capoeira (maculelê), artes diversas, dança do coco e roda, xaxado, bumba-meu-boi, além do musical (cordel e baião).

O evento ocorrerá, às 9h 30, sábado 24 de agosto, na Escola Municipal Monsenhor Joaquim Honório, localizado a Rua: Presidente Mascarenhas, 768 no Bairro Alecrim. 


Informações: (84) 3613-1655

Em João Pessoa, moradores querem proibir deficientes de irem à praia


O argumento dos ‘incomodados’ é que levar deficientes 
para a praia tira a beleza de um bairro nobre da cidade

22 de AGOSTO 2019 - A praia costuma ser um lugar democrático, onde é possível presenciar e enxergar a diversidade. As areias não fazem diferença de classe social, cor, etnia, origem, gênero. Inclusive os animais são bem-vindos. Tudo isso se não for na praia de Cabo Branco, bairro nobre da cidade de João Pessoa, na Paraíba, onde moradores querem proibir pessoas com deficiência de frequentarem o espaço público.

PUBLICIDADE

O “incômodo” da elite chegou até o gabinete da vereadora Helena Holanda (PP), uma das autoras do projeto “Praia Acessível”, uma iniciativa inclusiva que leva, todo sábado, pessoas com deficiência para participarem de atividades com música e esporte na orla da praia.

Na última terça-feira 20, Holanda foi procurada por moradores do bairro, que pediram para a parlamentar proibir os deficientes de frequentarem a praia. Eles estavam incomodados, segundo relatou Helena, por se tratar de área ilustre da cidade, lugar de pessoas bem criadas, que a orla do Cabo Branco foi criada por pessoas de renome e que o projeto não estaria trazendo um “quadro belo” para a vizinhança.

Em entrevista ao canal Mais PB, nesta quinta-feira 22, a vereadora garantiu que o projeto não será retirado do local em hipótese alguma, e que, caso as pessoas estivessem incomodadas, podiam se mudar para outro bairro.

Helena Holanda anunciou ainda que vai ampliar o programa, com o aval da prefeitura de João Pessoa, e que vai levar ao Ministério Público a denúncia de discriminação de moradores contra os deficientes. “Me inspirou mais ainda na luta pelas pessoas com deficiência”, afirmou Helena.

Fonte: CartaCapital

Caso Bia Beatriz: Polícia Civil deverá apurar suposta agressão contra travesti em Mossoró


Bia está internada desde a semana passada com graves ferimentos e traumas

22 de AGOSTO 2019 - O caso envolvendo uma suposta agressão contra uma travesti em Mossoró teve novos desdobramentos nesta quarta-feira (21). A Polícia Civil deverá entrar em cena para apurar o ocorrido. A medida foi anunciada ontem pela deputada estadual Isolda Dantas (PT). Mais conhecida como “Bia Beatriz”, a travesti está internada desde a semana passada com graves ferimentos e traumas.

Através de postagem nas redes sociais na tarde desta quarta-feira, Isolda Dantas comunicou que pela manhã de ontem tinha conversado com a delegada geral de Polícia Civil do Estado, Ana Cláudia Saraiva, sobre o caso e ela se comprometeu em designar um delegado para investigar o ocorrido. Além disso, a parlamentar informou na publicação que também fez requerimento à Secretaria Estadual de Segurança para que haja “séria e ágil” apuração do caso.

A deputada lembrou que a travesti seguia internada com graves ferimentos e traumas, sob suspeita de ter sido espancada. “Os vídeos de câmeras de segurança mostram que Bia sofreu uma queda no Hotel Caraúbas e logo trataram de espalhar que teria sido provocada por um mal-súbito da vítima. Mas os mesmos vídeos também mostram a sua chegada cambaleante no local”, detalhou trecho da postagem.

“Os laudos do hospital apontam traumatismo no crânio e costela quebrada, dentre tantos outros órgãos machucados, que uma queda sozinha não seria capaz de ocasionar”, ressaltava outro trecho da publicação oficial das redes sociais da parlamentar, acrescentando que Bia Beatriz é uma figura muito querida na cidade. “É preciso lembrar que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTs no mundo e que são as pessoas trans, como Bia, que mais sofrem com o ódio violento da lgbtfobia. Não podemos deixar impune, nem permitir que a lgbtfobia se perpetue. Nenhuma a menos”, finalizou o material.

No início desta semana, o movimento denominado “Coletiva Motim Feminista” divulgou uma nota sobre o caso, em que cobrava “investigação policial independente e a intervenção de uma perícia médico-legal para apurar indícios de espancamento e de tentativa de homicídio”. O movimento chamou atenção ainda para a importância de participar das campanhas de solidariedade e arrecadação de alimentos e itens básicos realizados em prol de Bia Beatriz.

ESTADO DE SAÚDE

Uma informação divulgada em uma rede social na tarde desta quarta-feira (21) deu conta de que Bia tinha sido transferida para uma unidade de terapia intensiva (UTI) e que ela já estava respirando sem o uso de aparelhos. Ela está no Hospital Regional Tarcísio Maia desde a semana passada. O relato de pessoas próximas é de que ela deu entrada na unidade com fratura no nariz e algumas lesões na face, olhos roxos e politraumatismo no crânio, rosto e tórax; depois de ter sido socorrida após cair em um bar no Centro da cidade, logo depois de chegar ao local já debilitada.

Fonte: defato.com

NÃO NOS ESQUEÇAMOS DISTO.


O Progresso Espiritual tem que acontecer de dentro para fora, digo: "em meu íntimo". Como poderei promover a paz se a minha mente está em guerra? Como ser fonte de vida, se o ventre da minh'alma encontra-se podre? É necessário que eu faça uma limpeza interior, para então, ter condições de alojar em mim, a semente evolutiva do espírito, "O AMOR".

Chico Filho.

'Animais carbonizados e silêncio no lugar do verde e som de pássaros': biólogo descreve cenário apocalíptico após queimadas


Um filhote de cobra carbonizado por um incêndio florestal — Foto: Izar Aximoff

22 de AGOSTO 2019 - O biólogo Izar Aximoff estudou a recomposição de florestas no Rio de Janeiro após queimadas. Testemunhou áreas verdes se transformarem em pó preto e o rico som das florestas, em silêncio.

"É muito triste ver a floresta totalmente dizimada. Aquele cenário colorido, com flores, sons de animais, pássaros cantando, bichos se movimentando e cheiro de mata dá lugar ao silêncio, a animais carbonizados, a um cheiro de carne queimada, à desolação. Fica tudo preto e você fica sujo com aquele resíduo de carvão", descreve o biólogo, lembrando-se do que viu quando uma área que monitorava em seus estudos voltou a sofrer queimadas.

"Eu vi filhote de jiboia queimado, bicho-preguiça carbonizado, bromélia queimada. Dá vontade de chorar. A perda é de valor inestimável. Muito superior ao das multas aplicadas, quando se encontra o culpado, o que é raro", compara o biólogo especialista no tema em áreas de Mata Atlântica, como o Parque Nacional de Itatiaia.

Após o quadro de destruição, novos desafios surgem no reflorestamento, explica o biólogo, que é doutor em Botânica pelo Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ).

"Espécies ameaçadas acabam não voltando. A cada queimada, a diversidade é perdida", disse.


Trecho de mata atingido por incêndio: prevenir as queimadas 
é mais barato que tentar remediar depois, diz 
biólogo — Foto: Izar Aximoff

"E muitas áreas de Mata Atlântica, por exemplo, não conseguem se regenerar sozinhas. É preciso um reforço. Temos as melhores cabeças do mundo na área de reflorestamento, mas a demanda é grande demais", diz o biólogo, lembrando que a situação é também grave em áreas que ganham menos holofotes como o Cerrado e a Caatinga.

A mesma falta de recursos impede um planejamento mais eficaz na prevenção de novas queimadas. O biólogo diz que, no nível federal, o acompanhamento dos incidentes é melhor do que no estadual e municipal.

"A prevenção é muito mais barata. Mas não há planejamento também por falta de dados. Os gastos após os incêndios são muito maiores. Você tem uso de aeronaves, equipes, sem contar o risco de morte a que esses profissionais estão expostos", acrescentou.


Queimadas na Floresta Amazônica — Foto: Nacho Doce/Reuters

Por BBC

Servidores do município de Natal que tenham filho com deficiência terão jornada reduzida


Vereadores de Natal derrubaram veto do Executivo — Foto: Elpídio Junior/Câmara Municipal 
de Natal

22 de AGOSTO 2019
 - Servidores do município de Natal que tenham filho, cônjuge ou dependente com deficiência terão jornada reduzida, independente de compensação, sem prejuízo do respectivo cargo ou redução salarial. O proejto de lei já havia sido aprovado na Câmara Municipal, mas foi vetado pelo prefeito. No entanto, os vereadores derrubaram o veto do Executivo.

O veto foi rejeitado por todos os parlamentares presentes no plenário na sessão ordinária desta quarta-feira (21). O projeto de lei n° 64/19, de autoria da vereadora Nina Souza (PDT), altera o artigo 158 da lei municipal 1.517/65 sobre o regime jurídico dos funcionários públicos municipais.

"A matéria estabelece que os trabalhadores que possuem, por exemplo, filhos com deficiência atestada por um médico especialista tenham a jornada de trabalho reduzida sem qualquer ônus financeiro. O governo alegou que no projeto não consta a lista de doenças, todavia, cabe à prefeitura elencar esses pontos na regulamentação. Felizmente, os vereadores compreenderam a relevância da proposta para a sociedade e optaram pela retirada do veto", disse a vereadora Nina Souza.

Durante o debate, chegou-se a cogitar o adiamento da apreciação do veto. Conforme o líder da bancada governista, vereador Kleber Fernandes (PDT), a intenção era salvar e garantir a aplicabilidade do projeto.

"O mérito é importante, haja vista que os servidores terão uma redução de 50% na carga horária para poderem se dedicar ao familiar com deficiência. Porém, identificamos um erro formal do ponto de vista jurídico que é a ausência do rol de deficiências e seus respectivos graus de gravidade, deixando o texto abrangente e abstrato, o que pode gerar problemas nos serviços públicos com muitos funcionários requerendo a redução da jornada. No entanto, há um compromisso da prefeitura de encaminhar um novo projeto especificando esses detalhes para contemplar as famílias que realmente precisam do benefício".

Liliane Monteiro, representante do MOVIPAutismo, que reúne familiares e amigos de pessoas com deficiência, comemorou a derrubada do veto. "Conquistamos hoje uma imensa vitória na luta pela igualdade em nossa cidade".


Por G1 RN

Pesquisa da UFRN testa produto à base de casca de maracujá contra a pressão alta


Produto feito a base da casca de maracujá é testado 
contra hipertensão na UFRN — Foto: Cedida

21 de AGOSTO 2019 - Um estudo clínico do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) investiga a eficácia de um produto feito a partir da casca do maracujá no tratamento contra a pressão alta. Em uma das fases da pesquisa, ratos hipertensos tiveram diminuição da pressão arterial e até melhora na função vascular. Agora, os pesquisadores convocam pessoas interessadas em participar como voluntárias nos testes em humanos.

Muito usada em dietas de emagrecimento e para diminuição dos níveis de colesterol, a farinha da casca de maracujá é facilmente encontrada em feiras livres e em lojas de produtos naturais, mas sua utilização não é amparada cientificamente. Segundo as pesquisadoras, a proposta do estudo é justamente buscar a comprovação da eficácia e segurança de um produto obtido a partir dela.

“O diferencial desse estudo é que foi preparado um extrato da casca, não é apenas a planta seca e moída, vendida na forma de pó. Foram extraídos os metabólitos responsáveis pelo efeito terapêutico, é um extrato concentrado. Por isso, ao contrário do que o mercado oferece atualmente, a ideia é produzir um fitoterápico (medicamento) de fato”, explica a professora Silvana Zucolotto, coordenadora da pesquisa.

Os estudos fazem parte do doutorado da aluna Bárbara Cabral, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e acontecem no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), onde, sob orientação médica do cardiologista Dr. Fábio Mastrocola, os pacientes voluntários serão submetidos a uma série de exames, todos realizados gratuitamente. Para tanto, eles devem ter algumas características: hipertensão leve, não serem usuários de medicamento, além de estarem na faixa etária dos 18 aos 60 anos.


Pesquisadoras da UFRN testam produto a base de casca 
de maracujá em tratamento contra a pressão 
alta — Foto: Cedida

De acordo com Bárbara Cabral, todos os procedimentos foram seguidos para que a sua pesquisa chegasse a atual etapa de desenvolvimento no Grupo de Produtos Naturais Bioativos, o PNBio.

“Estudos realizados nas fases preliminares da pesquisa apresentaram diminuição da pressão arterial e melhora na função vascular em ratos hipertensos. Além da eficácia, também testamos a segurança e os resultados foram positivos. Não foram encontradas alterações em órgãos, nem nos padrões bioquímicos e hematológicos”, relata a pesquisadora.

As pesquisadoras ressaltam ainda a importância dos voluntários não estarem usando medicamentos. Interessados em colaborar com a pesquisa como voluntários devem entrar em contato pelos telefones (84) 981160002 e (84) 999851187.


Por G1 RN

RN inicia vacinação contra o sarampo de todas as crianças entre 6 meses e 1 ano


Brasil registra 1.845 casos de sarampo em 2019, em 88 
cidades de 11 estados. Rio Grande do Norte tem 
1 caso confirmado — Foto: Reprodução/TV TEM

21 de AGOSTO 2019 - A Secretaria Estadual de Saúde Pública do RN (Sesap) já iniciou a vacinação contra o sarampo de todas as crianças de seis meses a 1 ano. A recomendação para que todas as crianças nessa faixa etária sejam vacinadas é do Ministério da Saúde. Dados divulgados nesta terça (20) apontam que o Brasil registra 1.845 casos de sarampo em 2019, em 88 cidades de 11 estados. O Rio Grande do Norte tem 1 caso confirmado.

Em nota, a Sesap informou que "as doses específicas para esta população alvo ainda serão entregues pelo Ministério da Saúde, mas as atividades vão começar utilizando o estoque estadual atual".

O sarampo é uma doença extremamente contagiosa causada por um vírus do gênero Morbillivirus, da família Paramyxoviridae. A transmissão pode ocorrer por meio da fala, tosse e/ou espirro. O quadro de infecção pode ser grave, com complicações principalmente em crianças desnutridas ou com sistema imunológico debilitado.

No dia 26 de julho foi confirmado um caso de sarampo em um rapaz que mora em Natal, mas viajou para São Paulo. Já no dia 13 de agosto exames iniciais confirmaram um caso de sarampo em uma criança de 1 ano e seis meses moradora de Tibau do Sul. A Sesap aguarda o resultado de um exame realizado em SP para confirmar este caso.

Nova recomendação

O Ministério da Saúde divulgou uma nova recomendação: todas as crianças de 6 meses a 11 meses e 29 dias devem receber uma dose adicional, a chamada “dose zero”. A recomendação vale para todo o país, e deve alcançar 1,4 milhão de crianças. O ministério ressalta que essa dose não substitui ou elimina a necessidade de tomar as demais que integram o calendário nacional de vacinação.

Antes, o reforço era indicado somente para aquelas que fossem viajar para municípios com surto da doença no país. De acordo com o ministério, o grupo formado pelas crianças menores de 1 ano é o mais afetado pela doença.

São Paulo e a disseminação

O Ministério da Saúde apontou ainda que houve uma dinâmica de disseminação dos casos a partir de São Paulo, estado com o maior número de casos. Entre as semanas epidemiológicas de 21 a 32, que concentra o período com a explosão dos casos, o fluxo mostra relação com a incidência em SP (veja abaixo).

Dinâmica da transmissão do sarampo a partir de SP; 
ministério diz que quadro se intensificou a partir da 
semana epidemiológica 21, no começo de 
junho.' — Foto: Rodrigo Cunha/Arte G1

RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN