Índios armados prometem resistir à desocupação. Equipe da PF também está no local.
12 de JANEIRO de 2013 - Homens do Batalhão de Choque chegaram na manhã deste sábado às imediações da Aldeia Maracanã, onde fica o antigo Museu do Índio, que o governo do estado pretende demolir para aumentar a área de estacionamento e melhorar o acesso ao estádio. Os defensores da causa indígena temem que os policiais iniciem a desocupação da Aldeia a qualquer momento. Índios armados com arcos e flechas prometem resistir à desocupação. “O governo quer fazer qualquer coisa aqui, um shopping, um estacionamento, menos deixar para os índios. A gente não quer guerra, mas, caso a gente precise, vamos guerrear”, disse o líder dos indígenas, José Urutao Guajajara.O comandante do operação, tenente Melo, informou que não iria agir de imediato, e que estava aguardando ordens superiores. No entanto, a informação é de que a decisão judicial sobre a desocupação já foi publicada no Diário Oficial. É aguardada a chegada de um oficial de justiça com a decisão. Os indígenas convocam apoiadores e movimentos sociais para vigília no local em defesa da preservação desse importante espaço cultural.
Os militares já cercaram a portaria do Museu do Índio que, antes estava liberada para entrada da imprensa. O presidente da Empresa de Obras Públicas (Emop), Ícaro Moreno, foi vaiado e xingado quando observava a movimentação no local. Um cacique tucano tentou dialogar com Ícaro, mas ele saiu andando. A polícia escoltou o presidente da Emop até o estádio do Maracanã.
No início da tarde, o delegado federal Marcelo Nogueira chegou ao local com uma equipe da PF após ser chamado pelo defensor público federal Daniel Macedo. Ele afirmou que se não for expedido um mandado judicial para a PM entrar no museu, não pode haver invasão. “Sem esse ofício a Polícia Militar está determinantemente proibida de invadir a aldeia. Esse documento pode chegar a qualquer momento, mas, até isso acontecer, as coisas têm que permanecer do jeito que estão”, afirmou Macedo.
Ideias & Fatos: Acho isso tudo uma tremenda falta de respeito por parte dos que tem em mãos o poder. Ao meu ver é o direito da criatura sendo devorado pela falta de escrúpulo comercial. Eles propagam o Progresso, diminuindo, ferindo e matando a Honra e a Dignidade do Ser. Uma Nação que castra os direitos dos seus filhos não pode desenvolver-se justamente.
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