'Libertei meu pai', disse filho de Eduardo Coutinho após matar cineasta, afirma polícia.


Eduardo CoutinhoReprodução/ Pipoca Moderna


2 de FEVEREIRO de 2014 — Eu libertei meu pai — afirmou, segundo a polícia, Daniel Coutinho, de 41 anos, filho do cineasta Eduardo Coutinho, após o assassinato do cineasta a facadas.

A frase foi relatada por um vizinho a investigadores da Divisão de Homicídios que apuram o caso. Daniel foi autuado em flagrante pelo crime.

— Tentei me libertar, me furei duas vezes e não acontece nada — prosseguiu o rapaz, ainda conforme a polícia, em conversa com o vizinho. Daniel estava ensaguentado e pediu para que o morador chamasse o porteiro.

Segundo a Polícia Civil, o filho do cineasta, que sofre de problemas mentais e falava palavras desconexas, teria tentado se matar após cometer o crime. Daniel deve permanecer detido ao receber alta do hospital Miguel Couto.

Coutinho, de 81 anos, foi assassinado a facadas neste domingo (2) dentro de sua casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro. A mulher dele, Maria das Dores Coutinho, de 62 anos, também foi ferida e está internada em estado grave no mesmo hospital do filho. Daniel tem o quadro estável.

Velório

O velório de Coutinho deve começar às 11h de segunda-feira, na Capela 3 do Cemitério São João Batista. O sepultamento está previsto para as 16h.

Coutinho era considerado um dos maiores documentaristas do Brasil. Entre seus trabalhos de maior destaque estãoCabra Marcado para Morrer, Edifício Master, Jogo de Cena e Babilônia 2000. Em 2007, o cineasta ganhou um Kikito de Cristal, principal premiação do cinema brasileiro, pelo conjunto da obra. Seu último documentário, As Canções, foi lançado em 2011 e foi o 12º longa-metragem dirigido por ele.


Retirado do R7

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