Tigela da dinastia Ming é vendida pelo preço recorde de R$ 80 milhões.


Diretor da casa de leilões Sotheby’s Ásia mostra tigela da dinastia Ming leiloada por US$ 36 milhões (Foto: Vincent Yu/AP)


08 de ABRIL de 2014 - Um bilionário chinês comprou nesta terça-feira (8) em Hong Kong um tigela da dinastia Ming por US$ 36,05 milhões (cerca de R$ 80 milhões), um novo recorde mundial para a porcelana chinesa, anunciou a casa de leilões Sotheby's. A marca anterior foi estabelecida em 2010 para um jarro da era Qianlong (1735-1796), vendido por US$ 32,58 milhões (R$ 71,8 milhões).

A pequena tigela com desenhos policromáticos sobre fundo branco foi fabricada na era Chenghua (1465-1487) e é considerada extremamente rara. Um galo vermelho, uma galinha e seus pintinhos aparecem em um jardim de rosas vermelhas e açucenas (espécie de flor) amarelas. O objeto tem o esmalte e o verniz intactos.

A taça é o "Graal da arte chinesa", afirmou Nicolas Chow, vice-presidente da Sotheby's Ásia, ao informar que foi adquirida pelo bilionário Liu Yiqian, um ex-taxista de Xangai que se dedicou ao mundo das finanças e se tornou um dos multimilionários chineses a percorrer as salas de leilões do mundo inteiro e construir museus para suas coleções.

Yiqian, de 50 anos, fez fortuna ao especular na Bolsa de Xangai nos anos 1990. Atualmente, ele preside um gigantesco conglomerado industrial, e sua fortuna foi avaliada em US$ 1,6 bilhão (R$ 3,5 bilhões).

O chinês fundou dois museus e seu nome está associado desde setembro à compra, por US$ 6 milhões (R$ 13,2 milhões), de um rolo de caligrafia que tem sido objeto de disputa entre especialistas sobre sua autenticidade. A obra – nove ideogramas com tinta preta que significam "Su Shi apresenta seu respeitoso adeus a Gong Fu, cavalheiro conselheiro na corte" – é aparentemente uma cópia tardia, segundo especialistas, que apontam alguns traços de pincel "torpes" (em que faltam habilidade e destreza).

Yiqian mantém a reivindicação de autenticidade do rolo, vendido pela Sotheby's em Nova York.


Da France Presse


Retirado do G1

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