Homens têm mais medo de impotência do que de traição ou desemprego, aponta pesquisa.

Brasileiro tem mais medo da impotência sexual do que de ser traídoThinkstock


15 de JULHO de 2014 - O homem brasileiro tem mais medo da impotência sexual (28%) do que ser traído pela mulher (25%), perder o emprego (25%) ou ser assaltado (18%). Isso é o que revela uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (15), Dia Nacional do Homem, pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia). O levantamento ouviu 3.500 homens acima dos 40 anos em sete cidades do País.

No Rio de Janeiro e em Porto Alegre, os resultados foram os mesmos, ou seja, o maior receio deles (56%) é ficar impotente. Já para 18% dos cariocas e gaúchos perder o emprego é o principal temor. Em Brasília, o público masculino respondeu que ter medo da impotência é tão ruim quanto ser traído (28% para cada um). Para os mineiros, ficar desempregado (48%) está à frente do receio da impotência (23%). Em Salvador e Goiânia, a disfunção erétil ficou atrás de ser traído pela mulher. Por fim, os paulistanos revelaram que seu maior medo é ser assaltado (28%), seguido por traição e impotência, que ficaram com o mesmo percentual, 23%.

Para o urologista Carlos Corradi, presidente da SBU, “ainda hoje existe muito preconceito em relação à saúde masculina”.

— Muitas vezes o machismo impede que o homem cuide da sua própria saúde. O homem precisa ter consciência de que exames como o de toque não vão fazer com que ele perca a virilidade.

A pesquisa da SBU também revelou que 51% dos homens não costumam ir ao urologista ou ao cardiologista com regularidade. Entre os problemas de saúde que podem afetar os homens, o câncer é o que mais preocupa, com 20%, seguido por problemas de ereção (16%). O infarto (14%) e o derrame cerebral (10%) também foram citados pelo público masculino.

Diante desse cenário, Corradi alerta que “a chave para o tratamento e cura de muitas doenças é a detecção precoce”.

— Nesse ponto, a participação da mulher é muito importante: 90% dos pacientes vão ao consultório levados pela companheira. Dessa forma, elas têm papel preponderante na prevenção de doenças como o câncer de próstata.

Outro dado da pesquisa mostra que a famosa “barriguinha de chope” não é levada a sério, ou seja, muitos homens não relacionam o tamanho da circunferência abdominal com a saúde. Nesse quesito, 59% não sabem qual a medida ideal da circunferência abdominal para evitar problemas de saúde e 55% dizem desconhecer o tamanho de sua própria cintura.

Segundo o urologista Archimedes Nardozza Júnior, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), “o número ideal deve estar entre 90 e 95 cm e somente 8% dos homens responderam essa alternativa”.

Os resultados também apontam que 83% dos brasileiros não conhecem os sintomas da andropausa, por exemplo, que é a baixa acentuada da testosterona. A queda do hormônio masculino ocorre ao longo dos anos e pode causar a tão temida impotência sexual. Para driblar o problema, muitos especialistas recomendam a reposição hormonal com testosterona, no entanto, 48% dos homens não sabem ou nunca ouviram falar sobre a terapia.


Retirado do R7

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