Jô Soares defende Chico Buarque e José de Abreu em 'desabafo' na TV

Jô Soares durante o que chamou de
'desabafo',
em seu programa
(Foto: Tv Globo)

28 de ABRIL de 2016 - Jô Soares fez o que chamou de "desabafo", em seu programa na TV Globo, nesta quarta-feira (27).

O assunto escolhido pelo apresentador foi a intolerância política no Brasil. Ele se emocionou ao lembrar de uma discussão de Chico Buarque com jovens no Rio. Jô também comentou sobre José de Abreu e fez esclarecimentos sobre a Lei Roaunet.

Leia trechos abaixo e assista no Gshow ao vídeo com o desabafo de Jô Soares:

"Eu fico indignado com esse tipo de atitude. Me perdoem de ter até me emocionado aqui. Mas é que realmente não entendo, sabe? Foge à compreensão, no meu ponto de vista, de qualquer brasileiro que acompanha esse país e que veja as coisas indignas que acontecem aqui dentro. E de repente uma pessoa da maior dignidade como artista e como ser humano não pode sair da sua casa, que corre o risco de ser agredido por um bando de idiotas e de ignorantes. Enfim, me perdoem, mas eu tinha que fazer esse desabafo que estava contido aqui há muito tempo. Palmas para o Chico Buarque."

"Peraí, o Chico Buarque não poder sair de casa e ir jantar com os amigos sem ser agredido ou ofendido... O Chico Buarque, que é um patrimônio deste país. Feliz do país que tem o Chico Buarque. Eu fico comovido, envergonhado. Um homem que tem que ser reverenciado, sai na rua com os amigos e aí de repente é agredido de uma forma mesquinha..."

"Não, desculpa, eu tenho que terminar esse pensamento. Nenhum artista merecia isso. Principalmente um artista que já representou o Brasil e representa o Brasil a sua revelia. Não é que ele sai fora promovendo o país. Não. Ele naturalmente é um brasileiro do qual todo brasileiro devia se orgulhar, independente de gostar ou não gostar da música ou da sua tendência política, se ele é do PT ou seja lá do que for."

"A confusão que fazem com a lei Rouanet é uma coisa brutal. Como se ela desse dinheiro para as pessoas... Então gritaram que ele se beneficiava. Estou falando do José de Abreu. Quem entra na possibilidade de levantar verbas é o produtor. Ele pede licença para levantar fundos junto às indústrias e comércio. O governo não dá dinheiro a ninguém. É uma mentira dizer que o José de Abreu vive às custas da Lei Roaunet."

Do G1, em São Paulo

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