Governo estuda leiloar Congonhas e Santos Dumont, diz ministro.


14 de JULHO de 2016 - Os aeroportos de Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio de Janeiro) "podem ou não" ser leiloados pelo governo, afirmou nesta quinta-feira (14) o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella. Segundo ele, a equipe do presidente em exercício, Michel Temer, estuda essa possibilidade.

"Essas possibilidades ainda estão em estudo, são medidas que vamos ter de estudar com muita calma. [...] Não posso nem devo antecipar qual modelo será adotado, porque ele ainda não está definido. Esses dois aeroportos podem ou não entrar no programa de concessão", disse.

Ao explicar que o governo avalia os ativos que podem ser concedidos à iniciativa privada, Quintella afirmou que os dois aeroportos são "ativos extremamente importantes", que têm as maiores movimentações e atraem maior interesse.

"Por isso, é preciso ter todo cuidado do mundo para que [informação sobre leilão] não cause expectativa de mercado neste momento e isso não atinja a Infraero", disse.

A Infraero, que administra 60 aeroportos no país, passa por dificuldades financeiras e o governo já anunciou que estuda "um novo modelo de participação da Infraero em aeroportos".

Quintella afirmou, ainda, que defende o "fortalecimento" da Infraero. "Queremos pensar num modelo daqui pra frente que não inviabilize a empresa", afirmou.

Abertura de capital
No final de junho, o Ministério do Planejamento havia informado que Congonhas e Santos Dumont podem passar por abertura de capital (venda de ações). A medida, disse o Planejamento, está sendo vista dentro do processo de reestruturação da Infraero. E a venda de parte dos dois aeroportos aeroportos é considerada "desde que o controle seja mantido com a Infraero".

Também no final de junho, o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disse que o governo estuda um novo modelo de participação da Infraero em aeroportos.

Para o leilão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Porto Alegre e Florianópolis, o ministro voltou a dizer que a previsão é que ocorra nos últimos meses deste ano.


Laís Alegretti
Do G1, em Brasília

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