Médico de UTI usa atadura no lugar de máscara durante cirurgia no DF

Médico de UTI de hospital público do DF com atadura no rosto, em vez de máscara cirúrgica, durante procedimento (Foto: Reprodução)
Médico de UTI de hospital público com 
atadura no
rosto, em vez de máscara cirúrgica, 
durante
procedimento 
(Foto: Reprodução)

31 de OUTUBRO de 2016 - Alegando falta de material, um médico da UTI de um hospital público do Distrito Federal usou uma atadura para substituir a máscara cirúrgica durante um procedimento neste domingo (30). O registro ocorreu pela manhã, na regional de Santa Maria. A Secretaria de Saúde negou que o equipamento esteja em falta e disse que vai apurar o caso.

Servidores da unidade de saúde contam que o incidente aconteceu durante uma punção de acesso venoso – para administrar remédios por meio de cateteres em vasos sanguíneos. O caso foi mostrado em reportagem do "Metrópoles".

O médico teria improvisado a atadura no rosto como forma de evitar contaminação cirúrgica. A máscara que ele deveria usar é do tipo N95, que tem tripla camada e cuja caixa com 50 itens custa R$ 9,90.

"Além da máscara N95, também há a máscara comum em estoque. A direção da unidade reforça que não houve desabastecimento, e frisa, novamente, que irá apurar por que o profissional não a usou", disse a secretaria.

Médico de UTI de hospital público do DF com atadura no rosto, em vez de máscara cirúrgica (Foto: Reprodução)

Em agosto, cirurgias tiveram de ser remarcadas no hospital por falta de material cirúrgico e produtos de higiene básica. Familiares de pacientes afirmavam que tinham de levar lençóis de casa para os leitos, porque a roupa de cama não estava sendo fornecida. A Secretaria de Saúde reconheceu os problemas na época.

A falta de capote – vestimenta usada para realizar procedimentos de saúde – fez com que médicos e enfermeiros usassem sacos plásticos como proteção. De acordo com os funcionários, cuidados básicos como banho no leito, fisioterapia e outros procedimentos ficaram prejudicados pela falta do material, que é recomendado no protocolo de saúde. Ao G1, a Secretaria de Saúde informou que houve um “atraso no processamento da lavagem de roupas” por causa de uma reforma.

Do G1 DF

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