Estudantes ocuparam a Secretaria Estadual de Educação
do RN
(Foto: Eduardo Rodrigues/Inter TV Cabugi)
11 de NOVEMBRO de 2016 - Dezenas de estudantes ocuparam o prédio da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Norte, em Natal, na tarde desta quinta-feira (10). Eles protestam contra a reorganização escolar proposta pelo governo do estado, e ainda contra a PEC 55 que tramita no Senado e estabelece um teto para os gastos públicos.
A Secretaria Estadual de Educação começou a reordenação das escolas do estado dividindo as instituições por série: algumas vão oferecer apenas ensino médio e outras apenas ensino fundamental. A medida, no entanto, não é aceita pelos estudantes já que a mudança fará com que eles estudem longe de onde moram.
A escola Jean Mermoz, no bairro Bom Pastor, é um exemplo das que passarão pela reorganização. A partir do próximo ano ela vai ofertar apenas o ensino fundamental. "Vai trazer grandes prejuízos para os nossos alunos já que essa é a única escola do bairro que tem o ensino médio", disse o vice-diretor da unidade, Antônio Lisboa. Estudantes da Escola Jean Mermoz e moradores do bairro fizeram um protesto nesta quarta-feira (9). O Estado alega que a reorganização é necessária para garantir a qualidade do ensino ofertado.
Com a ocupação da SEEC, os estudantes esperam que o governo recue da reorganização escolar. "É um direito dos estudantes, garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente, estudar próximo de casa. Nós queremos que o Estado recue nessa proposta de remanejar alunos para outras escolas", disse Pedro Gorki, vice-presidente regional da Ubes do RN.
"Um dos pontos do ECA é que o Estado tem que ofertar escolas para os estudantes próximo de onde eles moram. Com esse reordenamento, por exemplo, o estado propõe que os alunos do ensino fundamento da Escola Estadual Luiz Antônio que fica em Candelária sejam transferidos para a Escola Estadual Djalma Maranhão, em Felipe Camarão. Isso é um absurdo. Ainda que eles digam que vão colocar ônibus para os estudantes a gente sabe que muitas vezes esse ônibus não vão e as crianças vão deixar de ir às escolas", disse Fática Cardoso, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte).
Estudantes e professores querem que a reorganização seja discutida com a comunidade escolar e que a Secretaria Estadual de Educação acate o que for deliberado como melhor para os alunos. Além disso, eles querem uma audiência com o governador Robinson Faria, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, e o presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Cláudio Santos, para discutir as ocupações em andamento no estado.
Fernanda Zauli
A Secretaria Estadual de Educação começou a reordenação das escolas do estado dividindo as instituições por série: algumas vão oferecer apenas ensino médio e outras apenas ensino fundamental. A medida, no entanto, não é aceita pelos estudantes já que a mudança fará com que eles estudem longe de onde moram.
A escola Jean Mermoz, no bairro Bom Pastor, é um exemplo das que passarão pela reorganização. A partir do próximo ano ela vai ofertar apenas o ensino fundamental. "Vai trazer grandes prejuízos para os nossos alunos já que essa é a única escola do bairro que tem o ensino médio", disse o vice-diretor da unidade, Antônio Lisboa. Estudantes da Escola Jean Mermoz e moradores do bairro fizeram um protesto nesta quarta-feira (9). O Estado alega que a reorganização é necessária para garantir a qualidade do ensino ofertado.
Com a ocupação da SEEC, os estudantes esperam que o governo recue da reorganização escolar. "É um direito dos estudantes, garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente, estudar próximo de casa. Nós queremos que o Estado recue nessa proposta de remanejar alunos para outras escolas", disse Pedro Gorki, vice-presidente regional da Ubes do RN.
"Um dos pontos do ECA é que o Estado tem que ofertar escolas para os estudantes próximo de onde eles moram. Com esse reordenamento, por exemplo, o estado propõe que os alunos do ensino fundamento da Escola Estadual Luiz Antônio que fica em Candelária sejam transferidos para a Escola Estadual Djalma Maranhão, em Felipe Camarão. Isso é um absurdo. Ainda que eles digam que vão colocar ônibus para os estudantes a gente sabe que muitas vezes esse ônibus não vão e as crianças vão deixar de ir às escolas", disse Fática Cardoso, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte).
Estudantes e professores querem que a reorganização seja discutida com a comunidade escolar e que a Secretaria Estadual de Educação acate o que for deliberado como melhor para os alunos. Além disso, eles querem uma audiência com o governador Robinson Faria, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, e o presidente do Tribunal de Justiça do RN, desembargador Cláudio Santos, para discutir as ocupações em andamento no estado.
Fernanda Zauli
Do G1 RN
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