'O SONHO ACABOU',DIZ PRESIDENTE DO CONSELHO DA CHAPECOENSE APÓS TRAGÉDIA.


Plínio Arlindo De Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, falou ao Bom Dia Brasil 
(Foto: TV Globo/Reprodução)

Segundo autoridades colombianas, há 76 mortos e 5 sobreviventes. Avião decolou de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia) com 81 pessoas a bordo.

29 de NOVEMBRO de 2016
 - O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, e Plínio David De Nes Filho, presidente do Conselho Deliberativo do Chapecoense, estavam na lista de convidados do voo da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, que sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29).
Em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil, o presidente do conselho do clube disse que o sonho acabou. Ele conta que se despediu da equipe antes do embarque. “Ontem de manhã eu me despedindo deles, eles diziam que iam em busca do sonho para tornar esse sonho uma realidade e nós, muito emocionados compartilhamos muito com eles desse sonho, e o sonho acabou nesta madrugada”, disse abalado Des Nes Filho. “Mas o que a gente tem a dizer no Brasil é que a solidariedade do povo brasileiro é uma coisa valiosa”,
Ele e o prefeito estão hospedados em um hotel na região do Brooklin, na Zona Sul de São Paulo, e iriam embarcar na tarde desta terça-feira (29) em um voo regular.
O Chapecoense estava em São Paulo após jogar contra o Palmeiras e saiu do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na São Paulo, na noite de segunda (28), para disputar a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, na quarta (30). Inicialmente, a delegação embarcou em um voo comercial de São Paulo até a Bolívia. Lá, o grupo pegou um voo da LaMia.
“Esse grupo dentro da Chapecoense entre atletas e direção não era apenas um grupo de respeito mútuo profissional ou pelo dirigente, era um grupo familiar, era um grupo de amizade onde todo mundo ria muito. Mesmo nas derrotas, os nossos estímulos para que se procurasse mais adiante a vitória era uma coisa constante. Nós vivíamos em harmonia, em uma alegria muito grande”, completou o conselheiro do clube.

Os familiares das vítimas estão reunidos na sede do clube em Chapecó. “Nós montamos um QG no próprio vestiário da Associação Chapecoense de Futebol.
Já o prefeito de Chapecó informou que vai pedir para a Presidência da República para definir uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) para buscar os corpos das vítimas.


Prefeito de Chapecó falou ao Bom Dia Brasil sobre a 
tragédia com o voo do time da Chapecoense 
(Foto: TV Globo/Reprodução)

Acidente
O avião que transportava a delegação da Chapecoense para Medellín, na Colômbia, sofreu um acidente na madrugada desta terça-feira (29), informam autoridades colombianas. O prefeito Frederico Gutierrez disse que o acidente matou ao menos 25 pessoas. Há sobreviventes. O avião da LaMia, matrícula CP2933, decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e 9 tripulantes.
Não há, por enquanto, identificação das vítimas fatais. Entre os sobreviventes há jogadores.
Segundo a imprensa local, a aeronave com o time catarinense perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (local, 1h15 de Brasília) e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín.
Os jogadores da equipe de Santa Catarina são os goleiros Danilo e Follmann; os laterais Gimenez, Dener, Alan Ruschel e Caramelo; os zagueiros: Marcelo, Filipe Machado, Thiego e Neto; os volantes: Josimar, Gil, Sérgio Manoel e Matheus Biteco; os meias Cleber Santana e Arthur Maia; e os atacantes: Kempes, Ananias, Lucas Gomes, Tiaguinho, Bruno Rangel e Canela.
Segundo a rede de “TV Caracol”, a aeronave sobrevoava as cidades de La Ceja e Abejorral quando sumiu do radar.
Uma operação de emergência foi ativada para atender ao acidente. A Força Aérea Colombiana dispôs helicópteros para ajudar em trabalhos de resgate, mas missões de voos foram abortadas nesta madrugada por causa das condições climáticas. Choveu muito na região na noite de segunda, o que reduziu muito a visibilidade.
Equipes chegaram ao local do acidente por terra, mas o acesso à região montanhosa é difícil e a remoção é lenta.

Por G1-SP

Fonte: PASSANDO NA HORA.

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