A FÚRIA DE UM ASSASSINO.


Imagem ilustrativa - Google.

Acordei de manhãzinha
Com um barulho esquisito
Perguntei: O que é isto?
Me disseram: É um matador
Com uma serra na mão
Matando sem compaixão
Tudo o que há pela frente
Eu gritei muito assustado
Valei-me Nosso Senhor!!!
Foi quando alguém chegou
E falou: Calma rapaz
Não precisa de alvoroço
Isso é apenas um moço
Desmatando, nada mais.


Nada mais? Pergunto eu
Você acha amigo meu
Que destruir o que é belo
Importante e singelo
É uma ação sem valor?
Pois agora a ti eu falo:
O mundo já paga caro
Pela falta de amor.
O homem é um assassino
Cometendo o desatino
Somente pra enriquecer
Destruindo a Natureza
Acabando com a beleza
Tudo aqui vai perecer.


O homem destrói o solo
Faz a montanha tremer
Suja as águas do Oceano
Faz o mal acontecer.
Depois se ponhe a falar:
Tudo isso é natural
Falta de chuva, o calor
A fome e o escambau.
Mas nunca assume o seu erro
Faz o seu próprio enterro.
Feito um animal indomável
Desrespeita a lei da vida
No coração da existência
Faz abrir uma ferida.


E assim segue adiante
Com uma serra na mão
Cortando o arvoredo
Sem respeito à Criação
Tudo em nome do dinheiro
Jaqueira, Umburana, Cajueiro
A laranjeira florida
Onde cantava o Sabiá.
O Eucalipto majestoso
O pé de Jequitibá
Tudo já foi derrubado
E o homem descarado
Na maior cara de pau
Começa seu blá, blá, blá.


O Homem se transformou
Num pedrador implacável
Ele acha que é progresso
A sua ação miserável
Desmatando e ferindo
As águas desaparecem
Todos os seres padecem
Com o calor desgraçado.
Por favor pense um instante
No que estás a fazer,
Matando a fauna e a flora
Toda a Vida vai embora
O Planeta está morrendo
E o culpado é você.


Chico Filho.

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