Interior da 19ª delegacia de polícia em Ceilândia,
no Distrito Federal
(Foto: TV Globo/Reprodução)
14 de NOVEMBRO 2017 - Um homem de 41 anos suspeito de financiar carros com o nome de outras pessoas é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele é apontado como dono de uma concessionária de semi-novos e teria dado o golpe em potenciais compradores – cerca de 20 vítimas registraram ocorrência.
A polícia estima que, ao menos, R$ 1 milhão tenha sido movimentado com o esquema. "Ele não só agia como vendedor ou proprietário de loja de automóveis, mas há ocorrências dando conta de que ele agia de forma autônoma, oferecendo veículos e trabalhando no ramo de compra e venda, sempre lesando terceiros de boa fé", disse o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes.
"[Ele] vem fazendo dessa modalidade criminosa o seu meio de vida."
A mãe de uma das vítimas conversou com a TV Globo e disse que o nome do filho foi usado em 2011, quando fez uma proposta de compra de um carro usado. Na ocasião, ele não chegou a dar entrada, mesmo assim, os dados dele acabaram sendo usados.
Mãe de vítima de dono de concessionária no DF que
Seis anos depois, ele foi surpreendido com um débito de cerca de R$ 90 mil na conta e uma cobrança extrajudicial para apreensão de bens. "Meses depois, [meu filho] recebeu uma cobrança. Foi até o banco, chegou lá disse que tinha sido vitima de um golpe, mas ficou por isso mesmo. Porque o banco disse que já tinha tomado as providências.
"Agora, seis anos depois, chega um comunicado, uma cobrança extrajudicial", disse a mãe. "Ele perdeu a oportunidade de ter um apartamento devido a esse débito."
Outras fraudes
Segundo a Polícia Civil, o suspeito também praticava outras fraudes, como a troca e locação de carros roubados, além da venda de veículos com documentos falsos.
"Chegava a fazer trocas, oferecendo aos interessados veículos com restrições de roubo, furto e até oriundos de fraudes como veículos que eram locados em locadoras de automoveis até fora do DF", explicou o delegado Fernandes. "A documentação era adulterada e esses veículos eram trocados ou vendidos para terceiros."
Delegado-chefe da 19ª DP em Ceilândia, no DF, Fernando Fernandes (Foto: TV Globo/Reprodução)
Se for encontrado, o homem deve responder por estelionato. A polícia também investiga a participação de pessoas ligadas a cartórios, órgãos públicos e instituições financeiras no esquema. Caso seja confirmado o envolvimento, o suspeito também responderá por associação criminosa, cuja pena varia de 3 a 8 anos de prisão em regime fechado.
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BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL
Por G1 DF e TV Globo
14 de NOVEMBRO 2017 - Um homem de 41 anos suspeito de financiar carros com o nome de outras pessoas é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal. Ele é apontado como dono de uma concessionária de semi-novos e teria dado o golpe em potenciais compradores – cerca de 20 vítimas registraram ocorrência.
A polícia estima que, ao menos, R$ 1 milhão tenha sido movimentado com o esquema. "Ele não só agia como vendedor ou proprietário de loja de automóveis, mas há ocorrências dando conta de que ele agia de forma autônoma, oferecendo veículos e trabalhando no ramo de compra e venda, sempre lesando terceiros de boa fé", disse o delegado-chefe da 19ª DP, Fernando Fernandes.
"[Ele] vem fazendo dessa modalidade criminosa o seu meio de vida."
A mãe de uma das vítimas conversou com a TV Globo e disse que o nome do filho foi usado em 2011, quando fez uma proposta de compra de um carro usado. Na ocasião, ele não chegou a dar entrada, mesmo assim, os dados dele acabaram sendo usados.
Mãe de vítima de dono de concessionária no DF que
usava nome de clientes para financiar carros
(Foto: TV Globo/Reprodução)
"Agora, seis anos depois, chega um comunicado, uma cobrança extrajudicial", disse a mãe. "Ele perdeu a oportunidade de ter um apartamento devido a esse débito."
Outras fraudes
Segundo a Polícia Civil, o suspeito também praticava outras fraudes, como a troca e locação de carros roubados, além da venda de veículos com documentos falsos.
"Chegava a fazer trocas, oferecendo aos interessados veículos com restrições de roubo, furto e até oriundos de fraudes como veículos que eram locados em locadoras de automoveis até fora do DF", explicou o delegado Fernandes. "A documentação era adulterada e esses veículos eram trocados ou vendidos para terceiros."
Delegado-chefe da 19ª DP em Ceilândia, no DF, Fernando Fernandes (Foto: TV Globo/Reprodução)
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