Sapiranga é um dos bairros com 'aumento mais expressivo' da violência contra jovens.


Sapiranga, marcado no mapa, está entre os bairros 
de Fortaleza onde a violência contra jovens e crianças 
mais cresceu 
(Foto: Reprodução)

14 de NOVEMBRO 2017 - O Bairro de Fortaleza Sapiranga, onde ocorreu a chacina de quatro crianças retiradas de um centro socioeducativo, está na área da capital cearense onde a violência contra jovens e crianças mais cresceu desde o ano passado.

Conforme o Relatório do primeiro semestre de 2017 do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, da Assembleia Legislativa do Ceará, as "áreas com aumento mais expressivo [da violência contra crianças e jovens] entre 2016 e 2017 estão na Regional 6, em dois grandes aglomerados de bairros contíguos", entre eles a Sapiranga

Além da Sapiranga, o relatório cita os bairros Jangurussu, Conjunto Palmeiras, Edson Queiroz, Jardim das Oliveiras e Lagoa Redonda.

"São justamente esses os grandes adensamentos populacionais que haviam apresentado os melhores resultados entre 2014-2016, no que se referia à redução da violência letal contra jovens e crianças", diz o estudo.

Desde o ano passado, no entanto, a violência inclui essas regiões como as mais perigosas para jovens e adolescentes.

Aumento de 71%


Mortes de crianças e adolescentes cresce 70% no Ceará, diz estudo (Foto: Jonathan Lins/G1)

O estudo mostra também que cresceu em 71% o número de casos de homicídio de crianças e jovens no Ceará, com idade entre 10 e 19 anos, no primeiro semestre de 2017 em relação ao mesmo período do ano passado.

Números mais atualizados do comitê revelam o assassinato de 709 jovens, registradas em todo o Ceará. Somente em Fortaleza, no mesmo período, 293 crianças e adolescentes entre 10 e 19 anos foram assassinados. Em Maracanaú, foram 43 homicídios nesta faixa etária.

O estudo mostra também o que o Índice de Homicídios do Ceará (IHA), que calcula o número de assassinatos em proporção à população, o Ceará é o estado mais violento do país, com 8,71 mortes de jovens para cada 100 mil habitantes.


Por André Teixeira, G1 CE

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