01 de FEVEREIRO 2018 - O Alzheimer começa anos antes de os pacientes apresentarem os sintomas de perda de memória, dessa forma, a descoberta da doença antes que as células cerebrais sejam afetadas é apontada como a chave para o seu tratamento. Contudo, faltam métodos viáveis de diagnóstico precoce, mas uma equipe internacional de cientistas liderada pelo japonês Koichi Tanaka, Nobel de Química de 2002, está cada vez mais perto disso. Em artigo publicado na “Nature”, eles revelaram um exame de sangue capaz de detectar uma proteína relacionada com a doença com taxa de precisão de 90%.
— Os resultados do estudo serão base para avanços em várias tecnologias médicas, incluindo o desenvolvimento de agentes terapêuticos fundamentais — destacou Tanaka, pesquisador da corporação Shimadzu, ao jornal japonês “Asahi Shimbun”.
Uma das características do mal de Alzheimer é o acúmulo de placas de uma proteína conhecida como amiloide beta no cérebro. Hoje, existem apenas duas técnicas capazes de identificar esses depósitos, mas elas envolve exames de tomografia por emissão de positrões, procedimento caro para o diagnóstico, ou a análise do fluido cefalorraquidiano, considerado invasivo.
Na nova abordagem, os pesquisadores procuraram por sinais de fragmentos da proteína na corrente sanguínea. E encontraram. Com o uso de um espectrômetro de massa, Tanaka e seus colegas de universidades japonesas e australianas conseguiram identificar no plasma proteínas percursoras da amiloide beta. Com esses dados, eles conseguiram estimar os níveis de concentração da amiloide beta no cérebro.
Fonte: Blog do Robson Pires.
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