PF prende policiais legislativos suspeitos de atrapalhar investigações.

Viaturas da Polícia Federal foram estacionadas na entrada do Congresso (Foto: Elielton Lopes)
Viaturas da Polícia Federal foram estacionadas na entrada 
do Congresso 
(Foto: Elielton Lopes)
21 de OUTUBRO de 2016 - A Polícia Federal prendeu, na manhã desta sexta-feira (21), quatro policiais legislativos suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações. A suspeita é que esses policiais faziam varreduras nas casas dos políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.

O advogado de Sarney e Lobão, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que não houve nenhuma irregularidade cometida pelos políticos (veja abaixo as respostas completas das defesas). Ele disse que Sarney está "perplexo" e que não solicitou nenhuma varredura à polícia legislativa.A operação se baseou no depoimento de um policial legislativo. Ele relatou ao Ministério Público Federal que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello(PTC-AL), Edison Lobão (PMDB-MA) e do ex-senador José Sarney (PMDB-AP), que foi presidente do Senado.

Almeida Castro disse ainda que Lobão fez um pedido "justificável" para a polícia legislativa fazer uma varredura na casa dele à época da divulgação de gravações feitas pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado, meses atrás. O advogado informou que houve uma varredura no gabinete "por motivos de segurança" quando Lobão, que era ministro, estava licenciado do mandato e o seu filho, Lobão Filho, ocupava o mandato.

O G1 entrou em contato com a assessorida de Collor e aguardava uma resposta até a última atualização desta reportagem.

A prisão dos quatro policiais suspeitos é a temporária, com prazo definido para terminar. Um dos presos é Pedro Ricardo Araújo Carvalho, chefe da polícia legislativa. Foram expedidos ainda cinco mandados de busca e apreensão e quatro de afastamento de função pública. Os policiais legislativos são servidores do Congresso que atuam na segurança no prédio.

"Foram obtidas provas de que o grupo, liderado pelo diretor da Polícia do Senado, tinha a finalidade de criar embaraços às ações investigativas da Polícia Federal em face de senadores e ex-senadores, utilizando-se de equipamentos de inteligência", afirmou a Polícia Federal em nota sobre a operação.

De acordo com o Ministério Público Federal, que atuou em parceira com a PF nesta sexta, não há mandados contra políticos nem foram realizadas buscas em gabinetes de parlamentares no Congresso.

Os mandados da operação desta sexta foram autorizados pela Justiça Federal do DF, a pedido da Polícia Federal. O Ministério Público Federal avalizou a operação.

Entrada do espaço onde fica lotada a Polícia Senado, 
no Congresso Nacional 
(Foto: Elielton Lopes/G1)

Versões das defesas
O advogado de Sarney, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou que senador está “atônito, mas tranquilo” com a operação.

“Ele [Sarney] já não usa os serviços da Polícia Legislativa do Senado há muito tempo porque ele não é mais senador. E ele não fez nenhum pedido, a quem quer que seja, para fazer varredura na casa dele. A Polícia Legislativa certamente não fez nenhuma varredura na casa dele nem quando ele era senador. Então a hipótese está descartada”, afirmou advogado.

O advogado, que também faz a defesa de Lobão, afirmou que o senador pediu varreduras para se precaver contra escutas ilegais. “O senador Lobão fez um pedido [à Polícia Legislativa] de uma varredura na casa dele recentemente, mas é plenamente justificável. Na época, havia pessoas como Sérgio Machado, que faz escutas ilegais. Então foi feita uma varredura, mas não foi encontrado nada. Não se pode falar em obstrução. Se tivesse sido encontrado, evidentemente, seria formalmente comunicado [à Justiça]”, declarou Kakay.

Histórico
A polícia legislativa já esteve no centro de uma polêmica com a Polícia Federal por causa da Operação Lava Jato. Em julho de 2015, policiais do Senado tentaram impedir o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no apartamento funcional do senador Fernando Collor (PTC-AL).

Na ocasião, a Polícia Legislativa do Senado e a Advocacia-Geral do Senado disseram que a PF havia descumprido resolução da Casa ao entrar em um apartamento funcional de senador.

Na nota em que explica a operação desta sexta, a PF afirma que, em um dos eventos que evidenciaram a ação da polícia legislativa para "embaraçar" as investigações, o "diretor da Polícia do Senado ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de senador".

Ana Paula Andreolla e Mariana Oliveira
Da TV Globo, em Brasília

Fonte: G1

Presidente do STF e do CNJ está em Mossoró para visita ao presídio federal.

Esta é a primeira vez que a ministra Cármen Lúcia visita 
um presídio federal desde que assumiu a presidência do 
STF e do CNJ, em setembro deste ano 
(Foto: EBC).

21 de OUTUBRO de 2016 - A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, desembarcou no Aeroporto Dix-Sept Rosado, em Mossoró, nesta sexta-feira, 21 de outubro. A ministra, acompanhada pelo juiz da 8ª Vara Federal do RN, Orlan Donato Rocha, irá visitar a Penitenciária Federal da cidade.

Esta é a primeira vez que a ministra visita um presídio federal desde que assumiu a presidência do STF e do CNJ, em setembro deste ano. O motivo da visita, porém, não foi divulgado pelos órgãos.

De acordo com matéria publicada pela revista Época, a ministra Cámen Lúcia visitarpa ainda um presídio feminino na cidade de Parnamirim, região metropolitana de Natal, em sua passagem pelo Rio Grande do Norte.

Ana Paula Cardoso

Fonte: Jornal O Mossoroense.

Unicamp desenvolve colírio para evitar e tratar perda de visão em diabéticos.


21 de OUTUBRO de 2016 - Um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências Médicas (FCM) e de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um colírio para a prevenção e combate da degeneração gradativa que ocorre com frequência nos olhos das pessoas com diabetes, a chamada retinopatia diabética.

“A grande vantagem desse achado é o fato de não ser invasivo. Por ser tópico não implica em riscos e cria uma barreira contra as alterações neurodegenerativas que afeta os diabéticos”, explicou a pesquisadora da FCM Jacqueline Mendonça Lopes de Faria.

A cientista disse que a descoberta foi feita a partir de uma pesquisa que já dura cerca de duas décadas. “É consequência de um estudo de 20 anos para entender o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea no tecido ocular.”

Fonte: Blog do Robson Pires.

Justiça de SP proíbe uso de bala de borracha pela polícia em manifestações.


21 de OUTUBRO de 2016 - Decisão do juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, proibiu o uso de balas de borracha contra manifestantes em protestos no estado. A munição menos letal, incluindo também o gás lacrimogênio, só poderá ser usada em condições “excepcionalíssimas – quando o protesto perca, no todo, o caráter pacífico”.

Fonte: Blog do Robson Pires.

Mamografia não aumenta o risco de câncer na tireoide, diz especialista.


21 de OUTUBRO de 2016 - Todo mês de outubro, o movimento Outubro Rosa chama atenção para a realidade atual do câncer de mama e para a importância do diagnóstico precoce pelo mundo. A campanha divulga a importância da luta contra o câncer que mais mata mulheres em todo o mundo.

Neste ano, no entanto, as mulheres foram aterrorizadas por um vídeo enviado via WhatsApp, e que também circula no Facebook, no qual uma mulher não identificada diz que os casos de câncer de tireoide em mulheres estariam aumentando devido à realização de mamografias e radiografias odontológicas. A mesma mulher também critica os profissionais de saúde que fazem esses exames por não oferecerem aos pacientes protetores de chumbo para a garganta, parte do corpo que abriga a glândula tireoide.

Diante da polêmica surgida nas redes sociais e das dúvidas das mulheres se deveriam ou não fazer a mamografia preventiva, o Portal EBC conversou com o médico epidemiologista do Núcleo de Avaliação de Tecnologias em Saúde do INCA, Arn Migowski. Para Migowski, a mamografia é um exame muito seguro, mas não deve ser banalizada, sob o risco de favorecer o desenvolvimento de um câncer na mama. O médico também diz as mamografias não aumentam o risco de câncer na tireoide.

Fonte: Blog do Robson Pires.

Ministério da Saúde habilita novos serviços no RN


21 de OUTUBRO de 2016 - O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Rogério Abdalla, assina nesta sexta-feira (21), às 10 horas, portarias de habilitação de novos serviços de saúde para o Rio Grande do Norte, no Centro Administrativo do Estado, em Natal/RN. Os credenciamentos permitirão a destinação de mais recursos para a ampliação dos atendimentos de emergência e hospitalar realizados no estado.

A liberação dos recursos e expansão dos serviços são resultados das medidas de gestão adotadas pelo Ministério da Saúde nos primeiros 100 dias de governo e que levaram a uma economia de R$ 1 bilhão. Esse valor está sendo realocado na melhoria da saúde para a população.

Assinatura de portarias de novos serviços no Rio Grande do Norte
Data: 21 de outubro (sexta-feira)
Horário: 10 horas
Local: Sala de Reunião do GAC, Centro Administrativo do Estado/Governadoria – Avenida Senador Salgado Filho, s/nº – Lagoa Nova, Natal/AL

Fonte: Blog do Robson Pires.

CEARÁ PACÍFICO??? Mais um ônibus é incendiado no Serviluz, após o assassinato de três jovens no fim de semana.

Por volta das 22 horas de ontem, mais um ônibus foi 
atacado e incendiado nas ruas do bairro

20 de OUTUBRO de 2016 - Pela segunda vez em apenas três dias, mais um ônibus é incendiado nas ruas do bairro Serviluz no Grande Mucuripe, na zona Leste de Fortaleza. O fato ocorreu na noite desta terça-feira (18). Por conta disso, na manhã de hoje (19) os coletivos das linhas Parangaba-Mucuripe e Serviluz-Caça e Pesca deixaram de circular nas ruas do bairro. Os motoristas temem novos ataques à qualquer momento.

Os ataques contra coletivos tiveram início no fim de semana após a morte de três moradoras da comunidade da Estiva. As três jovens, identificadas como Cristiane Silva Holanda, 23 anos; Maria Mikaela Guedes Nogueira, 20; e Thaynan Rodrigues de Sousa, 22, foram fuziladas dentro de bar na noite de sábado (15). A Polícia suspeita de um crime de “acerto de contas”. Os assassinos chegaram no local numa Hilux preta. Minutos antes, uma viatura da PM passou pelo local do triplo homicídio, conforme o relato de moradores.

Diante da tripla execução, os moradores passaram a protestar e no dia seguinte, domingo, incendiaram um coletivo na Avenida Vicente de Castro. Na noite desta terça-feira (18), a mesma cena se repetiu. No entanto, Polícia e Bombeiros chegaram rapidamente no local e evitaram a total destruição do coletivo. Logo depois, a PM realizou várias batidas na área e prende um homem armado com um revólver.

Hoje, conforme os moradores, os ônibus deixaram de circular nas ruas do bairro. Quem ali reside e teve que acordar cedo para ir trabalhar teve que seguir a pé até a Avenida Vicente de Castro para apanhar um coletivo. Já as topiques que circulam pelo Serviluz não interromperam as viagens nem alteraram o trajeto.

Nega

Contatada via telefone nesta manhã, a assessoria de Imprensa do Sindicato das Empresas de Ônibus (Sindiônibus) negou a suspensão ou alteração do sistema de transporte coletivo no bairro. Conforme a entidade, suspensão houve sim na última segunda-feira, mas que hoje a situação está normal. Informou, ainda, que o sindicato estuda se há necessidade de interromper a circulação dos “corujões”, os coletivos que trafegam depois das 23 horas.

     
Na manhã de hoje era possível ver melhor os estragos 
causados no coletivo incendiado ontem.

 
Jovens mortas no fim de semana: Cristiane, Thaynan 
e Mikaela (da esquerda para a direita)

Fonte: FR
Fernando Ribeiro

Apresentador Ênio Carlos morre aos 51 anos.


20 de OUTUBRO de 2016 - Faleceu, na tarde desta quinta-feira (20), em decorrência de complicações de um tumor no cérebro, o apresentador e radialista Ênio Carlos. No ar desde a fundação da TV Diário, há 18 anos, Ênio estava afastado dos estúdios por recomendação médica desde fevereiro, quando foi diagnosticado com um tumor cerebral, caracterizando um tipo decâncer.

A equipe de médicos que o acompanhava recomendou o afastamento dos estúdios para que o tratamento tivesse a eficácia necessária e, desde então, ele vinha se tratando com a esperança de que em breve retornaria aos programas de rádio e TV.

Natural de Aracati e casado há 27 anos com Juracéia Soares Viana Pinto, o apresentador deixa 3 filhas: Nicole, de 21 anos; Thamile, de 14 anos e Emilly, de 3 anos.

Em seu programa, Ênio Revelou talentos como Jack Lima e Natália Queiroz, atuais apresentadoras dos programas Forrobodó e o Tudo Por Elas, respectivamente.

'Não sou seu filho, sou sua vítima': o reencontro de jovem com pai que o infectou com HIV


Brryan Jackson hoje dá palestras motivacionais e tem 
uma organização de caridade 
(Foto: Bailey e Kinney )

20 de OUTUBRO de 2016 - Quando o pai de Brryan Jackson injetou uma seringa cheia de sangue com HIV nele quando ainda era bebê, ele esperava nunca ver o menino crescer, como a BBC Brasil noticiou em junho passado.

Ninguém imaginava que, 24 anos depois, ele estaria frente a frente com o filho num tribunal para ouvir sobre os efeitos devastadores de seu crime.

Do outro lado da sala, um prisioneiro aguarda por ele. Eles nunca mais se viram desde que Jackson era criança, mas o homem, Bryan Stewart, é seu pai.É hora do almoço no Departamento de Correições de Missouri, nos Estados Unidos. Nervoso com a situação, Brryan Jackson é retirado da barulhenta sala de espera da prisão, com alarmes e portas de metal, e levado a um silencioso tribunal de paredes brancas.

O filho está ali para ler uma declaração que espera ser suficiente para garantir que o pai fique atrás das grades pelo maior tempo possível.

São palavras que poucos acreditavam que ele teria chance de dizer quando, em 1992, foi diagnosticado com Aids e mandado de volta para casa para morrer.

Com uma única folha de papel em mãos, Jackson se posiciona calmamente ao lado da mãe, a cinco cadeiras de distância do pai. "Tentei olhar sempre para frente. Não queria fazer contato visual com ele", diz Jackson.

Mas ele podia enxergá-lo com a visão lateral, e viu seu rosto por um breve momento.

"Reconheci pela foto de quando foi preso, mas não temos nenhuma ligação. Não o reconheço como meu pai", afirma Jackson.

O conselho de avaliação de pedidos de liberdade condicional chama o rapaz para que ele leia sua declaração em voz alta. Jackson hesita.
Jackson diz que religião fez com que perdoasse o pai, mas 
que não quer encontrá-lo 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Naquele momento, me perguntei se estava fazendo a coisa certa, mas minha mãe sempre me ensinou a ser corajoso. Lembrei que Deus estava comigo. Qualquer que fosse o resultado da audiência, Deus é maior do que eu, do que meu pai, do que aquela sala ou mesmo o Departamento de Justiça."

Ele respira fundo, olha fixamente para os membros do conselho e começa a contar sua história.

Trajetória
A trajetória começa quando seus pais se conheceram em um centro militar no Missouri, onde recebiam treinamento como médicos. Eles foram morar juntos e, cinco meses depois, em meados de 1991, a mãe de Jackson ficou grávida.

"Quando nasci, meu pai ficou muito animado, mas tudo mudou quando ele foi mandado para a Operação Tempestade do Deserto (primeira Guerra do Golfo, em 1990-1991). Ele voltou da Arábia Saudita com uma atitude completamente diferente em relação a mim."

Stewart começou a dizer que Jackson não era seu filho. Exigiu um teste de DNA para provar a paternidade e passou a abusar física e verbalmente da mãe de Jackson.

Quando ela finalmente o deixou, o casal brigou sobre a pensão alimentícia do menino, que Stewart se recusava a pagar. Ele fazia ameaças sinistras, segundo Jackson.

"Ele costumava dizer coisas como 'seu filho não viverá além dos cinco anos de idade' e 'quando eu te deixar, não deixarei nenhum laço entre nós para trás'."

Enquanto isso, Stewart havia encontrado um novo emprego trabalhando com exames de sangue em um laboratório. Também tinha começado, em segredo, a coletar amostras de sangue infectado e levá-las para casa, segundo investigadores do caso.

Após voltar de uma missão militar na Arábia Saudita, 
Stewart (ao centro) passou a não reconhecer Jackson 
(à dir.) como seu filho 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Ele brincava com os colegas dizendo: 'Se eu quisesse infectar alguém com um destes vírus, a pessoa nunca saberia o que a atingiu'."

Quando Jackson tinha 11 meses de idade, seus pais já não mantinham contato. Isso mudou quando Jackson foi hospitalizado após um ataque de asma.

"Minha mãe ligou para meu pai para avisá-lo, pensando que ele iria querer saber que seu filho estava doente. Quando telefonou, colegas dele disseram a ela que meu pai não tinha filhos."

Crime
No dia em que Jackson receberia alta, Stewart fez uma visita inesperada a ele no hospital.

"Como não era um pai presente, todo mundo estranhou ele aparecer daquela maneira", diz Jackson. "Ele pediu que minha mãe buscasse uma bebida para ele no café para ficar sozinho comigo."

Stewart tirou do bolso uma ampola com sangue infectado com HIV e o injetou no filho. "Ele queria que eu morresse para não pagar a pensão."

Ao voltar, sua mãe encontrou Jackson aos berros no colo do pai. "Meus sinais vitais estavam todos alterados, porque o sangue que ele injetou em mim não tinha só HIV. Era de um tipo incompatível com o meu."

Os médicos ficaram abismados. Sem saber do vírus mortal que corria nas veias do bebê, eles o estabilizaram e o mandaram para casa. Mas, nas semanas seguintes, a mãe de Jackson viu a saúde de seu filho se deteriorar e ficou desesperada por um diagnóstico.

"Ela me levou a vários médicos implorando para que descobrissem por que eu estava à beira da morte", diz Jackson. Por quatro anos, exames não deram pista.

Mesmo sendo uma criança, Jackson sabia que sua situação preocupava. "Lembro de acordar gritando 'mãe, por favor, não me deixe morrer'."

Uma noite, após ter sido examinado para todo tipo possível de doença, seu pediatra acordou de um pesadelo e ligou para o hospital pedindo um teste de HIV.

"Fui diagnosticado com Aids e três infecções oportunistas." Os médicos chegaram à conclusão que ele não sobreviveria e decidiram que o melhor seria levar a vida mais normal possível até o fim. "Eles me deram cinco meses de vida e me mandaram para casa."

No entanto, ele continuou a ser tratado com todo medicamento disponível.


Jackson chegou a ser desenganado pelos médicos, e sua mãe 
(na foto) o levou para casa para morrer 
(Foto: Arquivo pessoal)

Sobrevivendo
Ele diz ter vivido "um dia de cada vez" por toda a infância. Permanecer vivo era como andar na corda bamba. "Um dia, eu estava bem e, na hora seguinte, estava sendo levado às pressas para o hospital por mais uma infecção."

Por causa da medicação, teve a audição do ouvido esquerdo afetada. Mas enquanto outras crianças que conhecia no hospital não resistiam, ele viu sua saúde melhorar aos poucos, para surpresa dos médicos.

Em dado momento, foi liberado para voltar à escola e começou a ter aulas em meio período, sempre acompanhado por uma mochila repleta de remédios.

Simpático e amigável, ele não tinha consciência do estigma social em torno de sua doença. "Minha escola não me queria lá. Eles tinham medo. Nos anos 1990, as pessoas pensavam que você podia contrair Aids de um assento de privada. Uma vez li em um livro-texto que era possível se infectar por contato visual."

O medo, conta ele, não costumava partir das crianças, mas dos pais delas. Jackson não era convidado para festas de aniversário - na verdade, nem sequer sua meia-irmã era chamada. Mas, ao ficarem mais velhas, as crianças passaram a reproduzir o preconceito dos pais.

"Eles me chamavam de 'menino Aids, menino gay'. Foi quando comecei a me sentir isolado e solitário. Parecia não haver um lugar no mundo para mim."

Aos 10 anos, ele começou juntar as peças da história do crime cometido por seu pai, mas levou alguns anos para compreender a dimensão daquele ato.

"No início fiquei bravo e amargo. Cresci assistindo filmes em que os pais celebravam os filhos. Não conseguia entender como meu pai tinha feito aquilo comigo", diz Jackson.

"Ele não apenas tentou me matar, ele mudou minha vida para sempre. Ele foi responsável por toda perseguição que sofri, por todos os anos no hospital. Ele é a razão pela qual preciso ter tanto cuidado com minha saúde e com tudo que faço."

Superação
Aos 13 anos, estudando a Bíblia sozinho no quarto, ele encontrou sua fé, o que o permitiu perdoar o pai. "Perdão não é algo fácil, mas não quero me rebaixar ao nível dele."

Apesar de ter nascido como Bryan Stewart Jr., no ano passado, ele acrescentou um segundo "R" ao seu nome e adotou o sobrenome da mãe. "Isso ajudou a proteger minha identidade", diz Jackson.

"Também me deu a oportunidade de dizer que não tenho qualquer ligação com Bryan Stewart. Sou vítima de seus crimes."


Jackson percorre os EUA como palestrante motivacional 
(Foto: Arquivo pessoal/Brryan Jackson)

"Na audiência, ele continuava a me chamar de filho. Tentei levantar a mão para pedir que ele se referisse a mim como sua vítima. Pensei: 'Eu já fui seu filho em algum momento? Eu era seu filho quando você injetou HIV de próposito em mim?'."

Mesmo nos piores momentos no hospital, Jackson mantinha o bom humor e fazia as enfermeiras rirem com imitações do personagem de cinema Forrest Gump.

"Sempre fiz piadas. Gosto de brincar com o que é vida de alguém HIV positivo ou de quem não tem boa audição ou não tem pai. Se não tivesse começado a fazer palestras motivacionais, teria me tornado um comediante", diz Jackson.

"As pessoas ficam confusas. Elas pensam que meu humor é uma forma de lidar com a situação, mas acredito que, se você tem a capacidade de rir de uma tragédia e das coisas ruins da vida, isso te empodera."

Em julho, Jackson recebeu uma carta do Departamento de Correições do Missouri informando que a liberdade condicional de seu pai havia sido negada pelos próximos cinco anos, com base na audiência.

"Tudo que pude fazer no tribunal foi ler minha declaração e rezar para que a Justiça fosse feita. Mas ter um veredito é algo muito poderoso", afirma.

"Houve um tempo em que acordava de pesadelos com medo de que ele voltasse para terminar o trabalho. Posso tê-lo perdoado, mas, ainda assim, acho que ele tem que pagar pelo que fez."

Ainda que seu pai argumente que sofria de transtorno de estresse pós-traumático após sua temporada na Arábia Saudita, Jackson não está convencido disso - diz que o pai era da reserva da Marinha e nunca entrou em combate.

Futuro
Enquanto isso, continua a superar expectativas médicas.

"Sou mais saudável do que um cavalo. Minha contagem de células T (do sistema imunológico) está acima da média. Isso faz com que praticamente não tenha chances de transmitir o vírus. Tomava 23 comprimidos. Hoje só tomo um, e meu status de HIV é 'indetectável'", diz ele, com sorriso no rosto.

"Mas ainda tenho HIV. Uma vez diagnosticado, para sempre diagnosticado."

Hoje, Jackson se ocupa com a carreira de palestrante e em sua organização de caridade, a Hope Is Vital (Esperança É Vital, em inglês), que busca conscientizar o público sobre o HIV. Mas sempre encontra tempo para sonhar com a paternidade.

Cita a técnica conhecida como "lavagem de esperma", que separa os espermatozoides do fluido seminal e permite que pais soropositivos tenham filhos sem infectar as parceiras. A inseminação é artificial.

"Amaria ter filhos. Ser pai é algo que está traçado no meu destino. Quero apoiar e torcer por eles, mostrar que sempre estarei ao lado deles para protegê-los. E que coisas ruins podem fazer com que coisas incríveis se tornem realidade."

Lucy Hancock
Da BBC World Service

Vaga gera polêmica ao exigir 'olhos claros', 'nariz fino' e 'cabelo liso'


Anúncio para mulheres exige candidatas com nariz fino, 
altas e bonitas 
(Foto: Reprodução / Facebook)


20 de OUTUBRO de 2016 - Um anúncio de vagas para promotoras de eventos causou polêmica ao ser postado na página da Unicamp, em Campinas (SP), no Facebook. O texto ressalta "exigências" que as candidatas precisam ter, como "cabelo longo e liso, bonita, magra, nariz fino, alta e de preferência com olhos claros".

A postagem foi feita na noite desta quarta-feira (19) e gerou manifestações entre estudantes da universidade na rede social, principalmente em relação ao racismo. Nesta quinta (20) o anúncio já havia sido retirado da página. Para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unicamp, a publicação foi racista.

"Nosso posicionamento é de repúdio. A gente acredita que isso contribui para perpetuar o racismo, inclusive a gente tem ele muito presente na universidade", afirma o coordenador do DCE, Guilherme Montenegro, de 20 anos, aluno da faculdade de geografia.

"Profunda ofensa. Eu me senti ofendida por mim, pelo meu pai que é negro e me deu um cabelo crespo, boca larga e nariz grosso"
Júlia Queiroz, aluna da Faculdade de 
Matemática da Unicamp


O G1 fez contato com o dono da postagem pela rede social, mas não teve retorno.

R$ 700 por noite
A restrita oportunidade de trabalho é para um evento de quatro dias, entre 22 e 25 de outubro, com o cachê de R$ 700 por noite, segundo o anúncio. O trabalho vai das 19h até a meia-noite.

A oferta de emprego é para maiores de 18 anos.

'Vergonha'
Entre os comentários, alguns relacionavam as exigências do anúncio para promotoras de eventos com "barbies". A estudante do curso de matemática da Unicamp Júlia Queiroz, de 19 anos, se manifestou pouco depois da publicação, com um post semelhante ao anúncio, criticando pessoas que colocam textos como este.

"Estou contratando gente para parar de passar vergonha no grupo da Unicamp. (...) Exigências: Maiores de 18 anos que queiram divulgar posts ou ofertas de emprego machistas, racistas ou preconceituosas e ofensivas no geral", diz a postagem.


Aluna da Unicamp faz postagem em repúdio a anúncio 
de emprego racista 
(Foto: Reprodução / Facebook)

O G1 conversou com a estudante, que se sentiu ofendida com o anúncio por descrever uma mulher como se fosse um objeto com especificações exatas e incomuns.

"Profunda ofensa. Eu me senti ofendida por mim, pelo meu pai que é negro e me deu um cabelo crespo, boca larga e nariz grosso, e por todas as outras mulheres que se encaixassem ou não no padrão (...) A vontade era de escrever textão, mas eu preferi denunciar o post e colocar o meu repúdio em forma de sátira", revolta-se.

Velhos padrões
O coordenador do DCE criticou de forma geral os padrões estipulados na publicidade. "É um padrão racista que exclui as pessoas negras desse espaço, e esse anúncio é sintomático disso", afirma Montenegro.

Ele lembra que há mais brancos do que negros na universidade. "A maioria das pessoas que conseguem entrar na universidade não são negras, são brancas. A gente consegue enxergar as marcas disso inclusive no quadro de alunos", completa.

Patrícia Teixeira
Do G1 Campinas e Região

STF manda inquérito sobre Cunha e Henrique Alves para Justiça do RN


20 de OUTUBRO de 2016 - O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o envio para a Justiça Federal do Rio Grande do Norte de inquérito aberto contra o deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ex-deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e o empresário José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS.

Os documentos da apuração, que aponta suposto recebimento de propina disfarçada de doação de campanha, foram remetidos nesta quinta-feira (20) ao Rio Grande do Norte.

O pedido de investigação chegou ao Supremo em sigilo no mês de maio. O inquérito foi aberto, mas retirado do âmbito da Operação Lava Jato por não se referir diretamente ao esquema de desvios na Petrobras.

Eduardo Cunha e Henrique Alves são investigados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e Léo Pinheiro por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Segundo a Procuradoria Geral da República, conversas interceptadas no celular de Léo Pinheiro mostraram uma conversa em que Cunha e o empresário falavam sobre votações de interesse da empreiteira . Depois, o parlamentar aparece cobrando doações oficiais da OAS para campanha de Henrique Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.

As informações foram enviadas para o Rio Grande do Norte em razão da cassação de Eduardo Cunha, que, com isso, perdeu o foro privilegiado, e porque as suspeitas apontadas na apuração ocorreram naquele estado.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, citou no pedido de investigação “centenas de mensagens trocadas entre Léo Pinheiro e Eduardo Cunha, apreendidas no celular daquele, o que demonstra, nitidamente, a relação espúria entre o empreiteiro e o atual presidente da Câmara dos Deputados”.

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Fonte: Blog do Robson Pires.

Covisa interdita Presídio Militar em Natal; 28 detentos são transferidos.

Presídio Militar do RN fica no mesmo terreno onde 
funciona o quartel do Bope 
(Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução)


20 de OUTUBRO de 2016 - O Presídio Militar do Rio Grande do Norte, localizado na Zona Norte de Natal, está proibido de receber novos detentos. A unidade, que fica no mesmo terreno onde funciona o quartel do Bope, a Cavalaria e o Canil da Polícia Militar, foi interditada na manhã da terça-feira (18) pela Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa).

Ao G1, a direção da Covisa confirmou que foi realizada uma inspeção sanitária na manhã da terça, ocasião em que foram constatadas condições inapropriadas de higiene. “Não atende às exigências sanitárias previstas pela legislação”, ressaltou o coordenador José Antônio.

Com isso, os 28 presos que estavam custodiados no local foram transferidos. “Até realizarmos as adequações exigidas pelo órgão, ninguém mais entra”, confirmou o tenente-coronel Arthur Emílio, assessor de comunicação da PM.

Anderson Barbosa
Do G1 RN

Empresária é atacada ao chegar em casa em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Renata Cordeiro Guerra se recuperava do ataque nesta 
quinta (20). 
(Foto: Raquel Honorato / TV Globo)

20 de OUTUBRO de 2016 - A empresária Renata Cordeiro Guerra, de 42 anos, voltava do mercado, por volta das 14h da última quarta-feira (19), quando foi atacada e agredida com socos no rosto, por três jovens, na porta do seu prédio, em Ipanema, na Zona Sul da cidade. A empresária tem uma ONG que ajuda crianças em comunidades do Rio e concorreu à vereadora nas eleições de 2016, mas não foi eleita.

“Estava esperando para entrar no prédio, meu telefone tocou, eu atendi, já tinha chamado o porteiro, nisso, três homens, de 18 ou 19 anos, chegaram por trás de mim e começaram a me dar socos no lado do rosto em que eu estava com o celular”, conta ela. O ataque acabou alguns minutos depois, quando o porteiro se aproximou. Seus pertences, como bolsa e celular, não foram levados.

“Não foi um assalto, foi um ataque, eles estavam vestidos como se fossem para a praia, seguiram em direção a Copacabana, ainda saíram rindo. Aqui na rua, está muito perigoso. São muitos assaltos diariamente, principalmente a idosos”, relata ela, que tem vizinhos que já foram assaltados na redondeza do prédio.

Renata é fundadora da ONG Todos com Felipe, que realiza um trabalho com crianças em comunidade do Rio. No entanto, a empresária descarta que o ataque tenha sido retaliação por conta de seu trabalho ou com sua recente candidatura.

“Foi totalmente aleatório, eles viram uma mulher ali, sozinha, e agiram. Relatei nas redes sociais para alertar a outras pessoas para que tenham cuidado aqui na área”, diz. Ao G1, Renata informou que, nesta quinta (20), passava bem e, embora continuasse inchada, estava com menos dor.

O crime não foi registrado oficialmente, pois Renata tem medo de retaliações. A 14ª Delegacia de Polícia - Leblon afirmou que a unidade tomou conhecimento das agressões sofridas por meio das redes sociais e que, desde então, vem buscando contato com a vítima para obter mais detalhes do ocorrido. Para o crime de lesão corporal é necessária a manifestação da vítima para a instauração do procedimento.


Do G1 Rio