Mãe é presa suspeita de matar filho esfaqueado em Nova Friburgo, no RJ


Hugo foi esfaqueado na noite deste sábado (4). Segundo 
a polícia, a mãe dele foi presa em flagrante por suspeita 
de praticar o crime — Foto: Reprodução / Facebook

05 de MAIO 2019 - Uma mulher de 40 anos foi presa em flagrante por suspeita de matar o filho, de 20 anos, com golpes de faca na noite deste sábado (4), em Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio. Segundo a Polícia Militar (PM), o crime aconteceu no distrito de Conselheiro Paulino, onde eles moravam.

A polícia informou que o pai da vítima encontrou o filho caído no chão e a mãe ao lado. A mulher alegou à polícia que não aguentava mais ser agredida.

Segundo a Polícia Civil, a mãe vai responder pelo crime de homicídio. O caso foi registrado na 151ª DP.

O G1 aguarda resposta da Polícia Civil sobre a motivação do crime e se a suspeita havia denunciado o filho por agressão anteriormente. A equipe de reportagem também tenta contato com a defesa da suspeita.

O corpo de Hugo Menezes da Silva foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis. O enterro do jovem será às 17h no Cemitério de Cordeiro.

Amigos lamentam perda

Nas redes sociais, amigos lamentam a morte de Hugo.

"Meu amigo tá difícil de acreditar!! Tão novo, tantos sonhos... Ainda nos falamos na semana passada e você me dizia seus planos!! Sempre lembrarei de como você era divertido, respeitoso, e amigo!!", diz uma amiga.

Outro post publicado na página da vítima na internet diz: " Triste demais, um rapaz maravilhoso, descanse em paz, meu amigo Hugo Menezes".

NOVA FRIBURGO Por Aline Rickly, G1 — Região Serrana

Governo prevê que servidores em condições de se aposentar ficarão em média mais 7 anos na ativa


05 de MAIO 2019 - O governo federal estimou no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020, encaminhado em abril ao Congresso Nacional, que os servidores públicos em condições para pedir aposentadoria aguardarão, em média, mais sete anos para ingressar formalmente com os pedidos – em razão também do chamado "abono de permanência".

Esse benefício, instituído pela Emenda Constitucional 41, em 2003, corresponde ao valor da contribuição previdenciária mensal do servidor que solicitar, desde que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria e opte em permanecer em atividade.

Só há abono de permanência para aposentadoria proporcional se adquirido o direito até 30 de dezembro de 2003, e, por idade (homens, 65 anos, e mulher, 60) – se completada a idade até a mesma data –, acrescido de tempo de contribuição (homem, 30 anos e mulher, 25 anos) e demais requisitos.

O que diz a LDO

De acordo com o projeto da LDO de 2020, enviada no mês passado ao Legislativo, até a avaliação atuarial do exercício de 2017, considerava-se que todos os servidores identificados com direito ao recebimento do abono de permanência iriam exercer de imediato o direito à aposentadoria.

Entretanto, o governo acrescentou que essa "hipótese" se mostrou "muito conservadora", pois não se observa que isso ocorra na prática – o que gerava "distorções nas projeções atuariais" (para os gastos com benefícios).

No projeto da LDO, informou ainda que, por essa razão, essa hipótese foi revista, adotando-se a premissa de que os servidores aguardarão mais sete anos no trabalho, "contados da data de cumprimento da melhor elegibilidade para se aposentar".

De acordo com informações da área econômica, essa projeção de que os servidores aguardarão, em média, mais sete anos para se aposentar tem por base a experiência do que aconteceu nos últimos anos.

O governo informou, porém, que a maioria dos servidores que optam por não se aposentar quando reúnem as condições para isso têm salários mais baixos.

O secretário especial adjunto de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Gleisson Rubin, afirmou, entretanto, que, se há em curso um movimento para alterar as regras vigentes de aposentadoria, por meio de proposta que tramita no Congresso Nacional, "é de se esperar que o número de pedidos [de aposentadoria] aumente, o que de fato se vem observando nos últimos 60 dias".

Segundo Gleisson Rubin, do Ministério da Economia, não há neste momento intenção por parte do governo de propor o fim do abono de permanência.

"Por ora, não há movimentos nesse sentido. O fim do abono de permanência demandaria o envio de uma PEC [Proposta de Emenda Constitucional], o que não seria conveniente neste momento em que o foco deve estar na discussão da reforma da Previdência", declarou o secretário.

Segundo ele, isso não representa um "juízo de valor" – se o governo está ou não satisfeito com o atual formato do abono permanência – mas somente uma observação de que, neste momento, não há "timing político" para tratar desse assunto.

Reduzir despesas

O ministro Paulo Guedes tem buscado diminuir as despesas com servidores públicos, o segundo maior gasto do orçamento primário da União (aquele que não tem relação com a dívida pública) nos próximos anos.

No início deste mês, em evento em Brasília, ele disse que seria uma "grande notícia" a previsão de que 50% do funcionalismo público se aposentará nos próximos cinco anos.

Para isso, ele informou que quer "travar" os concursos públicos. Para 2020, não estão previstos concursos públicos e nem reajustes de servidores – com exceção para o processo de reestruturação de carreira dos militares.

Em 2018, o número de servidores públicos federais na ativa registrou a primeira redução em 11 anos, de acordo com o Painel Estatístico de Pessoal, mantido pelo Ministério da Economia.

Contas do governo

A diretriz de enxugar a máquina pública se dá em um momento de dificuldade nas contas públicas. Para este ano e para 2020, respectivamente, o governo projeta um rombo em suas contas (sem contar gastos com juros) de até R$ 139 bilhões e de até R$ 124,1 bilhões.

Pressionadas principalmente por gastos previdenciários crescentes, além de perdas de arrecadação com benefícios fiscais, as contas do governo estão deficitárias desde 2014. A previsão da equipe econômica é de que o resultado continuará no vermelho até o fim do governo Bolsonaro, em 2022.

Gastos com servidores

De acordo com as projeções contidas na proposta da LDO de 2020, os gastos com servidores públicos avançariam de R$ 326 bilhões, em 2019, ou 4,46% do Produto Interno Bruto (PIB), para:

. R$ 338,1 bilhões em 2020 (4,29% do PIB);

. R$ 350 bilhões em 2021 (4,14% do PIB);

. R$ 363,3 bilhões (4% do PIB) em 2022.

Dessa forma, embora cresça em valores, o governo prevê recuo na proporção do PIB nos próximos anos.

Concursos

No mês passado, o governo editou um decreto para estabelecer critérios mais rigorosos para abertura de vagas por meio de concursos públicos. As regras passarão a valer a partir de 1º de junho.

De acordo com o governo federal, haverá "maior rigor na autorização de concurso público e na autorização de nomeação de aprovados". Entre os critérios estão os seguintes:

. os órgãos públicos deverão respeitar critérios mais específicos e rigorosos para justificar novos concursos;

. o concurso não terá prazo de validade superior a dois anos (salvo se houver previsão no edital);

. os órgãos públicos deverão provar que tentaram outras medidas para preencher as vagas, como remanejamento de pessoal.

MINISTÉRIO DA ECONOMIA  PAULO GUEDES

Por Alexandro Martello, G1 — Brasília

Prefeito de Nova York comemora com ironia cancelamento de viagem de Bolsonaro

04 de MAIO 2019 - O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, divulgou neste sábado (4), por meio de rede social, comentários sobre o cancelamento da viagem que o presidente Jair Bolsonaro faria à cidade.

Bill de Blasio é do Partido Democrata - oposição ao Partido Republicano, do presidente norte-americano Donald Trump. Bolsonaro seria homenageado pela Câmara de Comércio Brasil-EUA, mas os locais escolhidos pela organização para a cerimônia se recusaram a receber o evento. Além disso, empresas que patrocinam o evento desistiram de homenageá-lo.

O Planalto declarou que não vai se pronunciar sobre o assunto.

Segundo o prefeito de Nova York, Bolsonaro "aprendeu do jeito difícil que nova-iorquinos não fecham os olhos para a opressão".

"Nós expusemos sua intolerância. Ele correu. Não fiquei surpreso - 'valentões' geralmente não aguentam um tranco. Seu ódio não é bem-vindo aqui", afirmou ele.

Em outra publicação, ele afirmou que o ataque de Jair Bolsonaro a direitos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais ou Transgêneros (LGBTQ) e "seus planos destrutivos para o nosso planeta se refletem em diversos líderes – incluindo no nosso país".

"Todos devem se levantar, falar e lutar contra esse ódio temerário", acrescentou o prefeito de Nova York.

Antes de divulgar essas declarações, Bill de Blasio já havia pedido a um dos locais escolhidos que não recebesse o presidente por considerá-lo um "ser humano perigoso".

De acordo com a nota divulgada pela Presidência nesta sexta-feira, assinada pelo porta-voz de Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, a viagem foi cancelada porque "ficou caracterizada a ideologização da atividade".

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que "o prefeito de Nova York critica a intolerância de Jair Bolsonaro, mas age da mesma forma. Discordo em muitas coisas do presidente Bolsonaro na agenda de valores, mas não há saída para os nossos desafios sem diálogo e respeito".

Segunda viagem aos EUA

Esta seria a segunda viagem de Bolsonaro aos Estados Unidos desde que ele assumiu a Presidência da República.

Em março, ele esteve em Washington, capital do país, para se reunir com o presidente Donald Trump. Na ocasião, Bolsonaro também se reuniu com empresários e "formadores de opinião".

Durante a viagem, Bolsonaro assinou um decreto que permitiu a cidadãos dos Estados Unidos entrar no Brasil sem necessidade de visto.

Segundo ele, enquanto brasileiros vão ao país em busca de trabalho, americanos não visitam o Brasil em busca de emprego.

Por G1 — Brasília

Com desemprego crescente, aumentam relatos de golpes com vagas falsas: 'Tentam tirar proveito da angústia alheia'


O Ministério Público do Trabalho ajuizou ações em 
cidades como Santa Cruz do Sul, no Rio Grande 
do Sul — Foto: Divulgação/MPT-RS

04 de MAIO 2019 - Rebeca atendeu ao telefone e ouviu o que mais esperava: "Temos uma vaga com o seu perfil". A proposta era um cargo de gerente, em que ganharia quase R$ 30 mil. Tinha cara de emprego dos sonhos, diz ela. "Mas em 10 ou 15 minutos de conversa, no dia seguinte na agência, percebi que era um golpe."

Ela não é a única a contar essa história.

O número de pessoas em busca de vaga no Brasil aumentou 10,2% no primeiro trimestre do ano e soma agora 13,4 milhões de trabalhadores, segundo números divulgados no fim de abril pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

É uma fila que, na medida em que crescia, também via se multiplicarem acusações e indícios de vagas falsas e de outros artifícios lançados para enganar desempregados e tirar dinheiro deles no país. O quadro é apontado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), pelo Procon-SP e pelo site de defesa do consumidor Reclame Aqui - e confirmado por analistas.

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"Infelizmente, são situações que se repetem, fruto da ação inescrupulosa de pessoas que tentam tirar proveito da angústia alheia, derivada do desemprego ou aspiração de tantos outros que desejam um progresso profissional", diz o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Brasil), Paulo Sardinha. "As práticas consideradas desonestas", afirma, "são executadas por uma minoria", mas os candidatos devem ter cuidado.

Iscas

Em São Paulo, o promotor de Justiça do Consumidor, Luiz Ambra, diz que o Ministério Público começou a investigar "um grupo de pessoas que estaria usando diferentes nomes no mercado para anunciar vagas nos jornais, atrair interessados com promessas de emprego que não existem e exigir que eles façam pagamentos". "Existem evidências muito fortes dessa prática."

Ambra relatou que uma das vítimas ouvidas na investigação disse ter sido atraída por anúncios de vagas para auxiliar de produção e estoquista.

Ao chegar ao local, teria visto 40 pessoas esperando entrevista. A agência, segundo ele, afirmou ao candidato que as vagas já estavam preenchidas, mas que havia outras duas – com salários entre R$ 800 e R$ 1.490 mais benefícios.

"Ele (a vítima) teria mostrado interesse por esta última. A empresa então teria sinalizado que estava tudo certo, que iria ter um treinamento, mas que ele ia ser contratado e só precisaria arcar com o custo do uniforme."

O valor, R$ 390, seria descontado do primeiro salário, mas o convenceram a antecipar com o cartão de crédito. A estratégia teria sido a mesma usada com outros candidatos.

"Depois de efetuado o pagamento, quando vão assinar o contrato, verificam que não tem nada daquilo que haviam acertado – que a empresa só se compromete a prepará-los para entrevistas. Ela também diz que o uniforme está esgotado."

Essa vítima contou em depoimento que conversou com outros trabalhadores que tinham participado de seleções na agência - e que teriam percebido que as propostas eram falsas.

Duas pessoas já ouvidas teriam conseguido bloquear seus cartões de crédito para evitar os pagamentos. Outras, não.

A investigação, segundo Ambra, foi desencadeada por queixas que os trabalhadores registraram no Procon e em sites de defesa do consumidor.

Segundo o Reclame Aqui, 30% das 4.872 queixas registradas no primeiro trimestre de 2019 contra agências de emprego e recrutamento trazem acusações de cobranças indevidas e vagas falsas. A cifra representa um aumento de 11,3% em relação aos três primeiros meses de 2017, e 2,4% ante igual período de 2018.

"Muita gente acaba deixando de denunciar por vergonha ou falta de informação de como proceder. E infelizmente, talvez ocorram mais casos do que aqueles que são registrados", diz o dirigente da ABRH-Brasil, ressaltando que as denúncias também podem ser feitas de forma anônima à polícia e em outros órgãos.

A Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT), apontou a existência de ações em Estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rondônia.

Os casos envolvem empresas que, segundo a Procuradoria, cobravam taxas de candidatos para encaminhá-los a entrevistas ou vagas de emprego ou atuavam, por exemplo, usando promessas de vagas como isca para vender cursos e treinamentos – mas após a assinatura do contrato alegavam aos clientes que a vaga dependeria do desempenho do aluno.

'Colocam um monte de defeitos no seu currículo'

Rebeca, a personagem citada no início desta reportagem, teme que seu episódio atrapalhe outras seleções de que participa – por isso, a BBC News Brasil decidiu não revelar seu nome verdadeiro nem o da empresa.

A paulista de 37 anos atuou como gerente de marketing de uma multinacional até dezembro. Ela conta que foi desligada do cargo após uma mudança no modelo de negócio da companhia, e essa seria a sua sexta entrevista.

A profissional conta que não pesquisou previamente sobre a empresa, mas que ficou "desconfiada" quando recebeu a ligação.

"A mulher disse que era de uma empresa de recolocação, que tinha visto o meu currículo e perguntou se eu poderia comparecer no dia seguinte para ouvir a proposta."

"Como eu já tinha recebido ligações desse tipo, liguei de volta para perguntar se tinham mesmo uma vaga. E ela confirmou que era uma oferta real."

Ao chegar à agência, ela conta que acabou sendo pressionada a pagar R$ 5.000 por serviços que não sabia que seriam oferecidos. O valor seria para a empresa revisar seu currículo, buscar outras vagas para ela no mercado e lhe renderia, de bônus, um serviço de coaching para prepará-la para entrevistas.

"Eles falam que têm uma vaga totalmente compatível com o seu perfil, mas não têm. É só para lhe atrair", diz ela.

"No meio da conversa eles colocam um monte de defeitos no seu currículo, dizem que do jeito que está não conseguem mandar para a empresa, que ele vai ser rejeitado, e aí tentam vender o serviço".

O valor teria de ser pago à vista ou em até seis vezes.

"Se eu fosse contratada, eles pediriam ainda 25% dos meus três primeiros salários".

Pressão

"A pessoa simula uma entrevista, tenta tirar informações de você, como o cargo que você está querendo, quanto você quer ganhar, e aí pega o gancho para fazer a proposta", detalha Rebeca.

"Fazem muita pressão psicológica para você fechar na hora, dizem que a cada dia que você está fora do mercado vai perdendo valor, como um carro que saiu da concessionária e está valendo 20% menos."

Ela já havia sido alertada sobre esse tipo de investida por uma empresa de RH que lhe presta assessoria para recolocação profissional – um serviço incluído no pacote de desligamento que acertou no antigo emprego, por ocupar cargo de executiva.

"Minha consultora também me disse que nenhuma empresa séria, idônea, que está fazendo um processo seletivo, vai cobrar do candidato para fazer recrutamento. Quem paga é a empresa que está contratando, não é o candidato. Eu tive sorte de estar preparada."

Rebeca saiu do escritório sem contratar qualquer serviço. Disse que iria analisar, e respondeu por e-mail que não estava interessada. Só depois ela viu, na internet, postagens de outros candidatos com histórias parecidas.

Em uma das queixas publicadas recentemente no site Reclame Aqui, o internauta diz que recebeu uma ligação da mesma empresa em dezembro, a respeito de uma vaga para ganhar R$ 12 mil. "Mas era mentira, a intenção era apenas me vender pacotes de consultoria em coaching", afirma.

'Brincam com nossos sonhos'

Também neste ano, uma usuária do site se disse "indignada" com uma "falsa promessa de emprego" de outra agência. O foco eram vagas de camareira.

Ela encontrou o anúncio publicado no jornal "propondo início imediato e que davam o treinamento".

Ao ligar em busca de detalhes, a atendente teria lhe dito que a empresa presta serviços para várias redes de hoteis e que o treinamento custaria R$ 300.

"Mas ela garantiu que dentro de um mês eu estaria no mercado, pois os hoteis só contratavam através deles". O caso teria ocorrido em julho de 2018. E o pagamento integral era apontado como pré-requisito para ter o currículo divulgado.

"Eu peguei dinheiro emprestado para fazer".

Cinco meses depois, quando fez o post com a queixa, a candidata afirmava que continuava desempregada, que não havia recebido sequer uma ligação para entrevistas e que ninguém da "turma grande" que fez o treinamento com ela havia sido empregado.

Os candidatos teriam criado um grupo no WhatsApp para acompanhar o caso. "Estou divulgando, pois os anúncios continuam, dessa e de outras que prometem emprego e brincam com nossos sonhos. Por favor, não caiam nessa", diz ela.

"Eu ainda tenho o jornal com o anúncio".

Paulo Sardinha, da ABRH-Brasil, afirma que esse tipo de situação "sugere um golpe".

"A irregularidade consiste em simular a existência de vaga para cobrar por um serviço e induzir o interessado a erro."

'Cobrança não é permitida'

Em uma das ações ajuizadas pelo MPT em 2018, na Bahia, a juíza substituta da 2ª Vara do Trabalho de Feira de Santana, Maria Fernandes Maciel Prado de Oliveira, ressalta que a atividade de agenciamento de empregos não é regulamentada no Brasil. Não existe lei permitindo a cobrança de valores para que o candidato seja empregado, observa ela. Por enquanto, também não existe contra.

Mas os procuradores do MPT sustentam - e alguns juízes, como ela, têm acatado - que "o procedimento fere princípios e normas constitucionais e internacionais", como a Convenção 181 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que "prevê a impossibilidade de as agências cobrarem dos trabalhadores encargos sobre os seus serviços".

Um projeto de lei de autoria do deputado Nilto Tatto (PT-SP), desarquivado em fevereiro para votações na Câmara dos Deputados, também quer proibir agências de cobrar taxas para cadastro de currículo no banco de dados ou inscrição em processo seletivo.

A agência ré no caso da Bahia é acusada de cobrar R$ 10 para cadastro de currículo e, ainda, a retenção de 30% do primeiro salário do candidato - prática que, no entendimento da juíza, "é vedada" e que "viola a proteção ao salário do trabalhador, o valor social do trabalho, a garantia de livre acesso do empregado ao mercado de trabalho face a livre iniciativa e até a dignidade da pessoa humana".

Decisões favoráveis ao trabalhador nesse tipo de ação podem ir desde obrigar a empresa a parar as cobranças, sob pena de multa, até punições como reparação de danos morais coletivos e prisão, se estiver na esfera criminal.

'Deve-se desconfiar'

Mas e se o telefone do trabalhador toca e alguém diz ter uma vaga com o perfil dele, o que ele faz?

"Deve desconfiar!", dizem os dirigentes da ABRH, entidade filiada à Federação Mundial de Associações de Gestão de Pessoas, que reúne mais de 660 mil profissionais de RH distribuídos em mais de 90 países.

"Isso sugere ser uma prática desonesta ou, pelo menos, pouco profissional. Quando sugerem que a vaga encaixa exatamente com o perfil do candidato, sem ele nem mesmo ter participado de um processo seletivo da empresa ou, por exemplo, baseado em seu perfil do LinkedIn, não faz muito sentido", avalia.

Uma abordagem correta, acrescenta, seria o profissional dizer qual empresa representa, a vaga ou oportunidade que está trabalhando e que gostaria de marcar uma entrevista para avaliar a aderência do candidato a esta vaga.

A empresa também deveria mencionar como chegou até ele, informando de quem recebeu a indicação ou currículo.

A recomendação, segundo a ABRH, é que a pessoa verifique em sites e órgãos de proteção ao consumidor se profissionais e empresas que dizem prestar tais serviços são alvos de reclamações, como as solucionaram e se estão envolvidos em procedimentos de investigação e denúncias.

Empresas abertas recentemente e com pouco ou nenhum histórico de prestação de serviços devem ser avaliadas cuidadosamente, diz ainda. "Cuidado também com consultorias que se dizem vinculadas a instituições, com a nítida intenção de tentar aparentar credibilidade".

"A regra geral", diz o presidente da Associação, "é que pedido de pagamento antecipado em troca de vagas de emprego existentes sugere golpe. E cobrança de parcela dos salários é desprovida de ética".

Os dirigentes da ABRH acrescentam que a prestação de serviços que visam orientar pessoas na melhoria de currículos, comunicação pessoal, preparação apropriada para entrevistas e outras do tipo não é proibida no Brasil e pode ser remunerada.

"O que não pode é associar essa prestação de serviço à oferta de vaga de emprego", dizem eles, confirmando que "via de regra, as consultorias são remuneradas pela empresa que possui as vagas, não cabendo nenhuma forma de cobrança aos candidatos".

'Promessas mirabolantes'

O diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, complementa que "promessas mirabolantes" - como salários muito acima da média - são sinais de alerta e que é preciso cuidado redobrado com empresas que garantem vaga".

"Com o desemprego alto, aumenta o desespero das pessoas e é mais fácil cair nesse tipo de golpe", diz ele.

Diante de eventuais reclamações dos candidatos, o Procon pede explicações à empresa e investiga o caso. "Se houver mentira envolvida, além de ser caso de Procon é caso de polícia porque se trata de estelionato", observa Capez.

O diretor ressalta que "o consumidor deve estar atento tanto ao anúncio de emprego quanto a um eventual contrato, se concordar em assiná-lo". É possível levá-lo ao Procon antes para checar se há irregularidades.

"As partes podem assinar contratos, desde que seja às claras. O que não pode haver é mentira".

Apesar de não ter feito uma denúncia formal, Rebeca tem alertado outros profissionais pelo WhatsApp.

"Quantas pessoas não caem nessa armadilha?", pergunta.

Por Renata Moura, BBC, BBC Brasil

Bebê de 1 mês tem braço amputado após telha da casa cair no litoral de SP


Bebê está internado na UTI Neonatal do 
Hospital das Clínicas após ter o braço 
esquerdo amputado, conforme relata a tia do 
menino — Foto: Arquivo pessoal/Sibele dos Santos

03 de MAIO 2019 - Um bebê de 1 mês teve o braço esquerdo amputado após a telha da casa onde vive cair em cima dele, em Mongaguá, no litoral de São Paulo. O G1 conversou com familiares da criança nesta sexta-feira (3), que afirmaram que houve negligência no atendimento a Felipe José dos Santos.

Segundo Sibele dos Santos, tia do bebê, no domingo (28), com o temporal que atingiu a Baixada Santista, rajadas fortes de vento fizeram com que a telha da residência da família de Felipe, localizada no bairro Agenor de Campos, caísse. Mãe e filho estavam na sala, quando parte do teto desabou em cima deles e atingiu o braço do menino.

Conforme relata a tia da criança, a mãe de Felipe ficou desesperada e o levou às pressas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. A Prefeitura de Mongaguá informou ao G1 que na UPA, o bebê e sua mãe deram entrada por volta das 18h20.


Telha da casa caiu em cima da mãe e do filho, em 
Mongaguá, SP, e bebê teve braço amputado — Foto: Arquivo pessoal/Sibele dos Santos

A criança chorava muito e estava sangrando, sendo assistida na sala de emergência, onde o médico prestou os primeiros atendimentos. Em seguida, de acordo com a prefeitura, foi solicitada avaliação com o ortopedista, que realizou procedimentos para estabilizar o sangramento, pois se tratava de uma fratura exposta.

Em paralelo, teve início uma busca ativa por vagas via telefone, pois na ocasião não havia sistema da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), conforme relatado pela prefeitura. As equipes fizeram o primeiro contato no Hospital Regional de Itanhaém, onde foram orientadas a transferirem o bebê para o Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, pois seria a referência em traumas.

O Hospital Irmã Dulce autorizou a transferência, que aconteceu por volta das 18h35. A direção do Hospital Municipal Irmã Dulce esclareceu que o paciente foi prontamente atendido, após passar previamente por outro serviço de saúde no município de Mongaguá, segundo relatos repassados à equipe médica.


Parte da telha da sala da residência caiu com o vento forte 
que atingiu Mongaguá, SP — Foto: Arquivo 
pessoal/Sibele dos Santos

De acordo com o hospital, o paciente recebeu toda a assistência necessária, passando por exames e também sendo medicado. Porém, o local não é referência para reimplante de membros, sendo necessária a inserção do paciente na Cross, o que também foi feito momentos após seu atendimento inicial. Foi requisitada também uma ambulância para remoção do paciente que, assim que chegou na unidade, o levou ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, como paciente vaga zero.

Segundo a Prefeitura de Mongaguá, por volta das 19h, o Hospital Irmã Dulce contatou a UPA solicitando ajuda para realizar a remoção da criança para o Hospital das Clínicas, pois o menino foi transferido com vaga cedida de UTI Neonatal. Porém, o Irmã Dulce não dispunha no momento de ambulância UTI para isso. A administração afirma que então encaminhou o equipamento com a equipe médica pediátrica para realizar a transferência, que foi concluída às 22h24.

Negligência

Para a família, a perda do braço do bebê é resultado de negligência, pela demora na realização da transferência da criança. De acordo com Sibele, os médicos que realizaram a cirurgia do sobrinho falaram que a amputação foi necessária devido a demora no atendimento.

A tia tenta arrecadar coisas para o bebê após o ocorrido . "Poderia ter sido diferente. O que não aceitamos é isso, tanto é que só chegou a esse ponto por conta da demora. É muita dor para a família, porque ele é tão pequenininho. Os pais estão muito abalados, estão sofrendo muito", desabafa Sibele.

Em nota, o Hospital Irmã Dulce afirma que não houve qualquer tipo de negligência ou demora por parte da unidade no atendimento e que a liberação de vagas para transferência de pacientes para serviços de referência via CROSS não depende do Irmã Dulce e sim destes locais.

De acordo com ela, a mãe da criança se machucou e levou alguns pontos na cabeça, mas passa bem. Em nota, o Hospital das Clínicas informa ao G1 que Felipe está estável na UTI Neonatal.


Bebê de um mês segue internado na UTI Neonatal 
após ter o braço esquerdo amputado — Foto: Arquivo pessoal/Sibele dos Santos

Por G1 Santos

Foto tirada após parto mostra jovem antes de morrer em hospital: 'Tem que ser forte', diz companheiro


Jovem morreu após parto normal em hospital de 
Boituva (SP) — Foto: Igor Aparecido Pereira/Arquivo Pessoal

02 de MAIO 2019 - O companheiro da estudante de 18 anos Ana Paula Saqui de Paula, que morreu após o parto normalem um hospital de Boituva (SP), disse ao G1 que já está cuidando da filha em casa, mas que ele continua abalado com a morte da companheira.

Uma foto enviada para a reportagem mostra o casal junto com a filha Estella, momento registrado antes da estudante passar mal e morrer.

A Comissão de Ética do Hospital São Luiz de Boituva, que fez o parto de Ana Paula, abriu uma sindicância na segunda-feira (29) para investigar a morte. A família chegou a procurar a polícia e registrar boletim de ocorrência.

“A família ficou abalada, mas tem que ser forte por causa da Estella. Já estou com ela em casa e ela está boazinha, graças a Deus. Todo mundo dá assistência. Até os amigos. Todo mundo ficou triste com o que aconteceu", diz Igor Aparecido Pereira.

O companheiro de Ana Paula afirma que ficou emocionado quando viu a filha pela primeira vez. "Foi uma felicidade. Uma emoção". A bebê recebeu alta hospitalar na terça-feira (30) e Igor disse que vai cuidar da criança junto da família de Ana Paula.

"Agora que ela recebeu alta, todo mundo junto vai ajudar a cuidar. Ela vai ficar um pouquinho comigo e um pouquinho com a avó. Estou feliz que ela recebeu alta, vamos cuidar muito bem, dar muito amor e carinho”, afirma.


Ana Paula Saqui de Paula morreu após parto normal 
em hospital de Boituva — Foto: Reprodução/Facebook

Morte

A morte da jovem foi parar na delegacia e a família registrou um boletim de ocorrência contra o hospital.

De acordo com o registro, Ana Paula, grávida de nove meses, deu entrada na unidade, em Boituva, na noite de quinta-feira (25). A médica que a atendeu prescreveu que a jovem tomasse um soro com um medicamento e sugeriu que ela esperasse pelo trabalho de parto no hospital ou em casa.

A jovem e o companheiro dela optaram, conforme o registro policial, por voltar para a casa. Contudo, na madrugada de sexta-feira (26) eles retornaram à unidade.

A família afirmou também para a polícia que a gestante recebeu atendimento da equipe de enfermagem e às 12h a médica verificou que a dilatação da jovem estava apta para o parto.

Eles relataram que a paciente pediu que fosse feita cesariana e a médica perguntou pelo anestesista. Ainda segundo o B.O., o profissional teria informado que conseguiria chegar ao hospital apenas por volta das 16h.

A médica voltou a tentar o parto normal com o uso do fórceps. Após o parto, Ana Paula foi encaminhada ao quarto do hospital, mas ela começou a ter hemorragia.

Devido à gravidade do caso, a paciente chegou a ser encaminhada a um hospital de Sorocaba (SP), mas não resistiu e morreu antes de chegar na unidade na manhã de sábado (27). O caso foi registrado na Polícia Civil de Boituva e será investigado.

Sindicância


Paciente fez o parto no Hospital São Luiz em 
Boituva (SP) — Foto: Reprodução/TV TEM

O Hospital São Luiz informou que assim que tomou conhecimento do fato abriu uma sindicância para investigar o que aconteceu durante o procedimento com Ana Paula.

O secretário da Saúde da cidade, Élcio Sena, disse que acompanha a investigação e que foi dado apoio à família.

“Entramos em contato com a administração do hospital, que informou que foi dada assistência à família e que foi aberta uma sindicância para apurar os fatos. Nós vamos aguardar a sindicância, a conclusão do inquérito policial e o resultado do SVO. Desta forma, vamos saber se houve alguma falha por parte da equipe médica ou não", diz.

Seis vereadores protocolaram, na terça-feira (30), um pedido para a criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar a morte da estudante.

*Sob supervisão de Heloísa Casonato

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BOITUVA  SOROCABA

Por Nicole Annunciato*, G1 Itapetininga e Região

Recém-nascido é encontrado morto em lixão de cidade da região do Seridó Potiguar


02 de MAIO 2019 - Catadores se depararam com uma cena triste nesta manhã de quinta-feira, dia 2 de maio, em Caicó, região Seridó potiguar. Eles encontraram um recém-nascido, de aproximadamente sete meses, morto no lixão, que fica localizado na saída para São Fernando.

De acordo com as primeiras informações, catadores ao catar uma carrada de lixo que tinha acabado de chegar, localizaram o recém-nascido. Policiais estão no local. Aguardem mais informações a qualquer momento.

Fonte: O Câmera - Blog Marcos Dantas.

Quase mil cidades podem ter surto de dengue, zika e chikungunya


Brasília - Agentes de combate distribuem panfletos 
e conscientizam moradores de Brazlândia no Dia 
de Mobilização Nacional contra o Mosquito 
Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya 
e do vírus Zika (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

01 de MAIO 2019 - Novecentos e noventa e quatro municípios brasileiros apresentam alto índice de infestação pelo mosquito Aedes aegypti e podem registrar surtos de dengue, zika e chikungunya.

O número, de acordo com informações do Ministério da Saúde, representa 20% das 5.214 cidades que realizaram algum tipo de estudo que classifica o risco do aumento de doenças causadas pelo vetor.

O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 revela que a incidência de casos de dengue no país entre janeiro e março subiu 339,9% em relação ao mesmo período de 2018.

Além da situação de risco, o estudo identificou 2.160 municípios em situação de alerta e 1.804 com índices considerados satisfatórios.

O ministério alertou hoje (30), em Brasília, para a necessidade de fortalecer ações de combate ao mosquito, mas avaliou que, mesmo com o aumento de casos de dengue, a taxa de incidência está dentro do esperado para o período e o país não está em situação de epidemia. O Ministério da Saúde admite, entretanto, que podem haver epidemias localizadas de dengue em alguns municípios.

Capitais

Cinco capitais estão com índice de infestação considerado satisfatório: Boa Vista, João Pessoa, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Cuiabá está classificada como em risco e outras 16 capitais estão em alerta. São elas: Fortaleza, Porto Velho, Palmas, Salvador, Teresina, Recife, Belo Horizonte, Campo Grande, Vitória, São Luís, Belém, Macapá, Manaus, Maceió, Aracaju e Goiânia.

Natal, Porto Alegre e Curitiba realizaram levantamento por meio de metodologia diferente (armadilha), enquanto Florianópolis e Rio Branco não enviaram informações ao ministério sobre o índice de infestação ao governo federal.

Criadouros

O armazenamento de água no nível do solo (armazenamento doméstico), como em toneis e barris, foi o principal tipo de criadouro identificado no país, seguido por depósitos móveis, caracterizados por vasos e frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Por último, estão os depósitos encontrados em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção.

Dengue

Até 13 de abril de 2019, foram registrados 451.685 casos prováveis de dengue no Brasil contra 102.681 casos no ano passado. A incidência, que considera a proporção de casos em relação ao número de habitantes, tem taxa de 216,6 casos para cada 100 mil habitantes. O número de óbitos pela doença também teve aumento, de 186,3%, passando de 66 para 123 mortes.

Zika

Foram registrados ainda 3.085 casos de zika, com incidência de 1,5 caso para cada 100 mil habitantes. Em 2018, no mesmo período, foram identificados 3.001 casos prováveis da doença. Não há óbitos por zika contabilizados em 2019.

Chikungunya

Também houve 24.120 casos de chikungunya, com uma incidência de 11,6 casos para cada 100 mil habitantes. Em 2018, foram 37.874 casos – uma redução de 36,3%. Em 2019, não foram confirmados óbitos por Chikungunya no país.
O levantamento

O LIRAa é classificado pelo Ministério da Saúde como um instrumento fundamental para o controle do vetor e de doenças transmitidas por ele. Com base nas informações coletadas, o gestor pode identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante.

O objetivo do levantamento é permitir que os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito. A lista completa de cidades que participaram do estudo pode ser acessada aqui.

Agência Brasil

Thayonara Filgueira - Jornal O Mossoroense.

Pagamento do mês de abril já esta disponível


30 de ABRIL 2019 - A Prefeitura Municipal de Viçosa através da Secretaria Municipal de Finanças liberou nesta terça-feira (30/04) o pagamento dos vencimentos de todos os servidores municipais correspondente ao mês de abril/2019.

É prioridade da nossa gestão "Trabalhamos rigorosamente com o compromisso de quitarmos mensalmente a folha salarial de nossos servidores e fornecedores". Reafirmou o Prefeito Toinho.

Assessoria de Comunicação Social

Josimar Lopes

Justiça determina indisponibilidade de bens de 'funcionária fantasma' e do deputado José Dias


José Dias (PSDB) é deputado estadual pelo Rio Grande 
do Norte — Foto: Eduardo Maia/Assessoria AL

29 de ABRIL 2019 - A Justiça determinou a indisponibilidade de R$ 704.446,39 em bens de Janine Salustino Mesquita de Faria, filha do ex-governador Robinson Faria, e também do deputado estadual José Dias (PSDB). A decisão da 3ª Vara da Fazenda Pública de Natal partiu de um pedido do Ministério Público, que alega que Janine foi, por cinco anos, “funcionária fantasma” do gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa.

O G1 tentou contato com o deputado José Dias, no entanto a reportagem foi informada que ele ainda não havia chegado ao gabinete na ALRN. O G1 também ligou para Janine Faria. Ela atendeu ao telefone, mas, em seguida, a ligação caiu. Depois disso, as chamadas não foram mais atendidas.

De acordo com o Ministério Público, Janine Faria manteve vínculo com a Casa Legislativa, na função de secretária de gabinete, no período de 1º de janeiro de 2011 a 4 de março de 2016, tendo recebido regularmente a remuneração do cargo.

O MP afirma que os salários mensais variavam de R$ 6.774,35 a R$ 8.123,75. Somando-se todos os valores recebidos, inclusive aqueles referentes às férias e ao décimo terceiro, chega-se ao valor total de R$ 536.100,38. Após as atualizações ordinárias, o montante resulta nos R$ 704.446,39 que o Tribunal de Justiça pediu para indispôr em bens.


Janine Faria é filha do ex-governador Robinson Faria e 
o MP diz que ela era "funcionária fantasma" da 
Assembleia Legislativa do RN — Foto: Redes Sociais/Facebook

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP analisou as redes sociais de Janine Faria, que, segundo os promotores, demonstraram a incompatibilidade de horários para o desempenho regular de suas atividades funcionais na Assembleia.

“Ao mesmo tempo, os depoimentos prestados por testemunhas e pelos próprios demandados revelam a ausência de especificação acerca do desempenho das atividades funcionais de Janine Faria, não anunciando o cumprimento do seu expediente de trabalho. Dessa forma, o referido cenário sugere uma pretensa irregularidade no exercício do cargo público por parte da demandada, quando considerado que esta, durante o horário de expediente, encontrava-se realizando viagens a passeio ou frequentando academias de ginástica e clínicas de estética”, afirma o Ministério Público.

A decisão destaca que “o panorama descrito descortina, pois, a possível ultimação dolosa de atos de improbidade administrativa, relativos ao enriquecimento ilícito, à lesão ao erário público e a atentados aos princípios da Administração Pública”. Janine Faria e José Dias foram intimados a, no prazo de 15 dias, a apresentarem manifestação por escrito à Justiça.


Por G1 RN

Homem mata a esposa e depois comete suicídio na zona rural de Mossoró


29 de ABRIL 2019 - A cidade de Mossoró registrou no final da noite deste domingo, 28 de Abril de 2019, um crime de homicídio provocado por disparos de arma de fogo, elevando para 52 o número de pessoas assassinadas neste ano de 2019.

O crime desta vez aconteceu, na Comunidade de Rancho da Caça na zona rural da cidade, onde foi vítima uma mulher identificada como Maria da Conceição Dantas de França, de 36 anos. De acordo com a Polícia Militar, Maria da Conceição ela foi morta com tiros de escopeta calibre 12 dentro de sua casa e o crime foi cometido pelo marido dela, um vigilante por nome de Carlos Alexandre, de 46 anos

Após a ação criminosa, o mesmo fugiu a pé por uma estrada carroçável e ao chegar no Sítio Cigano, Carlos Alexandre acabou se matando.

A PM foi acionada e esteve fazendo o isolamento nos locais de crimes. A polícia ainda não há informações sobre a motivação que levou o Carlos Alexandre ter matado a própria esposa e depois ter se matado. Os corpos foram removidos pelo ITEP para a sede sua base, onde serão necropsiados e depois liberados para sepultamento.

José Antonio Nunes - Jornal Folha Regional.

Delegado da Polícia Civil morre após ser baleado por PMs na Bahia


Delegado da Polícia Civil morre após ser baleado por PMs 
na Bahia — Foto: Sindpop

28 de ABRIL 2019 - Um delegado da Polícia Civil morreu após ser baleado por policiais militares, durante ação policial realizada na madrugada deste domingo (28), na cidade de Itabuna, sul da Bahia.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP), os PMs, que integram o 15° Batalhão de Polícia Militar (BPM), estariam apurando uma denúncia de roubo, na Avenida Mário Padre, quando ocorreu o caso.

O órgão não detalhou quantos policiais militares participavam da ação e nem como ocorreu o disparo contra a vítima. Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) informou, entretanto, que o delegado José Carlos Mastique de Castro Filho teria sido baleado no peito ao tentar entregar a arma dele para os PMs, durante a abordagem.

Segundo o Sindicato, a vítima estava com uma namorada, em um posto de combustíveis da cidade, quando ocorreu a ação.

A SSP informou que o delegado chegou a ser socorrido, mas não resistiu. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itabuna. Não há detalhes sobre o sepultamento.

O caso está sob investigação da 6ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin). Em nota, a SSP-BA informou que Corregedoria Geral da SSP acompanha o caso. O órgão não detalhou se os PMs envolvidos na ação foram afastados.

Ainda em nota, o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) repudiou a ação dos policiais militares e informou que também acompanha o caso.

Também em nota, o Sindicatos dos Delegados do Estado da Bahia (Adpeb) prestou condolências à família e amigos do delegado José Carlos Mastique.

A Adpeb destacou que "a verdade dos fatos somente poderá ser levantada através de uma acurada investigação, a qual já está sendo feita pelos delegados, investigadores e escrivães da 6ª Coorpin".

"Por sua vez, exigimos da Polícia Civil da Bahia o mais absoluto empenho, responsabilidade e dedicação nesta apuração, porquanto, todas as circunstâncias deverão ser reveladas e suas evidências consubstanciadas para que o crime e eventuais excessos praticados possam ser comprovados e seu autor incurso nas penalidades legais", diz a nota da Adpeb.

Ainda segundo a Adpeb, o velório do delegado José Carlos Mastique ocorrerá neste domingo (28), a partir das 17h, no SAF/Itabuna, em frente ao Clube Grapiúna, e o sepultamento será na segunda-feira (29), às 9h, no Cemitério Campo Santo, também em Itabuna.

ITABUNA

Por G1 BA

Pedreiro se forma em direito no mesmo prédio que ajudou a construir: 'Nunca desisti do meu sonho'


Luiz trabalhava como pedreiro e se formou em direito 
na faculdade em que construiu em 
Votuporanga — Foto: Arquivo Pessoal

27 de ABRIL 2019 - Tijolo por tijolo. Foi assim que Luiz Antônio dos Santos, de 51 anos, ajudou a construir uma faculdade particular de Votuporanga (SP) enquanto trabalhava como pedreiro. Mas mal sabia ele que, anos depois, cursaria direito e se formaria exatamente no mesmo prédio onde sujou as mãos de cimento.

“Eu brincava com meus amigos e dizia que estava fazendo duas faculdades. Foi muito engrandecedor saber que eu tinha erguido os corredores por onde passava. A minha habilidade profissional me ajudou a conseguir isso. Tive um privilégio muito grande”, diz Luiz.

Em entrevista ao G1, o agora advogado contou que se mudou para o município em 1989, começou a procurar emprego e entrou para o ramo da construção civil. Depois de anos de experiência, foi selecionado para trabalhar na obra da unidade de ensino superior.


Luiz trabalhando em obra antes de se formar em direito — Foto: Arquivo Pessoal

“A construção teve início em 2006. Fizemos os primeiros blocos da faculdade. Além de trabalhar, eu fazia alguns cursos profissionalizantes, mas queria algo a mais. Portanto, dois anos depois, quando a obra acabou, eu prestei vestibular e fui aprovado”, relembra o advogado.

Sem condições de pagar a mensalidade do curso, Antônio foi contemplado com uma bolsa oferecida por um programa do estado de São Paulo. De segunda a sexta-feira, ele dividia os estudos com as obras em que trabalhava. Aos fins de semana, cumpria com os termos previstos no programa.

A primeira experiência foi na Escola Gentila Guizzi Pinatti na cidade de Sebastianópolis do Sul, vizinha a Votuporanga, onde ajudava nas atividades da unidade escolar.

“A gente desenvolvia projetos sociais em escolas escolhidas pelo estado. Meu trabalho era fazer com que a população menos favorecida tivesse acesso à educação. Tive a oportunidade de aprender muito com essa experiência”, diz o advogado.

Diploma em mãos

Luiz Antônio dos Santos se formou em 2012. A morte precoce de um filho de 18 anos e outras dificuldades quase o fizeram trancar o curso. Contudo, ele não desistiu do sonho e foi aprovado três anos depois no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

“Foi uma tragédia muito grande. Quase desisti, porque minha mulher e minha filha entraram em depressão. Demorei um tempo para conseguir a aprovação na OAB. Como eu trabalhava na construção civil, não tinha tempo suficiente para me dedicar aos estudos. É uma demanda muito grande”, afirma Luiz.

Atualmente, Luiz trabalha como advogado em um escritório próprio e atua nas áreas civil e criminal, mas confessa que ainda dá algumas dicas para amigos que estão realizando obras particulares.

Mesmo já exercendo a profissão de advogado, a fome por conhecimento o fez dar continuidade aos estudos.

“Fiz uma pós-graduação em Direito Constitucional e estou terminando uma segunda faculdade sobre teologia. Ano que vem, quero fazer um mestrado e quem sabe um doutorado. Meu desejo é poder lecionar”, diz o advogado.


Luiz recebe sua carteira da OAB — Foto: Arquivo Pessoal

Nunca é tarde

Ao G1, o advogado contou que entrou na faculdade com 38 anos. Antes de atingir a meta de cursar o nível superior, ele precisou fazer um supletivo porque não tinha concluído os ensinos fundamental e médio.

“O estudo é a base do desenvolvimento da nossa sociedade. Nunca é tarde demais. Eu ouvi muitas palavras negativas. Pessoas duvidavam da minha capacidade. No entanto, nunca desisti do meu sonho. É um desafio. Fazer cinco anos de faculdade é complicado”, diz Luiz.

"As pessoas que possuem um desejo, precisam acreditar em si mesmas. Dificilmente, quando você é um sonhador, ainda que ele seja para algumas pessoas uma utopia, ele não se tornará realidade. Minha dica, se é que posso fazer isso, é para todos acreditarem no seu potencial", completa.


Luiz se formou em direito, passou na OAB e advoga em Votuporanga — Foto: Arquivo Pessoal

VOTUPORANGA 

Por Renato Pavarino, G1 Rio Preto e Araçatuba