/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/B/i/BYXA6zThiFTQNGcipbqA/teles-pires-960-544-s-c1.jpg)
Alta Floresta, em MT. — Foto: Rudimar Cipriani/ Divulgação
05 de JULHO 2019 - O Brasil tem 50 milhões de hectares disponíveis para o reflorestamento em locais que não estão cobertos nem por zonas urbanas, nem por florestas, nem pela agricultura. Essa área – semelhante ao tamanho de toda a Espanha – é formada por terras degradadas, seja devido ao desmatamento, ou pelo abandono após a agricultura, e poderia receber mudas de árvores para ajudar a mitigar o aquecimento global, segundo um estudo publicado na revista "Science" desta sexta-feira (5).
Em todo o mundo, a área disponível para o reflorestamento soma 0,9 bilhão de hectare. Neste espaço caberia 1,2 trilhão de novas mudas. Elas seriam capazes de absorver 205 gigatoneladas de carbono, segundo os pesquisadores – um pouco abaixo das 300 gigatoneladas já emitidas pela humanidade desde 1800.
Segundo a pesquisa, mais da metade da área disponível está concentrada em seis grandes países: Rússia, com 151 milhões de hectares para o reflorestamento; Estados Unidos (103 milhões); Canadá (78 milhões); Austrália (58 milhões), Brasil (50 milhões) e China (40 milhões).
Um dos autores do estudo, o geógrafo e ecólogo Jean-François Bastin, faz uma ressalva em relação à área do Brasil: o estudo não eliminou as áreas de pastagem dedicadas aos rebanhos do país.
Árvores contra o aquecimento
Os pesquisadores partiram da premissa de que o reflorestamento é uma das estratégias mais efetivas contra o aquecimento global, já que no processo de fotossíntese as árvores absorvem o CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis.
Eles queriam, então, descobrir onde havia área disponível para isso.
De acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), seria necessário 1 bilhão de novos hectares de floresta para o planeta restringir o aquecimento global a 1,5°C até 2050. Caso nenhuma medida seja adotada, esta barreira climática deverá ser ultrapassada entre 2030 e 2052.
Os pesquisadores se basearam em imagens de satélite para mapear os locais onde já havia concentrações urbanas, agricultura e florestas. Excluindo estas áreas, chegaram aos locais com potencial de reflorestamento, de acordo com as características do solo e do clima.
"Este trabalho captura a magnitude do que as florestas podem fazer por nós", diz à revista "Science" o ecologista Greg Asner, da Universidade Estadual do Arizona, em Tempe, que não esteve envolvido na pesquisa. "Eles precisam desempenhar um papel se a humanidade quiser alcançar nossas metas de mitigação climática."
Além da captura de carbono, as florestas também trazem maior biodiversidade e redução da erosão.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/11/11/000_dv1906632.jpg)
Por Elida Oliveira e Filipe Domingues, G1
05 de JULHO 2019 - O Brasil tem 50 milhões de hectares disponíveis para o reflorestamento em locais que não estão cobertos nem por zonas urbanas, nem por florestas, nem pela agricultura. Essa área – semelhante ao tamanho de toda a Espanha – é formada por terras degradadas, seja devido ao desmatamento, ou pelo abandono após a agricultura, e poderia receber mudas de árvores para ajudar a mitigar o aquecimento global, segundo um estudo publicado na revista "Science" desta sexta-feira (5).
Em todo o mundo, a área disponível para o reflorestamento soma 0,9 bilhão de hectare. Neste espaço caberia 1,2 trilhão de novas mudas. Elas seriam capazes de absorver 205 gigatoneladas de carbono, segundo os pesquisadores – um pouco abaixo das 300 gigatoneladas já emitidas pela humanidade desde 1800.
Segundo a pesquisa, mais da metade da área disponível está concentrada em seis grandes países: Rússia, com 151 milhões de hectares para o reflorestamento; Estados Unidos (103 milhões); Canadá (78 milhões); Austrália (58 milhões), Brasil (50 milhões) e China (40 milhões).
Um dos autores do estudo, o geógrafo e ecólogo Jean-François Bastin, faz uma ressalva em relação à área do Brasil: o estudo não eliminou as áreas de pastagem dedicadas aos rebanhos do país.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/J/O/ANLRkUQhOo5h7yOIhQvA/estudoarvores-science.jpg)
Imagem publicada no estudo mostra onde poderiam
ser replantadas as novas árvores, excluindo áreas de
floresta, áreas urbanas e terras agrícolas. A escala de cores
vai do amarelo (0% de cobertura florestal) ao azul (100% de cobertura florestal) — Foto: J. Bastin/Science/Reprodução
Os pesquisadores partiram da premissa de que o reflorestamento é uma das estratégias mais efetivas contra o aquecimento global, já que no processo de fotossíntese as árvores absorvem o CO2 emitido pela queima de combustíveis fósseis.
Eles queriam, então, descobrir onde havia área disponível para isso.
De acordo com o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), seria necessário 1 bilhão de novos hectares de floresta para o planeta restringir o aquecimento global a 1,5°C até 2050. Caso nenhuma medida seja adotada, esta barreira climática deverá ser ultrapassada entre 2030 e 2052.
Os pesquisadores se basearam em imagens de satélite para mapear os locais onde já havia concentrações urbanas, agricultura e florestas. Excluindo estas áreas, chegaram aos locais com potencial de reflorestamento, de acordo com as características do solo e do clima.
"Este trabalho captura a magnitude do que as florestas podem fazer por nós", diz à revista "Science" o ecologista Greg Asner, da Universidade Estadual do Arizona, em Tempe, que não esteve envolvido na pesquisa. "Eles precisam desempenhar um papel se a humanidade quiser alcançar nossas metas de mitigação climática."
Além da captura de carbono, as florestas também trazem maior biodiversidade e redução da erosão.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/11/11/000_dv1906632.jpg)
Raios de sol passam por entre as árvores da floresta urbana
de Eilenriede em Hannover, na Alemanha — Foto: Julian Stratenschulte/DPA/AP
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/Y/E/5q5HBTSiAXoFiR50Mntg/idosa-prova.jpg)

/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/5/o/p4IJ7bSkSGCkx6MtaxrA/dona-rita-e-seu-antonio-agricultioes-de-apoi-foto-sandro-menezes.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/B/J/pgC6sASjAG1gisUrnmdg/quintais-permitem-variedade-de-rpoducoes-sandro-menezes.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/6/l/HzjoBdTrOvWrDwMPAKJg/caju-da-agricultura-familiar-de-apodi-sandro-menezes.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/p/W/BkhqncQkuheBE4bFsjmw/fab-apura-imagens.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/I/B/H1LyaERuGH9p03jisyKA/cocaina-mala.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/w/I/Lvkz9BRM2VfGHbb932jA/sargento27.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/r/h/NhJBcZRtCEIeXS6pKnVg/consul-do-japao-demis-roussos-2-.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/9/j/JU6V95TSqqjBZCk09ZVg/413cb323-3fa2-4687-84fa-4ea4bcf51198.jpg)
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2017/06/12/whatsapp_image_2017-06-12_at_18.16.17.jpeg)
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/11/17/paulo_igor__presidente_da_camara_de_petropolis.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/k/K/t5JctDQ7uPQGsrbyb0nA/rlins1.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/N/p/CKs5AzQ4qcPPbMuJZKOA/age20190514027.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/a/b/DYXY4PTOKib3Bk1uQ0OA/lagartinho-de-folhico.jpg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/B/C/1I3nXkT3iV3L3IOAAunQ/parque-da-cidade.jpg)