Pesquisa de professora no Reino Unido demonstrou que
ações os pais podem fazer para ajudar a aliviar a ansiedade
dos filhos — Foto: Pexels
27 de JULHO 2019 - Toda criança, assim como todo adulto, fica ansiosa às vezes. Mas, para algumas, a ansiedade pode tornar-se muito forte, impedindo-as de fazer o que gostam.
Uma pesquisa recente da professora Cathy Creswell, da Universidade de Reading, no Reino Unido, demonstrou, no entanto, que há atitudes que os pais podem tomar para ajudar a aliviar a ansiedade dos filhos.
A professora Creswell, que também é autora de vários livros sobre como superar a ansiedade na infância, têm dicas valiosas baseadas em sua pesquisa e em outros estudos sobre ansiedade. Conheça algumas abaixo.
1) Não diga: 'Não se preocupe! Isso nunca vai acontecer'
27 de JULHO 2019 - Toda criança, assim como todo adulto, fica ansiosa às vezes. Mas, para algumas, a ansiedade pode tornar-se muito forte, impedindo-as de fazer o que gostam.
Uma pesquisa recente da professora Cathy Creswell, da Universidade de Reading, no Reino Unido, demonstrou, no entanto, que há atitudes que os pais podem tomar para ajudar a aliviar a ansiedade dos filhos.
A professora Creswell, que também é autora de vários livros sobre como superar a ansiedade na infância, têm dicas valiosas baseadas em sua pesquisa e em outros estudos sobre ansiedade. Conheça algumas abaixo.
1) Não diga: 'Não se preocupe! Isso nunca vai acontecer'
Medos não são fixos, então pais precisam estar preparados
para mudanças ao longo dos anos — Foto: Pexels
Não importa em que faixa etária seu filho esteja, não desconsidere seus medos. Simplesmente dizer que os temores nunca vão acontecer ou sugerir que a criança é boba por se preocupar com aquilo não é útil.
Em vez disso, reconheça que esses medos podem afetar as emoções da criança.
2) Tente não organizar a vida em torno das preocupações dos seus filhos
Se a criança tem medo de cachorro, por exemplo, não
é necessário criar uma rota alternativa para evitar que
ela encontre um — Foto: Pexels
Se seu filho tem medo de cachorro, você pode se sentir compelido a atravessar a rua quando um aparecer. Mas a mensagem que isso passa é que eles estão certos em ter medo.
Isso não significa que você deva forçar uma criança a confrontar algo que a apavore, mas sim apoiá-la a se aproximar do objeto de seu medo gradualmente.
3) Não pule para uma solução - ouça atentamente
Em vez de perguntar "está tudo bem?" o tempo todo,
tente observar seu filho para obter informações
extras — Foto: Pixabay
É tentador aparecer com soluções, mas, em vez disso, escute seu filho enquanto ele explica o que teme que possa acontecer - o grande medo, por exemplo, pode ser baseado em um mal-entendido.
A professora Creswell diz: "Quando eu era pequena, tinha muito medo de entrar em trens de alta velocidade. Eu ficava na plataforma enquanto eles apitavam pela estação e presumia que era assim dentro do trem também".
Você só pode orientar seu filho se souber exatamente o que ele teme.
4) Faça perguntas para ajudá-los a perceber que suas preocupações podem não ser realistas
Incentive uma aproximação gradual entre a criança e seus medos — Foto: Pexel
Comece com pequenos passos para ajudá-los a ver que suas expectativas sobre um evento podem não acontecer, ou diga que eles são capazes de lidar com quaisquer desafios. Incentive seu filho a adotar estratégias mentais, para que ele possa administrar seus medos.
Se eles estão com medo de se apresentar em uma peça da escola, por exemplo, faça-os se perguntarem: "Qual é a pior coisa que poderia acontecer?" Esquecer um de suas falas? Tropeçar?
Mas também faça com que se perguntem: "Qual é a melhor coisa que poderia acontecer?" O desempenho pode ser tão bom que um caçador de talentos lhes oferecerá um papel num filme de Hollywood?
As chances são que, aconteça o que acontecer, o cenário real estará em algum lugar no meio dessas duas possibilidades.
5) Gradualmente, teste os medos deles
Uma das coisas que a equipe da professora Creswell faz na Universidade de Reading é ensinar os pais a fortalecer a confiança das crianças ao pedir que planejem dez passos em direção à coisa de que têm medo. Elogie e recompense seu filho por tentar cumprir esses passos.
Isto irá reconhecer seu esforço e também irá incentivá-los a experimentar situações mais desafiadoras.
6) É normal ficar ansioso às vezes
A ansiedade é parte da vida, mas as crianças precisam aprender a lidar com ela — Foto: Pexel
Mas se a ansiedade deles estiver freqüentemente causando angústia e levando-os a evitar ações cotidianas ou a perder momentos importantes, talvez valha a pena procurar mais ajuda.
Busque livros com estratégias que você pode testar ou converse com seu médico e peça orientação, que pode vir na forma da terapia cognitivo-comportamental, por exemplo.
Lembre-se: não espere remover toda a ansiedade da vida de seus filhos. Seu objetivo é ajudá-los a conviver com um pouco de incerteza, em vez de tentar apagá-la completamente. Afinal, aprender a regular nossas emoções faz parte do processo de crescimento.
Quando chegamos à idade adulta, conseguimos colocar as coisas em perspectiva e percebemos que, na maioria das vezes, podemos lidar com essas questões.
Mas se a ansiedade deles estiver freqüentemente causando angústia e levando-os a evitar ações cotidianas ou a perder momentos importantes, talvez valha a pena procurar mais ajuda.
Busque livros com estratégias que você pode testar ou converse com seu médico e peça orientação, que pode vir na forma da terapia cognitivo-comportamental, por exemplo.
Lembre-se: não espere remover toda a ansiedade da vida de seus filhos. Seu objetivo é ajudá-los a conviver com um pouco de incerteza, em vez de tentar apagá-la completamente. Afinal, aprender a regular nossas emoções faz parte do processo de crescimento.
Quando chegamos à idade adulta, conseguimos colocar as coisas em perspectiva e percebemos que, na maioria das vezes, podemos lidar com essas questões.
Por BBC