09 de JUNHO 2020 - No dia 5 de junho, a Anvisa autorizou no Brasil o início da fase de testes da vacina contra a covid-19 pela Universidade de Oxford. A partir do início de julho, 2 mil pessoas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro entre 18 a 55 anos participarão do experimento.
De acordo com os pesquisadores brasileiro Eneida Parizotto Lee e Wen Hwa Lee, da Universidade de Oxford e Margareth Dalcomo, epidemiologista da Fiocruz, embora o estudo com a vacina tenha dado início à sua terceira fase, com os primeiros resultados previstos para setembro, ainda não é possível prever quando a imunização ficará disponível em larga escala ou se não será necessária a reaplicação da dose.
“Tudo vai depender dos resultados, da capacidade de acordos e transferência de tecnologia”, explica Dalcomo. “Nós temos duas instituições que têm condições de fazer essa transferência: O Instituto Butantã, em São Paulo, e a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio. Por ora, essa negociação está fora da nossa governabilidade acadêmica.”
No momento, existem pesquisas com mais de cem vacinas em desenvolvimento. Na corrida contra o coronavírus, a imunização desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca sai na frente porque, em 2012, parte de estudos já tinham sido realizados para a SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grade) e a Mers (Síndrome Respiratória do Oriente Médio), também causadas por coronavírus.
“A vacina desenvolvida pela Oxford usa fragmentos de proteínas diretamente injetados no corpo. Eles contêm uma estrutura externa, mas não interna do vírus”, explica Eneida Parizotto Lee. “É um problema de resposta rápida, baseada em um adenovírus que causa o resfriado comum”.
Oficialmente chamada de ChAdOx1 nCov-19, o nome da vacina só pode ser entendido se dividido em três partes: Ch, referência aos chimpanzés, que foram os primeiros animais receberem testes das substâncias, Ad, de adenovírus, vetor viral que ataca o coronavírus e finalmente Ox, homenagem à Universidade de Oxford.
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Fonte: Blog do Robson Pires.