Milton Alves de Souza, de 68 anos, tinha sido dado como
morto e voltou a respirar enquanto era preparado para
velório no dia 22 de setembro
(Foto: Maria Alves de Saraiva/Arquivo Pessoal)
28 de SETEMBRO de 2016 - O paciente Milton Alves de Souza, que tinha 68 anos, morreu na noite desta terça-feira (27) na Santa Casa de Londrina, no norte do Paraná. No dia 22 de setembro ele já tinha sido dado como morto pelo Hospital da Zona Norte e voltou a respirar enquanto o corpo era preparado para o velório.
Depois disso, Souza ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva, com hipotermia, mas não resistiu.
Em nota, a Santa Casa informou que a morte foi confirmada às 22h de terça depois de uma parada cardiorrespiratória sem sucesso na tentativa de reanimação. "
Nos quatro dias que esteve em atendimento na UTI da Santa Casa, Milton permaneceu em estado muito grave, inconsciente e respirando por aparelhos. O paciente chegou à Santa Casa com hiportermia, sendo mantido aquecido durante toda a estada no Hospital. Ele tinha choque séptico, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), insuficiência respiratória e insuficiência renal crônica agudizada. O atestado de óbito será emitido pelo IML", diz trecho da nota.
Entenda o caso
A primeira vez em que Milton tinha sido dado como morto foi informada pelo Hospital da Zona Norte às 16h20 do dia 22 de setembro, uma quinta-feira, segundo a Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf).
No entanto, por volta das 19h, a preparadora de cadáver notou que o homem estava respirando. Vivo, o paciente foi levado da Acesf pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa, onde chegou por volta das 21h12 do mesmo dia.
A família do paciente registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia de Homicídios relatando o ocorrido. Um advogado foi contratado para entrar com uma ação contra o hospital. “Ressuscitar ele não ressuscitou, não existe isso. Ele nunca morreu”, diz a irmã.Com a notícia da morte, a família chegou a comprar um terreno em um cemitério, caixão e coroa de flores, além de alugar a capela para o velório. “Eu estava no velório e o corpo não aparecia nunca”, conta a irmã Maria Alves de Saraiva, que morava com Souza há quase 30 anos.
Histórico do paciente
A irmã de Milton relata que os problemas de saúde dele começaram a se agravar há cerca de dois meses. Quando procurou o médico pela primeira vez, foi diagnosticado um derrame cerebral, que deixou Milton com dificuldades para falar e problemas de memória.
Em agosto, ele foi diagnosticado com pneumonia e também teve um derrame pleural.
A irmã disse que, depois de um período de 15 dias internado, os médicos mandaram ele para casa. O médico da unidade de saúde que acompanhava o caso fez uma visita, disse que ele era paciente terminal e precisava ser removido com urgência para o hospital.
Depois disso, Milton foi levado para o Hospital da Zona Norte, no dia 12 de setembro.
“A médica disse que ele não deveria sobreviver e a gente disse para deixar ele morrer em paz”, conta. A irmã lembra da médica relatando que ele já estava morto e que só respirava por causa dos aparelhos.
Sindicância para apurar o caso
O Hospital da Zona Norte disse que uma sindicância será aberta para apurar o caso, de acordo com o diretor-geral. A direção acredita em três possibilidades para o ocorrido.
- A primeira é uma falha de procedimento interno, que levou os profissionais a atestar o óbito em um paciente que estava vivo.
- A segunda é o paciente ter histórico de catalepsia, que é um distúrbio do sono - a pessoa entra em sono profundo sem movimentos e com batimentos cardíacos e respiração praticamente imperceptível.
- A terceira possibilidade é a ocorrência da Síndrome de Lázaro. Essa síndrome se manifesta em pacientes que após a realização de diversas tentativas de reanimação o coração para de bater. Horas depois, por um motivo ainda desconhecido, o coração volta a bater.
28 de SETEMBRO de 2016 - O paciente Milton Alves de Souza, que tinha 68 anos, morreu na noite desta terça-feira (27) na Santa Casa de Londrina, no norte do Paraná. No dia 22 de setembro ele já tinha sido dado como morto pelo Hospital da Zona Norte e voltou a respirar enquanto o corpo era preparado para o velório.
Depois disso, Souza ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva, com hipotermia, mas não resistiu.
Em nota, a Santa Casa informou que a morte foi confirmada às 22h de terça depois de uma parada cardiorrespiratória sem sucesso na tentativa de reanimação. "
Nos quatro dias que esteve em atendimento na UTI da Santa Casa, Milton permaneceu em estado muito grave, inconsciente e respirando por aparelhos. O paciente chegou à Santa Casa com hiportermia, sendo mantido aquecido durante toda a estada no Hospital. Ele tinha choque séptico, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), insuficiência respiratória e insuficiência renal crônica agudizada. O atestado de óbito será emitido pelo IML", diz trecho da nota.
Entenda o caso
A primeira vez em que Milton tinha sido dado como morto foi informada pelo Hospital da Zona Norte às 16h20 do dia 22 de setembro, uma quinta-feira, segundo a Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf).
No entanto, por volta das 19h, a preparadora de cadáver notou que o homem estava respirando. Vivo, o paciente foi levado da Acesf pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a Santa Casa, onde chegou por volta das 21h12 do mesmo dia.
A família do paciente registrou Boletim de Ocorrência (B.O) na Delegacia de Homicídios relatando o ocorrido. Um advogado foi contratado para entrar com uma ação contra o hospital. “Ressuscitar ele não ressuscitou, não existe isso. Ele nunca morreu”, diz a irmã.Com a notícia da morte, a família chegou a comprar um terreno em um cemitério, caixão e coroa de flores, além de alugar a capela para o velório. “Eu estava no velório e o corpo não aparecia nunca”, conta a irmã Maria Alves de Saraiva, que morava com Souza há quase 30 anos.
Histórico do paciente
A irmã de Milton relata que os problemas de saúde dele começaram a se agravar há cerca de dois meses. Quando procurou o médico pela primeira vez, foi diagnosticado um derrame cerebral, que deixou Milton com dificuldades para falar e problemas de memória.
Em agosto, ele foi diagnosticado com pneumonia e também teve um derrame pleural.
A irmã disse que, depois de um período de 15 dias internado, os médicos mandaram ele para casa. O médico da unidade de saúde que acompanhava o caso fez uma visita, disse que ele era paciente terminal e precisava ser removido com urgência para o hospital.
Depois disso, Milton foi levado para o Hospital da Zona Norte, no dia 12 de setembro.
“A médica disse que ele não deveria sobreviver e a gente disse para deixar ele morrer em paz”, conta. A irmã lembra da médica relatando que ele já estava morto e que só respirava por causa dos aparelhos.
Sindicância para apurar o caso
O Hospital da Zona Norte disse que uma sindicância será aberta para apurar o caso, de acordo com o diretor-geral. A direção acredita em três possibilidades para o ocorrido.
- A primeira é uma falha de procedimento interno, que levou os profissionais a atestar o óbito em um paciente que estava vivo.
- A segunda é o paciente ter histórico de catalepsia, que é um distúrbio do sono - a pessoa entra em sono profundo sem movimentos e com batimentos cardíacos e respiração praticamente imperceptível.
- A terceira possibilidade é a ocorrência da Síndrome de Lázaro. Essa síndrome se manifesta em pacientes que após a realização de diversas tentativas de reanimação o coração para de bater. Horas depois, por um motivo ainda desconhecido, o coração volta a bater.
Do G1 PR e da RPC Londrina
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