Comentário em tom de brincadeira em rede social acaba em casamento entre mineira e gaúcho.


Lucélia Ganda e o namorado, Christian Quiles, se 
conheceram em uma rede social 
(Foto: Lucélia Ganda/Arquivo Pessoal)

23 de JANEIRO 2018 - A postagem de um texto sobre o valor da mulher em um grupo no Facebook feita pelo vendedor de automóveis Christian Quiles, de 39 anos, chamou a atenção da cuidadora de idosos Lucélia Maria Ganda da Rocha, de 36. Ao gostar da mensagem publicada, ela escreveu “casa comigo?” e ele prontamente respondeu “caso”.

A partir daí eles começaram um relacionamento virtual. Mas, havia um detalhe que poderia impedir o romance. Ela mora em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e ele, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ou seja, quase 1,7 mil quilômetros separam o “casal web”.
Casal Lucélia Ganda e Christian Quiles trocam 
carícia em frente ao Palácio da Liberdade, em 
Belo Horizonte 
(Foto: Lucélia Ganda/Arquivo Pessoal)

Lucélia disse que fez uma brincadeira, mas garante que achou Quiles charmoso. “Fiz uma brincadeira mesmo, mas ele me atraiu”. Ela falou que, após o término do último namoro, estava sozinha há cinco meses.

Depois do xaveco, os dois começaram a se corresponder virtualmente no privado. “A gente trocava experiências de relacionamento. A gente brincava e a coisa começou a ficar séria. Nessas conversas o Christian começou a me fazer companhia. Ele começou a me fazer muito bem”.

Lucélia conta que os bate-papos foram evoluindo e eles começaram a fazer chamadas de vídeo. Um dia, ele perguntou se Lucélia teria coragem ir para Porto Alegre.

Beijo apaixonado do casal (Foto: Lucélia Ganda/Arquivo Pessoal)

No fim de outubro do ano passado ela foi conhecê-lo no Rio Grande do Sul e, em novembro e dezembro, ele veio a Minas. Eles passaram o Réveillon juntos em Betim.

“Já estou arrumando emprego em Porto Alegre. Ele vendeu o carro para comprar um apartamento. Em fevereiro vou para Porto Alegre”.

Lucélia explicou que em princípio vão morar juntos porque vão priorizar as compras de móveis para o novo lar, mas que faz questão de uma cerimônia espírita para formalizar a união do casal. Ela é solteira e tem uma filha de 19 anos. Ele é separado e pai de um garoto de 10.

Casal passeia pela Praça da Liberdade, em 
Belo Horizonte 
(Foto: Lucélia Ganda/Arquico pessoal)

Ela garantiu que conversa diariamente via WhatsApp e que faz chamada de vídeo todos os dias à noite.

A filha não vai acompanhá-la e os pais e a irmã também ficam em Minas. “Eles [os pais] estão tristes, mas estão me apoiando, me entendendo”.

Por causa da mudança de rumo na vida, Lucélia precisou doar dois dos três cachorros que tinha – os vira-latas Neném, de 3 anos, e Sofia, de 2. A poodle, Lua, de 7, vai para Porto Alegre. “Dei os cachorros para duas amigas próximas e vou continuar tendo notícias deles”.

E declarações de amor são recorrentes nas redes sociais. Em um post, Lucélia reproduziu parte de um poema do escritor Carlos Drummond de Andrade. "Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, e se a vontade de ficar juntos chega a apertar o coração: (...) é o amor (...)", disse.

A mensagem se referia a saudade que Lucélia sentia do namorado. Ela ainda aproveitou para fazer a contagem de quantos dias faltavam para eles se reencontrarem: "#faltam7dias".

Família nova: Christian Quiles, Lucélia Ganda e a 
cadelinha Lua 
(Foto: Lucélia Ganda/Arquivo Pessoal)

BETIM  PORTO ALEGRE

Por Alex Araújo, G1 MG, Belo Horizonte

Após usar rede social para reclamar de atendimento médico, grávida morre ao dar à luz no RN


23 de JANEIRO 2018 - Uma jovem de 22 anos morreu após o parto neste sábado (20), em Currais Novos, cidade da região Seridó potiguar. Mas, um dia antes de falecer, Thais Araújo dos Santos usou uma rede social para reclamar do atendimento médico que vinha recebendo no Hospital Regional Mariano Coelho. O bebê, um menino, foi salvo e passa bem.

Familiares da jovem registraram um boletim de ocorrência na Delegacia de Caicó, e cobram uma investigação. A Secretária Estadual de Saúde, órgão responsável pelo hospital, informou que está apurando os fatos e que vai esperar o resultado da autópsia para que sejam tomadas as devidas providências.

O tio de Thais, Antônio dos Santos, disse que o recém-nascido deve receber alta médica nesta terça (23).

“Senhor eu não entendo esses médicos”, disse Thais no início da publicação que fez no Facebook. Ela escreveu que estava perdendo líquido e que um médico informou que o parto seria realizado na cidade de Santa Cruz, na região Trairi. Porém, um outro profissonal não autorizou a tranferência e disse que ela passaria o final de semana tomando soro, e que teria o filho somente nesta segunda-feira (22).

“Não sei o que eles querem esperar mais”, completou a jovem. Veja a postagem que Thais fez:




Ainda segundo o tio da jovem, o corpo está sendo velado em Currais Novos e o sepultamento será na tarde desta segunda (22), no cemitério Nossa Senhora de Fátima. Thaís era solteira e deixou uma filha de quatro anos, além do recém-nascido.

VIA G1/RN / O Natalense

RN começa a exportar fio de sisal para os Estados Unidos.


Plantação de sisal (Foto: Henrique Mendes / G1)

22 de JANEIRO 2018 - Mais um produto potiguar passará a ser exportado a partir deste mês pelo Porto de Natal. O fio agrícola feito a base de sisal, conhecido como baler twine, será enviado aos Estados Unidos em uma navio com embarque previsto esta próxima semana. Até o ano passado, a empresa responsável pela operação, enviava o produto pelo porto de Suape, em Pernambuco.

Até junho, a previsão é de que sejam embarcados pelo menos dois contêineres por mês. O fio agrícola é usado para amarrar fardos de feno, que, armazenados no verão, servem de alimentação do gado no inverno da América do Norte.

A empresa Sisaltec, responsável pela venda é instalada no Distrito Industrial de Extremoz há oito anos e, segundo os responsáveis, tem capacidade de produção para 200 mil fardos do fio por ano, o que totalizaria 14 contêineres por mês. Essa quantidade de produção deve ser atingida até o final de 2020.

Atualmente, são processadas 80 toneladas de sisal por mês. “Temos um mercado em expansão, tanto nacional quanto internacional. Estamos trabalhando nessas duas frentes”, destacou Harry Polman, diretor comercial da Sisaltec.

Ele chamou atenção que só o mercado concentrado nos Estados Unidos e Canadá consome quase 2 milhões de fardos de baler twine de sisal por ano.

Sisal

O sisal é uma planta com origem na América Central, mas que se adaptou muito bem ao semiárido nordestino. Ela possui a fibra vegetal mais dura de que se tem conhecimento, que é usada na produção de cordas e fios biodegradáveis, além de artesanatos e vários outros produtos. De acordo com a Embrapa, o maior produtor no Brasil é o estado da Bahia, seguido pela Paraíba e pelo Rio Grande do Norte.

BAHIA  EXTREMOZ  NATAL  PARAÍBA
RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

Criança tem corpo perfurado por espeto de churrasco em Toritama, diz hospital.


(Foto: G1 )

21 de JANEIRO 2018 - Um menino de 11 anos teve o corpo perfurado acidentalmente por um espeto de churrasco em Toritama, no Agreste de Pernambuco. De acordo com o Hospital Municipal Nossa Senhora de Fátima, a criança foi socorrida para a unidade de saúde, onde recebeu os primeiros socorros.

Ainda segundo o hospital, o menino foi transferido para o Hospital da Restauração, no Recife, e passou por cirurgia. Ele segue internado, sem risco de morte.

A forma como aconteceu o acidente não foi informada e a polícia não passou informações. O fato ocorreu na última quinta-feira (18), mas só foi divulgado neste domingo (21).

Menino de 11 anos teve o corpo perfurado com espeto 
de churrasco 
(Foto: Reprodução/Whatsapp)

TORITAMA


Por G1 Caruaru

Motorista atropela e mata jovem e depois descobre que vítima era seu irmão no interior do AC


Lailton Aguiar estava deitado na rodovia quando 
foi atropelado pelo próprio irmão 
(Foto: Arquivo pessoal)

21 de JANEIRO 2018 -  Um trágico acidente ocorreu na madrugada de sábado (20), em Cruzeiro do Sul. O motorista de um carro, identificado como Geovane Nogueira de Holanda, de 32 anos, seguia pela BR-364 quando atropelou e matou um jovem que estava deitado na rodovia. Mais tarde, descobriu que a vítima era seu irmão Lailton Oliveira Aguiar, de 21 anos.

Nervoso após o acidente, o motorista fugiu do local. Ele procurou o primo Cleyton Holanda, que é policial militar, e contou o ocorrido. O policial acionou o Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (Ciosp) e foi até o local, onde constatou que se tratava de Lailton Oliveira Aguiar, de 21 anos, irmão do condutor.

“Foi uma tragédia. Os dois eram irmãos por parte de pai. Meu primo tinha ido buscar os filhos na casa da madrasta e próximo ao destino passou por cima de uma pessoa que estava deitada na via. Ele alega que tinha pouca visibilidade devido à cerração. Após o acidente, com medo de represália, veio à minha casa e contou o ocorrido", relata o primo.

Holanda diz que condutor só ficou sabendo que havia matado o próprio irmão após o amanhecer do dia.

“Meu primo ficou em minha casa. Quando eu cheguei ao local [do acidente], já havia uma guarnição e identifiquei que se tratava do irmão do meu primo. Conversei com o delegado Luis Tonini, falei da situação em que se encontrava meu primo. Ele está em estado de choque. Quando soube que se tratava de seu irmão, entrou em paranóia. Está tomando medicação e não consegue comer nem dormir”, conta.

Ele revela que a vítima tinha passado a noite em uma festa.

“Há informações de que a vítima havia passado a noite em uma festa e, momentos antes, estava com um serrote ameaçando as pessoas e carros que passavam. Um outro irmão foi tentar tirá-lo da BR, mas foi atingido com um soco no rosto e decidiu sair do local. Existe um mistério, ninguém sabe se a vítima estava viva ou já estava morta na hora do acidente”, especula Holanda.

Por causa das condições emocionais do condutor, ele ainda não foi ouvido na delegacia. O corpo da vítima foi levado ao IML e depois entregue aos familiares para velório e sepultamento.

CRUZEIRO DO SUL

Por Adelcimar Carvalho, G1 AC, Cruzeiro do Sul

Socorrista morre atropelada durante atendimento em rodovia: 'Fazia o que amava'.


Amigos lamentaram a morte da socorrista 
Liliane Brito, atropelava enquanto sinalizava 
rodovia: 'Fazia o que amava' 
(Foto: Reprodução/Facebook)

21 de JANEIRO 2018 - Uma estudante de enfermagem morreu após ser atropelada duas vezes na Rodovia Santos Dumont, em Indaiatuba (SP), na noite deste sábado (20). Liliane Fátima de Brito, de 36 anos, morava em Sorocaba (SP) e trabalhava como socorrista da concessionária Colinas. Ela foi atropelada enquanto prestava atendimento às vítimas de um carro que capotou no quilômetro 57 da Rodovia Santos Dumont.

Chovia bastante no momento do acidente. Segundo informações da polícia, Liliane foi atingida por uma moto enquanto sinalizava a faixa na pista sentido Salto. Ela foi arremessada para o canteiro. O motociclista fugiu do local sem prestar socorro.

Ao ver o atropelamento, outros dois socorristas da equipe chefiada por Liliane foram socorrê-la, enquanto o quarto ficou sinalizando a pista. Na sequência, outro veículo atropelou o funcionário que fazia a sinalização, invadiu o canteiro e atingiu os dois socorristas e Liliane, que estava caída.

Os quatro funcionários foram levados a hospitais da região em estado grave, mas ela não resistiu aos ferimentos. Os ocupantes do veículo que capotou e do carro que atingiu os socorristas não ficaram feridos.
Liliane cursava enfermagem e trabalhava como socorrista 
na concessionária Colinas 
(Foto: Reprodução/Facebook)

'Fazia o que amava'


Liliane cursava o terceiro ano do curso de enfermagem na Unip, em Sorocaba. Além do trabalho de socorrista nna rodovia, ela também trabalhava na UTI de um hospital particular da cidade. "Era uma aluna dedicada e esforçada, tinha como ideal trabalhar salvando vidas. Amava o que fazia", afirma a enfermeira Miriam Silveira, professora dela durante o primeiro ano de curso.

Em seu perfil no Facebook, dezenas de amigos e familiares postaram mensagens lamentando a morte da socorrista. Em todas as mensagens eles destacam a paixão que Liliane tinha por atender outras pessoas. "Amava socorrer, os olhos brilhavam quando contava sobre os plantões na rodovia", escreveu uma amiga.

"E desde de ontem a enfermagem está em luto e chora a sua partida. Anjo da estrada... Não tem como acreditar que você nos deixou. Agora você brilha no céu. Partiu fazendo o que mais amava: salvando vidas. Estamos sem chão. Sem palavras", escreveu outra.

O corpo de Liliane será velado na Ossel, em Sorocaba. O enterro será nesta segunda-feira (22), em Cândido Mota, onde sua família mora.

Funcionários de concessionária são atropelados ao 
prestar socorro na Rodovia Santos Dumont 
(SP-075) (Foto: Paulo Augusto/EPTV)

Por Geraldo Jr., G1 Sorocaba e Jundiaí

Menino é escondido em casa de cachorro pelo tio durante ataque a tiros com dois mortos em Caxias do Sul.


Casa onde aconteceu o crime, em Caxias do Sul 
(Foto: Reprodução/RBS TV)

20 de JANEIRO 2018 - Duas pessoas morreram em um ataque a tiros a uma residência na madrugada deste sábado (20), no bairro Reolon, em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul. Durante a ação, um menino de cinco anos foi salvo pelo tio, de 17 anos, que o escondeu na casa do cachorro da família.

Um adolescente e uma mulher morreram e outras duas pessoas, uma delas o tio da criança, ficaram feridas e estão internadas. De acordo com a delegada que atendeu a ocorrência, Thalita Andrich, os criminosos chegaram ao local e fizeram disparos. Em seguida, eles atearam fogo na casa.

Durante o ataque, o tio escondeu o sobrinho na casa do cachorro para protegê-lo. "Não chegamos a ver a criança. Ficamos sabendo que o tio havia escondido ele na casa do cachorro, e que os vizinhos tiraram ele de lá depois e o entregaram a uma familiar", ralatou a delegada. Segundo ela, o menino era neto da mulher que foi morta.

Além do tio do menino, o marido da mulher que morreu, Mario Roberto de Souza, de 56 anos, também ficou ferido. Segundo a delegada, o jovem que foi morto não fazia parte da família.

Ainda não se sabe a motivação do crime. Thalita afirma que nenhuma possíbilidade será descartada. "O tipo de crime, a ação, é bem como a de grupos com envolvimento com o tráfico, mas não podemos afirmar nada ainda".

CAXIAS DO SUL

Por G1 RS

Preso tem saída para velório do irmão negada, e corpo é levado para despedida em cadeia de Goiás.


Preso tem saída para velório do irmão negada, e corpo é 
levado para despedida em cadeia 
(Foto: Luciano Rodrigues /TV Anhanguera)

 
20 de JANEIRO 2018 - Detentos do Presídio de Anápolis, a 55 km de Goiânia, iniciaram um tumulto na manhã deste sábado (20) após um deles ter a saída negada para acompanhar o velório do irmão, morto em um confronto com a PM. Diante da situação, a direção da unidade resolveu liberar a entra do corpo no presídio para que o reeducando se despedisse do parente.

Em nota, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que "considerou como de alto risco a operação para levar o preso ao velório, tendo em vista que o irmão era membro de quadrilha de assalto a banco".

Por conta disso, os presos provocaram um "tumulto" no presídio, que foi controlado pelos servidores de plantão com apoio do Batalhão de Choque da PM. Ocorreram pequenos danos à estrutura do prédio, mas não houve mortos ou feridos.

Ainda conforma a DGAP, o irmão do preso é um dos cinco mortos em confronto com a PM após roubar um ex-vereador de Caldas Novas, no sul de Goiás, na última quarta-feira (17).

Questionada pelo G1 sobre o a ida do corpo até o presídio, a assessoria de imprensa da DGAP informou que, normalmente, o preso é escoltado para ir ao velório de parentes de primeiro grau.

Porém, quando a direção da unidade considera que há algum risco na operação, não concede a autorização e, se achar conveniente, permite que o corpo do parente seja levado até a unidade prisional.

Juíza: 'Atitude humana'

O artigo 120 da Lei de Execução Penal versa sobre a permissão de saída de detentos do sistema prisional, que só podem ocorrer em dois casos: falecimento ou doença grave de cônjuge, pais, filhos ou irmãos, e para tratamento médico. Em ambos os casos, a direção do presídio é quem concede o benefício.

Ao G1, a juíza Thelma Aparecida Alves, da 1ª Vara de Execuções Penais e Corregedora de Presídios de Goiânia, elogiou a atitude da direção.

"Me lembra aquela história de 'se Maomé não vai a montanha, a montanha vai a Maomé'. Foi legal. Ele conseguiu realiza para o preso um direito de despedida e levou [o corpo] lá. Achei uma atitude muito humana", disse.

A magistrada afirmou ainda que a lei não pode ser analisada "ao extremo" e que intervenções como essa são aceitáveis e até aconselháveis.

"A lei diz que é preciso fazer o máximo para a dignidade humana. A gente não pode ser legalista ao extremo. Quando se administra um presídio é como se fosse um condomínio. Existem regras, mas existem nuances, aquilo que a gente pode fazer", destaca.

ANÁPOLIS

Por Sílvio Túlio, G1 GO

'Fico pensando em leis enquanto limpo privadas': a advogada que virou faxineira em São Paulo.


Rosana da Silva exibe um pedido de emprego todos os dias 
na Vila Mariana, bairro da zona sul de São Paulo. 
(Foto: Leandro Machado/BBC Brasil )

19 de JANEIRO 2018 - Todos os dias, a advogada Rosana da Silva, de 54 anos, senta-se em um banquinho de plástico em um cruzamento da zona sul de São Paulo e levanta uma placa de papelão com um anúncio: "Faxina. Sete horas. R$ 60."

Há quem pare e olhe, curioso. Há quem tire fotos e publique nas redes sociais ou anote o número dela para um serviço futuro.

Mas a trajetória de Rosana é mais complexa do que o pedido público de emprego: ela era secretária, ralou para pagar a faculdade de Direito e formou-se advogada, mas entrou em uma derrocada que a levou às ruas e à faxina.

"Quando conto minha história às pessoas que me contratam, a frase que mais ouço é 'não acredito'", diz ela, sentada na esquina. "Ou acham que sou doida, e não existe nada pior do que ser considerada doida", acrescenta.

Fracasso profissional


Ela se formou em Direito em 1995 na Unifieo, uma universidade particular em Osasco, na Grande São Paulo. Pagou o curso com seu salário de secretária, com a "dureza de gente pobre", nas palavras dela. Em seguida, conseguiu seu registro na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) com a inscrição 139416, número que ela cita de cor dez anos depois de ter abandonado a carreira.


Rosana da Silva está há dez anos sem pagar a anuidade 
da OAB, o que a impede de retomar a carreira. 
(Foto: Reprodução/OAB-SP )

Os primeiros passos como advogada foi em um pequeno escritório que montou com amigos da faculdade. Depois, conseguiu entrar em uma banca de colegas renomados da área de Direito bancário, no centro da cidade.

Rosana conta que foi esse trabalho fez girar a espiral que a levou ao fracasso profissional.

"Nesse escritório, eu sofri assédio moral por parte dos dois donos. Me humilhavam: imagina você ser chamada de burra o tempo todo, de incompetente, de drogada. Foram três anos", afirma. Ela diz que nunca usou entorpecentes.

Rosana prefere que os nomes dos dois advogados não sejam citados nesta reportagem. Diz que processou os antigos patrões e que fez representações contra eles na comissão de ética da OAB-SP, mas nunca conseguiu vencer os processos.

Ela costuma carregar a papelada de algumas ações em sua mochila - tem medo de que eles desapareçam.

Procurada pela reportagem, a OAB-SP afirmou que não comenta casos que correm em sigilo.

'Todas as portas fechadas'

Rosana nasceu em Itanhaém, no litoral paulista, mas foi criada por parentes, longe dos pais. Sempre viveu praticamente sozinha e só retomou contato com um dos irmãos depois que ele viu uma foto sua na internet, há pouco mais de um ano.

Ela nunca mais conseguiu um trabalho como advogada depois que saiu de seu último escritório. Acredita que foi perseguida pela OAB, onde seus patrões tinham influência, diz. A instituição não comenta o caso.

Nada que Rosana fazia dava certo - tentou dar aulas, mas também foi demitida. "Em São Paulo, o mundo do Direito é muito pequeno. Você fica conhecida como a pessoa que processou os patrões, suas chances diminuem", conta.

Ela resolveu se mudar para Florianópolis, pois não encontrou emprego nem apoio em sua família adotiva. "Pensei: será que não estou tornando um problema pequeno em algo muito grande?", conta a advogada, que chegou a passar em psicólogos para entender porque sua carreira não deslanchava. "Achei que, se eu saísse de São Paulo, talvez conseguisse me reerguer."

Mas ela não conseguiu. O dinheiro acabou, o aluguel acumulou e Rosana foi viver nas ruas, onde ficou por sete anos.

Começou a fazer faxinas para conseguir comer. "Não sobrou mais nada para mim porque a sociedade fechou todas as portas", diz.

'Morro de fome, mas pago o aluguel'


Rosana precisa fazer dez faxinas de R$ 60 para conseguir 
pagar o aluguel do quarto onde mora, na zona sul 
de São Paulo. 
(Foto: Leandro Machado/BBC Brasil )

Viver nas ruas não é algo de que Rosana se orgulha - ela costuma dizer perdeu sua cidadania quando deixou de ter um endereço fixo. "Como conseguir um emprego se você diz que tem 54 anos e não mora em lugar nenhum? As empresas têm uma cartilha de desculpas para não te contratar."

Foi por isso que ela criou a placa com o anúncio. Com ela, elimina-se qualquer questionamento sobre seu histórico - Rosana torna-se apenas mais uma pessoa em busca de trabalho.

Ela cobra R$ 60 por sete horas de limpeza - um preço baixo no centro expandido de São Paulo. O piso mensal dos trabalhadores domésticos na cidade é de R$ 1.140 por três dias de trabalho semanais, segundo o sindicato da categoria.

Rosana precisa fazer ao menos dez faxinas por mês para conseguir pagar o aluguel de um quartinho com cama, fogão e geladeira. Tem meses que não consegue - seu irmão costuma ajudá-la. "Eu morro de fome, mas pago o aluguel. Não volto para a rua de jeito nenhum", diz.

Esse medo se justifica: ela conta já ter enfrentado episódios de assédio e tentativas de estupro - uma vez, por exemplo, um homem invadiu a barraca onde dormia com uma arma, conta.

"Na rua, o homem te enxerga como propriedade", afirma. "Ele diz: 'como assim você está nessa situação e não quer nada comigo?' Cara, porque ninguém entende quando uma mulher decide viver sozinha?"

Outra dificuldade é escapar de uma rotina de violências e dependência de drogas vivida por parte de outras pessoas na mesma situação.

Voltar para o Direito

O maior sonho de Rosana é voltar a trabalhar como advogada. Mas ela está "suspensa" da OAB-SP porque deve dez anos de anuidade - cada ano custa R$ 997,30, dinheiro que a advogada não tem.

"Preciso de uma oportunidade de trabalho, apenas isso", diz, na calçada onde segura sua placa pedindo serviços de faxina.

"É complicado: fico pensando em leis enquanto limpo privadas."

Por BBC - G1

Criminosos invadem prédio e matam grávida dentro de apartamento em Mossoró.


De acordo com familiares, Katiana Vieira estava grávida de cinco meses.

19 de JANEIRO 2018 - Uma mulher grávida foi assassinada a tiros dentro do apartamento da filha, na Rua Eufrásio de Oliveira, bairro Alto da Conceição, em Mossoró, na noite da quinta-feira, 18 de janeiro. Por volta das 19h20, dois homens armados executaram Katiana Vieira da Silva, de 42 anos, com dois tiros na cabeça. De acordo com familiares, a vítima estava grávida de cinco meses.

Após o crime, os assassinados fugiram. A polícia usará as imagens das câmeras de monitoramento do prédio onde a vítima morava para tentar identificar os assassinos.

Na madrugada do dia 23 de dezembro do ano passado, um filho de Katiana Vieira, Carlos Germano Vieira Rodrigues, de 17 anos, foi assassinado na Rua Cunha da Mota, também no Alto da Conceição. Já uma filha dela, Poliana Vieira da Silva, foi presa em maio do ano passado acusada de assalto no Centro de Mossoró.

Os investigadores ainda não sabem o que motivou o crime.

Ana Paula Cardoso - Jornal O Mossoroense.

Após troca de tiros com a polícia em Belém, assaltante pede e recebe oração de pastor instantes antes de morrer.


18 de JANEIRO 2018 - Ocorrência aconteceu em frente a igreja que o criminoso já havia frequentado com a mãe, no centro da capital. Jovem estava deitado no chão, ensanguentado, e pediu pelo religioso. "Me disse que queria pedir perdão para a mãe dele e para Deus", revela o pastor.

Um dos suspeitos que participou da tentativa de assalto ao caixa eletrônico da agência da Previdência Social (INSS) na noite de terça-feira (16), em Belém, recebeu um último gesto de misericórdia antes de morrer.
O homem foi baleado durante troca de tiros com a polícia, após a ação criminosa foi flagrada. Ele foi atendido, mas não resistiu aos ferimentos. Minutos antes de morrer, ele conversou com um pastor de igreja evangélica.


"Eu estava indo para a igreja quando me falaram o que estava acontecendo. Quando cheguei tinha muita gente, mas alguém me chamou e disse que um deles queria falar comigo", relata o pastor Zildomar Campelo, que coordena há 15 anos uma unidade da Assembleia de Deus na região.
O jovem estava deitado no chão, ensanguentado, quando Zildomar começou a conversa, que durou cerca de 20 minutos.


"Ele ainda estava muito lúcido, disse que queria conversar. Me disse que queria pedir perdão para a mãe dele. Que queria pedir perdão para Deus. Falou que já tinha ido à nossa igreja com a mãe dele. Naquele momento, fiz uma oração, e ele quis se reconciliar com Deus, uma expressão que a gente usa quando alguém se arrepende", conta.

Amor ao próximo


O pastor diz que ajudar o próximo é a missão de todo cristão.

"Todo cristão tem como objetivo principal morar com Deus no céu. É bíblico. A polícia fez o que tinha que fazer, mas é o nosso papel, como cristão, ajudar os outros nas aflições. Tem gente que não entende, mas temos que amar ao próximo. Diante de Deus, tanto um policial quanto um criminoso são pessoas que devemos amar. Por isso não me intimidei de ir lá", diz.

O pastor ainda cita um versículo bíblico da primeira epístola de Pedro.

"O apóstolo já dizia: 'Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados'. E é isso que precisamos fazer, amar o outro."

Fonte: G1 - Blog do João Moacir.

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Suspeito de provocar acidente que deixou 13 mortos na BR-251 dirigia há 12 horas e nunca tinha feito viagem tão longa, diz Polícia Civil


Motorista foi ouvido nesta quarta-feira (17) pela 
Polícia Civil 
(Foto: Juliana Peixoto/G1)

17 de JANEIRO 2018 - A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira (17) o motorista suspeito de provocar o grave acidente na BR-251, que deixou 13 mortos e 39 feridos. Segundo a polícia, Daniel Alves da Silva, de 39 anos, declarou que dirigia o veículo há cerca de 12 horas; na segunda-feira (15) o motorista havia afirmado à imprensa que dirigia apenas há seis horas.

“Ele declarou que por volta das 15h, do dia anterior, eles pararam para almoçar e a partir daí ele assumiu a direção. Disse também que cerca de 30 minutos antes do acidente eles retomaram a viagem, após ficarem cerca de 50 minutos em uma lanchonete onde tomaram um café”, explica o delegado Herivélton Ruas Santana.

O motorista reafirmou à polícia que estava desempregado e foi chamado pelo dono do caminhão para fazer esta viagem. “Apesar dele alegar que tem 10 anos que possui habilitação para dirigir este tipo de veículo, ele estava há cerca de um ano afastado desta função; ele era motorista de van escolar. Ainda, ele afirmou que nunca tinha realizado uma viagem tão longa, com dois ou três mil quilômetros”, diz Santana.

Um laudo da perícia realizada no local do acidente será finalizado em até 30 dias, mas, preliminarmente, a polícia acredita que o caminhão conduzido por Daniel invadiu a pista contrária e iniciou a sequência de choques, envolvendo sete veículos. “Ele disse que se deparou com a carreta carregada de papel, que teria invadido a direção contrária, mas pelo que já foi apurado o veículo que ele conduzia é que invadiu a contramão, já que a perícia aponta marcas de frenagem na contramão momentos antes de bater com a carreta carregada de papel”.

Quatro pessoas feridas no acidente, inclusive o motorista Daniel Alves, continuam internados em hospitais de Montes Claros e Taiobeiras. Uma das vítimas recebeu alta nesta quarta-feira (17) do hospital em Francisco Sá. O quadro de saúde das vítimas ainda internadas é considerado estável.

Paraibanos mortos em acidente na BR-251 em Minas Gerais são enterrados na PB

Acidente

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motorista do caminhão, que transportava outro caminhão no sentido Montes Claros (MG), perdeu o controle do veículo e invadiu a pista contrária. Ele bateu em um ônibus que seguia em direção a Salinas. Uma van tentou desviar da colisão e acabou atingida por uma carreta. A van saiu da pista e tombou.

O caminhão que começou o acidente continuou desgovernado e bateu em outra carreta, que transportava papel. Essa carreta saiu da pista e pegou fogo. Ainda sem controle, o caminhão bateu em outro ônibus. O caminhão transportado como carga no veículo desgovernado caiu em cima desse ônibus.


Acidente na BR-251 deixou 13 mortos e 39 feridos 
(Foto: Infográfico: Karina Almeida/G1)

MONTES CLAROS


Por Valdivan Veloso, G1 Grande Minas