Jovem que raptou e matou os filhos é enterrado sem velório


Gustavo e Bernardo foram achados mortos dois dias depois de serem raptados pelo pai — Foto: Arquivo Pessoal

23 de SETEMBRO 2018 - O jovem Raí Santos, de 23 anos, que raptou e matou os dois filhos em Boituva (SP), foi enterrado neste domingo (23). Ele foi achado enforcado e pendurado em uma árvore ao lado dos corpos dos filhos, uma área de matagal.

O horário do enterro do rapaz não foi divulgado e também não houve velório por questões de segurança. A Guarda Civil Municipal fez a escolta do carro funerário, já que moradores, revoltados com o crime, ameaçaram depredar o caixão. A família de Raí acompanhou o enterro.

Raí e os filhos, Gustavo Santos, de 3 anos, e Bernardo Alves, de 1 ano, foram encontrados mortos em um matagal próximo ao bairro Parque das Árvores, zona rural de Boituva (SP), neste sábado (22). O rapaz estava sumido com as crianças desde quinta-feira (20), após pegar os filhos na creche e fazer ameaças à ex-mulher.
Enterro de Raí Santos foi acompanhado por escolta da Guarda Civil Municipal em Boituva (SP) — Foto: Arquivo pessoal

Os corpos foram encontrados por uma equipe do Canil de Tatuí (SP), em uma propriedade rural, durante uma força-tarefa que envolveu policiais civis, militares, bombeiros e guardas municipais.

A polícia ainda não sabe como as crianças foram mortas. Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal, que deve emitir o laudo indicando a causa das mortes dos meninos.

Eles devem ser enterrados também em Boituva, mas o horário ainda não foi divulgado.
Raí Santos, de 23 anos, se enforcou em uma árvore após raptar e matar os filhos — Foto: Divulgação

Ameaças à ex-mulher

A mãe das crianças disse à Polícia Civil que o rapaz discutiu com ela na quinta-feira por não aceitar o fim do relacionamento e a ameaçou de morte.

Minutos depois, o rapaz foi até a creche, pegou os meninos, passou em uma loja que vende produtos agropecuários, comprou uma corda e desapareceu com os meninos, até ser encontrado morto.

“As informações que foram passadas é que o pai tinha liberdade de buscar os filhos na escola e falou que ia pescar com eles. Só que não foi mais visto e, segundo a ex-mulher, ele tinha feito ameaças e falou que tinha intenção de matar os filhos”, disse o delegado Carlos Antunes no dia do sumiço.


Por Carla Monteiro, TV TEM, Itapetininga

Servidores fantasmas da Assembleia Legislativa do RN recebem Bolsa Família, diz MP


Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte — Foto: ALRN/Divulgação

20 de SETEMBRO 2018 - Quatro dos funcionários fantasmas supostamente envolvidos em um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte estavam inscritos no Bolsa Família enquanto recebiam os salários da Casa. Eles são investigados na Operação Canastra Real, deflagrada pelo Ministério Público na segunda-feira (17). O esquema fraudulento desviou R$ 2,4 milhões em recursos públicos, segundo o MP, que nesta quarta (19) divulgou as informações que embasaram os pedidos de prisão e busca e apreensão.

De acordo com o levantamento feito pelo Ministério Público, os quatro servidores ocupavam cargos na Assembleia Legislativa potiguar com salários de até R$ 5 mil. Entretanto nunca deixaram a linha de extrema pobreza e recebem até hoje o benefício do Bolsa Família. Todas essas pessoas moram no interior do estado.

Duas delas tinham fornecido procuração ao secretário-geral da Presidência da AL para que ele pudesse fazer operações em suas contas bancárias. Ambas moram na cidade de Touros e, mesmo ocupando os cargos de assessores políticos, nunca tiveram a renda alterada no cadastro do Bolsa Família. O secretário-geral da Presidência sacava mensalmente quantias em diferentes contas bancárias. O MP apurou que ele possuía 51 procurações, e a maioria era de servidores e ex-servidores da Casa.

As outras duas mulheres tinham cargos indicados pela chefe de gabinete da Presidência, Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho, maior operadora do esquema, ainda segundo o Ministério Público. A situação era a mesma: apesar das nomeações na Assembleia, as duas continuavam recebendo o Bolsa Família. Elas são da cidade de Espírito Santo.

“A nomeação dos apaniguados em cargos com alta remuneração financeira da ALRN serviu exclusivamente para desvio de dinheiro público, sobretudo em favor da arregimentadora do esquema”, argumenta o MP.

Canastra Real

Segundo as investigações, o esquema apurado pela Canastra Real foi iniciado em 2015. De acordo com o MP, Ana Augusta Simas Aranha Teixeira de Carvalho, chefe de gabinete da Presidência da AL, indicava pessoas para ocupar cargos na Casa e dava o próprio endereço residencial para constar nos assentos funcionais e nos cadastros bancários dos servidores fantasmas por ela indicados.

Cinco dos presos nesta operação são ex-assessores técnicos da presidência da Assembleia que foram indicados por esta servidora e que tinham altos vencimentos na AL, embora não possuíssem nível superior.

Ainda segundo a apuração dos promotores, os salários dos envolvidos no esquema eram sacados sempre em sequência, com valores idênticos. Na maior parte das vezes, esses saques aconteciam em uma agência bancária instalada dentro da própria Assembleia.

Um funcionário do banco ouvido pelo MP confirmou tudo. Ele disse que Ana Augusta acompanhava todas as transações do grupo de servidores indicados por ela. O bancário revelou ainda que, por vezes, já entregou os valores em um envelope nas mãos da própria chefe do gabinete da Presidência, ao final das transações.

Os servidores iam até a agência juntos, sacavam o total dos salários, e não ficavam com as quantias. Todo o dinheiro era posto em um só envelope. “Os depoimentos colhidos (...) trouxeram elementos de prova e apontar que os altos salários recebidos por eles não eram destinados aos respectivos titulares, mas sim para serem desviados em favor de terceiros, tudo com dirigência de Ana Augusta Simas Teixeira de Carvalho” afirma o MP.

O funcionário do banco também confirmou que o secretário-geral da Presidência da Assembleia sacava valores de diferentes contas, em nomes de outras pessoas, das quais tinha procuração. O Ministério Público indica que há ligação entre os grupos comandados pela chefe de gabinete da Presidência e pelo secretário-geral.

O Ministério Público diz ainda que, em alguns momentos, esses servidores fantasmas sequer ficavam com os seus cartões do banco. As investigações seguem em curso.

Na segunda-feira (17), operação cumpriu 6 mandados de prisão e outros 23 de busca e apreensão nas cidades de Natal, Espírito Santo, Ipanguaçu e Pedro Velho. Outras duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

ESPÍRITO SANTO  NATAL  RIO GRANDE DO NORTE
TOUROS


Por Rafael Barbosa, G1 RN

Após ser hackeado, grupo do Facebook contra Bolsonaro chega a 2,5 milhões de participantes

O candidato Jair Bolsonaro continua na liderança no Estado de S.Paulo Foto: REUTERS/Diego Vara

19 de SETEMBRO 2018 - O movimento de mulheres contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República cresceu significativamente depois de várias tentativas de derrubar o grupo criado no Facebook, que já conta com 2,5 milhões de integrantes. Ao longo do fim de semana, quando a página ficou fora do ar em diferentes ocasiões, a hashtag #EleNão foi utilizada 193,4 mil vezes e a #EleNunca outras 152 mil vezes em todo o País.
Levantamento realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) na segunda-feira, 17, mostra que as hashtags contrárias a Bolsonaro foram usadas de forma recorrente em postagens sobre o ataque à página Mulheres Unidas Contra Bolsonaro e também nas denúncias de ameaças feitas às administradoras do grupo e participantes. As hashtags apareceram ainda em postagens críticas que acusam o candidato de machismo, misoginia e homofobia. 

“Duzentas mil menções em 48 horas, num fim de semana, é um número muito considerável em se tratando de internet no Brasil, sobretudo porque não houve um evento externo, como um debate por exemplo, para mobilizar a discussão”, explica o pesquisador Lucas Calil, da FGV. “E um grupo reunindo 2,5 milhões de mulheres também é muito significativo, sobretudo por mostrarem uma unidade, manifestada pelo uso das hashtags.”
De acordo com a FGV, os partidários de Bolsonaro lançaram uma resposta na forma da hashtag #EleSim, que teve 85 mil referências no mesmo período de tempo. Em geral, a hashtag surgiu em postagens que acusam o movimento das mulheres de ser uma farsa da esquerda. O próprio Eduardo Bolsonaro, filho do presidenciável, fez um post tentando desacreditar o grupo. Em meio à polêmica, o Facebook se pronunciou, garantindo a autenticidade da página.
Bolsonaro luta contra um porcentual de rejeição muito alto (de 43% segundo o Datafolha); que é ainda mais elevado entre as mulheres (chegando a 49%). A mobilização delas se materializou por meio do grupo, criado há duas semanas, e se tornou ainda mais forte depois que a página foi hackeada. Manifestações marcadas para as próximas semanas prometem levar o movimento virtual para as ruas.
O grupo da FGV constatou ainda que as manifestações via rede foram bem distribuídas nas principais capitais brasileiras. Rio de Janeiro e São Paulo registraram o maior movimento, com 13% e 12% das citações respectivamente; mas as demais capitais registraram entre 3% e 5% das menções, o que, segundo os especialistas é um padrão normal.
Não apenas o grupo da FGV acompanhou o embate do fim de semana. O Laboratório de Estudos sobre Imagens e Cibercultura, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) também esteve atento à movimentação das redes. “Acho que só as redes podem derrotar Bolsonaro”, afirmou o pesquisador Fábio Gouveia, da UFES. “O candidato mostrou que domina os mecanismos clássicos da comunicação, em debates e entrevistas. Mas, nas redes, ele passa a ser alvo da estrutura que sempre usou para alavancar sua campanha.”
Na análise de Fábio, os números são muito expressivos. E o fato de o movimento ter sido orgânico e ter sido atacado é ainda mais importante. “Bolsonaro já havia conseguido escapar ileso de todas as tentativas de abordar essa questão (das mulheres) nas mídias tradicionais, tanto em entrevistas quanto em debates, tinha conseguido se livrar das armadilhas”, diz. “Mas o movimento é forte e pode ter um impacto real na eleição sobretudo ao influenciar pessoas que ainda estão indecisas.”
Roberta Jansen, O Estado de S.Paulo

Tiro que atingiu filho de ex-prefeito do RN não partiu dos bandidos, afirma delegada


Benes Leocádio Júnior tinha 16 anos — Foto: Reprodução/Facebook

18 de SETEMBRO 2018 - Um dos tiros que atingiu o estudante Benes Leocádio Júnior, de 16 anos – que foi feito refém em meio a um assalto e acabou morto após ser baleado durante o confronto entre policiais militares e os criminosos, fato ocorrido em agosto na Zona Norte de Natal – não partiu das armas apreendidas com os bandidos. A afirmação é da delegada Taís Aires, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Além de Benes, um dos assaltantes também morreu na troca de tiros. Ele foi identificado como Mateus da Silva Régis, de 17 anos. O outro suspeito, que também é menor de idade, encontra-se internado em uma unidade para adolescentes infratores. Ele foi apreendido na última sexta (14), apos passar dois dias em liberdade assistida em razão de não haver vagas no sistema socioeducativo.

Ao G1, a delegada que preside o inquérito explicou que Benes Júnior foi baleado duas vezes. Um dos tiros atingiu o dorso e o outro a virilha dele. “Um dos projéteis ficou no corpo do estudante. E esse projétil é de fuzil. O que ainda precisamos descobrir é de qual arma, ou seja, qual foi o policial que fez esse disparo”, pontuou. “Já o outro tiro, transfixou e o projétil não foi encontrado”, acrescentou.“

O laudo que aponta a causa da morte eu ainda não recebi, por isso não posso afirmar, categoricamente, que esse tiro de fuzil foi o tiro fatal. O que podemos afirmar, até agora, esse disparo de fuzil não foi feitos pelos bandidos, que estavam com dois revólveres calibre 38, e que um dos tiros foi de fuzil”, ressaltou a delegada. “Porém, muito provavelmente, foi esse tiro que causou sua morte”, ponderou.

Ainda de acordo com Taís, a perícia feita pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) concluiu que o projétil recolhido é de tamanho e peso compatíveis com o projétil de um fuzil calibre 5,56, que foi uma das armas apreendidas com os PMs. As outras armas apreendidas com os policiais, segundo a própria PM, foram quatro pistolas, uma espingarda e uma submetralhadora.

Inquérito

Taís Aires espera concluir as investigações em até 15 dias. Ela disse que, a princípio, o menor que foi apreendido deve responder por ato infracional análogo ao crime de roubo qualificado já que os menores fizeram vários assaltos em sequência, com o agravante da restrição de liberdade, uma vez que Benes Júnior foi feito refém.

Quanto aos PMs, a delegado disse que as investigações ainda devem individualizar a conduta de cada um dos quatro PMs que participaram da ação. “O trabalho ainda está em andamento. Até o final do inquérito deveremos apontar se houve ou não indício de crime por parte dos policiais, e como e se eles serão responsabilizados pela morte do estudante”, concluiu.

PMs afastados

A assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que os quatro PMs que participaram da ação permanecem afastados das ruas, e devem continuar exercendo atividades burocráticas até a conclusão do Processo Administrativo Disciplinar instaurado pela própria corporação.

Sequestro relâmpago


Carro da família de Benes Leocádio foi atingido por vários 
tiros durante o confronto. Dentro do veículo estava o filho 
dele, feito refém pelos assaltantes — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução

O sequestro relâmpago de Benes Júnior aconteceu na tarde do dia 15 de agosto no bairro Tirol, na Zona Leste de Natal. O estudante foi buscar documentos dentro do carro da família, que estava estacionado na Av. Romualdo Galvão, quando foi surpreendido pelos dois adolescentes. Os assaltantes roubaram o carro e levaram junto o estudante, que foi obrigado a dirigir o veículo.

Segundo a PM, os criminosos circularam por quase uma hora com Benes Júnior, até que se depararam com uma viatura na Avenida Moema Tinoco, na Zona Norte. Em depoimento, os policias dizem que atiraram em revide a disparos feitos pelos bandidos, e que atiraram nos ocupantes do veículo porque acreditavam que Benes estava dentro do porta-malas do veículo. Benes ainda foi socorrido para a UPA do Pajuçara, mas não resistiu aos tiros que levou.

LAJES  NATAL  RIO GRANDE DO NORTE

Por Anderson Barbosa, G1 RN

Unicamp: número de estudantes da rede pública matriculados em medicina salta de 15% para 81% em 4 anos


Vista aérea da Unicamp, em Campinas — Foto: Antoninho Perri/Ascom/Unicamp

17 de SETEMBRO 2018 - O número de estudantes que cursaram o ensino médio na rede pública matriculados no curso de medicina da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) saltou de 15% para 81% nos últimos quatro anos, de acordo com dados da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest).

Para a coordenadora de graduação da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Joana Fróes Bragança Bastos, as modificações realizadas no Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS) em 2015 e aplicadas a partir do Vestibular 2016 estão diretamente ligadas à maior participação desses estudantes no curso de medicina.


O PAAIS foi instituído em 2004 e aplicava bônus às notas dos estudantes oriundos da rede pública nas provas da 2ª fase do vestibular. A partir do vestibular 2016, o sistema de bonificação começou a ser utilizado também na 1ª fase do processo seletivo.

"Como resultado desta política houve aumento do número de alunos ingressantes que se utilizaram desta bonificação chegando a aproximadamente 80% dos alunos matriculados no curso de medicina em 2018, levando a uma maior diversidade social e étnica", destaca Joana.

Beneficiado com a mudança de bonificação do PAAIS no vestibular de 2016, Gabriel Barreira Picolomoni, de 22 anos, destaca que o incentivo é um "curativo para corrigir uma educação falha desde o fundamental no ensino público".

"Apesar disso, alunos que vieram de escola pública mostram um empenho muito grande e estão voando no curso. É quase como um sentimento de ter que provar algo, que somos capazes. Fazemos por merecer", destaca.


Candidatos ao vestibular da Unicamp 2018 fazem a prova em Campinas — Foto: Priscilla Geremias/G1

Um levantamento da Unicamp com o desempenho dos alunos em anos anteriores à mudança do PAAIS mostra que diferença de desempenho dos estudantes da rede pública dos demais candidatos aprovados no vestibular, verificado nas notas do processo seletivo, é igualado ou até mesmo superado durante a graduação.

Novos estudos sobre o desempenho dos alunos ingressantes com a bonificação do PAAIS estão sendo realizadas pela universidade.

"Como o curso de medicina apresenta alta demanda, os alunos ingressantes foram submetidos a rigoroso processo de seleção e apresentam alto rendimento durante o curso", defendeu a professora Joana Fróes Bragança Bastos.

Como funciona o PAAIS

Desde o Vestibular 2016, estudantes da rede pública recebem bonificação de 60 pontos na 1ª fase do processo seletivo da Unicamp. Os candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas (PPIs) recebem mais 20 pontos.

Na 2ª fase, o bônus passa a ser de 90 pontos para estudantes do ensino médio da rede pública, com adicional de 30 pontos aos PPIs.

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CAMPINAS  UNICAMP

Por Fernando Evans, G1 Campinas e região

Descendente de escravos, idoso morre aos 113 anos em Mato Grosso


Antônio Mulato morreu aos 113 anos em Mato Grosso — Foto: José Medeiros

17 de SETEMBRO 2018 - Descendente de escravos, Antônio Benedito da Conceição, mais conhecido como Antônio Mulato, morreu nesse sábado (15) aos 113 anos em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

Mulato nasceu e morava na comunidade de Mata Cavalo, em Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá.

Em três relacionamentos, ele teve mais de 18 filhos, 34 netos, 41 bisnetos e 17 tataranetos e 2 trisnetos.
Antônio Benedito da Conceição, mais conhecido como 
Antônio Mulato, morre aos 113 anos em 
Mato Grosso — Foto: José Medeiros

Segundo familiares, Mulato estava internado desde quarta-feira (12) no Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG) com complicações renais. Ele não resistiu e morreu no final da tarde.
O velório é realizado desde a madrugada deste domingo 
(16) na Câmara Municipal de Vereadores de Nossa Senhora 
do Livramento — Foto: Marcelo Souza/TV Centro AMérica

O velório é realizado desde a madrugada deste domingo (16) na Câmara Municipal de Vereadores de Nossa Senhora do Livramento.

O corpo de Mulato deve ser velado até o início da tarde. A previsão é que o cortejo fúnebre saia entre 13h e 14h para o cemitério da Comunidade Mata Cavalo, mesmo lugar onde estão enterrados os pais dele e uma das mulheres que teve.

Antônio Benedito fez flexão durante a festa de aniversário de 110 anos. — Foto: Reprodução/ TVCA

História

A comunidade onde o idoso morava é ocupada por descendentes de escravos há mais de 120 anos. Esbanjando saúde, em festas de aniversário, o idoso mostrou que estava em boa forma e fez flexões para mostrar que ainda estava em forma.

Segundo a família, Mulato sempre comeu de tudo, mas não gostava dos alimentos enlatados. Os pratos favoritos dele nos últimos aniversários foram o cozidão [carne e mandioca ao molho], feijão com joelho de boi e farofa de banana.

O corpo de Mulato deve ser velado até o início da tarde 
em Nossa Senhora do Livramento — Foto: Marcelo Souza/TV Centro América

Antônio Mulato acordava cedo todos os dias e sentava na frente de casa para tomar um cálice de vinho branco. Outra bebida que não podia faltar na rotina era o guaraná ralado.

Sem saber ler e escrever, ele formou filhos professores, advogados e fazendeiros.

Pesar

Em nota, o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) lamentou o falecimento de Antônio Mulato, líder e símbolo da Comunidade Quilombola Mata Cavalo.

Em sua trajetória de vida, Antônio Mulato se destacou por lutar pela igualdade racial. Em 1940, conseguiu instalar a primeira escola pública do Brasil em uma comunidade quilombola.

Nas décadas de 1950, 1960 e 1970, em decorrência de sua defesa da terra quilombola, Mulato recebeu incontáveis ameaças de morte, por não aceitar deixar as terras que receberam.

Mulato sofria de mal de Parkinson e Alzheimer.

NOSSA SENHORA DO LIVRAMENTO  VÁRZEA GRANDE

Por Denise Soares, Gleyce Santos e Marcelo Souza, G1 MT e TV Centro América

OS EFEITOS DA POLITICAGEM.

Se eu não promovesse a politicagem dentro da minha família, haveriam mais abraços, sorrisos, perdão, amor. Se eu fizesse menos politicagem na minha vizinhança, eu teria vizinhos solícitos, agradáveis e acolhedores. Se eu não praticasse a politicagem nas escolas, com certeza haveria muito mais ensinamento, aprendizado e disciplina. Se eu não promovesse a asquerosa politicagem nas religiões por onde passo, aconteceriam mais milagres, pois o amor ao meu próximo me impulsionaria à ascensão espiritual. Se eu não fosse tão politiqueiro, indubitavelmente eu seria: Melhor filho, melhor irmão, melhor esposo, melhor pai, melhor profissional, melhor cidadão. A Política é importante. "Jesus Cristo foi político", quiçá, o maior; a politicagem é uma peçonha, envenena cabeças desprovidas de conhecimentos. Sejamos melhores cidadãos e cidadãs. Como posso tornar a sociedade mais agradável se eu estou podre, cheio de conceitos rançosos?  

Chico Filho.

Liderança indígena é baleada em Maracanaú, no Ceará


Cacique Madalena Pitaguary foi baleada na nuca após ser surpreendida por homem armado, no Ceará. — Foto: Arquivo Pessoal/Aldeia Pitaguary

13 de SETEMBRO 2018 - A Cacique Madalena Pitaguary (55), liderança indígena, foi baleada na noite desta quarta-feira (12), quando voltava para casa, na Terra Indígena Pitaguary, em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza.

O tiro penetrou a nuca, mas não chegou a fraturar o crânio. Cacique Madalena foi levada consciente a unidade hospitalar e não corre risco de morrer.

Segundo membros da comunidade, o caso aconteceu por volta das 20h30. Ela caminhava ao lado da irmã, do neto e de uma vizinha, quando foi surpreendida por um homem armado. Madalena travou luta corporal com o homem e a arma acabou disparando. O suspeito fugiu.

A polícia esteve no local e recolheu o depoimento de Cacique Madalena. Nesta quinta-feira (13), ela segue para delegacia na região onde vai registrar formalmente a ocorrência.

Por Ranniery Melo, G1 CE

Homem mata a esposa, mais quatro e se suicida na Califórnia


Um oficial de polícia do condado de Kern perto de área 
onde um homem abriu fogo e matou a mulher e mais 
quatro pessoas e depois se matou — Foto: Felix Adamo / The Bakersfield Californian / via AP

13 de SETEMBRO 2018 - Um homem armado abriu fogo em Bakersfield, Califórnia, matando cinco pessoas - incluindo sua mulher - antes de cometer suicídio, informou um porta-voz da polícia nesta quarta-feira (12). "Temos seis mortos, um é suspeito e há cinco vítimas", disse o tenente Mark King, do gabinete do xerife do condado de Kern. "Acreditamos que foi um caso de violência doméstica".

O incidente ocorreu no final da tarde em uma empresa de transporte.

"Quando os oficiais atenderam às chamadas de emergência encontraram três vítimas do tiroteio e um suspeito havia fugido", explicou King.

O suspeito se dirigiu então para uma residência, onde matou um casal a tiros, e em seguida roubou um carro com uma mulher e uma criança, que conseguiram escapar.

"Às 17h54 (22h54 em Brasília), o veículo estava parado diante de uma loja quando o suspeito notou a aproximação de um oficial e se matou", assinalou King.

"Nossos detetives têm cinco diferentes cenas de crime. Estamos ouvindo cerca de 30 testemunhas", afirmou o porta-voz, destacando que o suspeito utilizou uma arma de grosso calibre.

Por G1

Governo do RN renova situação de emergência por causa da seca em 152 municípios


Açude Dourado, em Currais Novos, é um dos que continua completamente seco — Foto: Anderson Barbosa/G1

13 de SETEMBRO 2018 - O Governo do Rio Grande do Norte renovou, por mais 180 dias, o decreto de situação de emergênciapor causa da seca em 152 dos 167 municípios do estado – o que representa 91% dos municípios potiguares. Essa é a 11ª vez seguida que isso acontece. A publicação foi feita na edição desta quinta-feira (13) do Diário Oficial do Estado.

O decreto leva em consideração análises técnicas que monitoram a questão da segurança hídrica no estado. O objetivo é facilitar o trâmite dos processos que envolvem obras e serviços para minimizar os prejuízos causados pela estiagem. No Rio Grande do Norte, faz 7 anos que as chuvas estão abaixo da média histórica.

Segundo os dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape), a escassez hídrica vem causando perdas de receitas de mais de R$ 4,3 bilhões por ano aos cofres públicos, o que representa uma redução superior a 50% na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do estado.

De acordo com o Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn), atualmente uma situação “extremamente crítica” nos reservatórios. Dos 47 monitorados neste início de 2018, três estão totalmente secos e oito em volume morto.

Chuvas

Considerando os dados coletados pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte, a Emparn, no primeiro semestre deste ano foram registradas chuvas na maioria dos municípios potiguares, conduzindo à classificação nas seguintes categorias:

. Normal, chuvoso ou muito chuvoso: 84 municípios

. Seco: 33 municípios

. Muito seco: 21 municípios

. Sem informações pluviométricas: 29 municípios

RIO GRANDE DO NORTE

Por G1 RN

ASSEIKEN: DISCIPLINA, TRANQUILIDADE E PAZ, ATRAVÉS DO AMOR E DO RESPEITO.


Sempre acreditei na melhoria do ser humano, pela Disciplina; infelizmente algumas pessoas desprovidas de essência espiritual, adotam o grito, a pancada e a força no intuito de disciplinar; porém, o indivíduo submetido a esses rudes métodos, é tomado de medo e a tendência de sofrer um aleijamento de conduta é muito grande. A força não conduz ao respeito, e sim, ao "medo"; o respeito é uma consequência da Disciplina, e a Disciplina por sua vez, é conquistada através do respeito, do amor, e da valorização do ser. 
Melhorando o indivíduo, melhora-se a sociedade e toda a humanidade é beneficiada. 
O Karatê é uma das escolas que trabalha em prol da saúde espiritual, conduzindo a criatura à um aperfeiçoamento moral, integrativo e inclusivo; por uma lapidada educação, fazendo com quê a pessoa humana seja edificadora de uma sociedade aprazível. 
Aqui registro os meus parabéns, por tão salutar trabalho educativo e disciplinar, ao Sensei Paulo Victor, ao Shihan Evilazio Jocas e a todos os que fazem a Academia de Karatê Asseiken.

Fotos da apresentação do Grupo de Karatê Asseiken, ministrada pelo Sensei Paulo Victor, na Casa de  Cultura Popular de Martins no dia 05 de Setembro de 2018.





Motorista morre após carro pegar fogo em acidente no interior do RN


Carro pegou fogo depois de bater contra uma árvore 
na cidade de Areia Branca — Foto: Divulgação/PM

12 de SETEMBRO 2018 - Um homem morreu queimado depois que o carro que ele dirigia pegou fogo durante um acidente ocorrido nesta terça-feira (11) na RN-404, na comunidade de São José, em Areia Branca, interior potiguar. O condutor seguia sozinho no veículo e bateu contra uma árvore. A vítima foi identificada como João de Deus, um pedreiro que mora na região.

De acordo com a Polícia Militar, a colisão aconteceu por volta faz 14h30. A PM informou que o homem perdeu o controle do automóvel, saiu da pista e bateu na árvore. Foi quando o veículo pegou fogo.

Pessoas da comunidade ainda tentaram tirar o motorista do carro, mas não conseguiram. Ainda segundo a polícia, ele estava preso às ferragens e as chamas se espalharam rapidamente.

AREIA BRANCA  RIO GRANDE DO NORTE

Por Keyson Cunha, Inter TV Costa Branca

Após atravessar o país de carona em caminhões, imigrante venezuelano encontra lar no RN: 'É maravilhoso'


Diego Orozco exibe identidade de estrangeiro, adquirida 
no Brasil. Sonho é conseguir visto permanente 
(Foto: Igor Jácome/G1)

11 de SETEMBRO 2018 - Diego Orozco, 34 anos, ainda lembra do dia em que teve que explicar à esposa e à filha mais velha que só havia duas opções para a família: "pela situação, ou ficavam todos juntos com fome, com problemas, ou eu ia embora e pelo menos íamos ter a esperança de aparecer algo melhor", conta. Desde então, a família venezuelana passou por vários meses de saudades, até se reencontrar em Natal em novembro de 2017, onde conta com uma rede de solidariedade.

"Eu primeiro pensei em ir até a cidade que faz fronteira com o Brasil, Santa Elena de Uairén, que tem comércio melhor, por ser um povo fronteiriço. Em Santa Helena, percebi que o problema era muito parecido, não tão difícil como no centro do país, mas difícil. Aí tomei a decisão de entrar no Brasil e procurar melhores oportunidades", lembra o estrangeiro, natural do estado de Carabobo.

Depois de dois anos desempregado e sem conseguir trabalho em outros estados na Venezuela, onde nasceu e cresceu, Diego entrou no Brasil no ínicio do ano passado, pelo principal caminho usado pelas pessoas que fogem da crise venezuelana: a fronteira com o município de Pacaraima, em Roraima. Seus companheiros de viagem: uma mochila e quase nenhum dinheiro.

Nos primeiros dois meses, sobreviveu de pequenos trabalhos realizados na região, limpando quintais, ajeitando aparelhos de ar condicionado, até perceber que a situação estava ficando complexa, pela quantidade de venezuelanos na região. Foi então que ele resolveu cortar o país em boleias de caminhões. Foram incontáveis caronas e pelo menos cinco estados percorridos, até chegar a Minas Gerais. "Fui viajando, viajando, viajando, sempre de carona em carretas. Ficava em postos algum tempo até aparecer outra pessoa pra ajudar", conta em bom português, com inegável sotaque.

Acolhido por uma senhora que conheceu em Minas Gerais, Diego ganhou uma passagem de avião para Natal, onde foi recebido por familiares dela, e agora busca se estabelecer. Ele está em seu segundo emprego. Começou trabalhando em um petshop. Atualmente, opera empilhadeira em uma fábrica de plásticos de Parnamirim, na região metropolitana da capital. Foi mandando algum dinheiro para casa e, com a ajuda de novos amigos brasileiros, conseguiu trazer a família no final de 2017. Eles moram em uma casa alugada, em Parnamirim.

Agora, a família tenta conseguir um visto permanente no país. No caso da filha mais nova, que tem seis anos de idade e ainda não tinha documentos, a luta é por refúgio.


Venezuelano Diego Orozco viajou de Roraima a 
Minas Gerais de carona em carretas 
(Foto: Igor Jácome/G1)

Sistema em colapso

"A gente não tem garantido o direito à alimentação, o direito à vida, à saúde, à educação, ao trabalho, mesmo", diz Diego sobre a Venezuela. "Quando o sistema político e econômico fracassa, colapsa, não garante à sociedade esses direitos mínimos para viver. Quando você não tem alimento, não compra medicamento, quando tem insegurança, etc, não tem futuro. As novas gerações, meus filhos, não têm futuro lá. Mesmo que eles consigam continuar seus estudos, não dá, porque o mercado laboral não existe", considera.

Diego Orozco lembra que até 2014 trabalhava como técnico em uma indústria, no seu estado natal. Sua esposa, com formação em psicopedagogia, também tinha um emprego. Juntos, compraram uma casa e possuíam um carro - uma vida modesta, mas tranquila. Foi no final daquele ano que a situação do país começou a declinar drasticamente, segundo ele. A indústria sequer conseguia matéria-prima para continuar a produção. O desemprego chegou. Eles procuraram outros trabalhos, mas sem sucesso.

"Comecei a vender carro, ferramentas, tudo que podia vender", lembra Diego. Mas o venezuelano considera que a situação é pior do que apenas falta de renda. "A gente pode até ter emprego, mas não tem acesso à alimentação, pelo fato da superdesvalorização da moeda. Tudo é muito alto. A pessoa com um salário mínimo só consegue comprar uma bandeja de ovos e um frango, por exemplo. E você não encontra, os supermercados ficam desabastecidos. A gente fazia fila de três dias no supermercado esperando que aparecesse um caminhão com alguma coisa. Você não tem tempo para trabalhar, porque está na fila. Gera um desequilíbrio muito grande. Mesmo trabalhando, não tem condições", pondera.

"É uma crise política, econômica e social. Política pela situação do sistema que lá tem, econômica, porque o modelo político impõe um modelo econômico que colapsou; e social porque, infelizmente, insegurança, violência, tudo isso aumentou, e não dá para viver lá", lamenta.

Novo lar



Venezuelano Diego Orozco conversa com a estudante 
Gilce Azevedo, do Programa Sem Fronteiras, no RN 
(Foto: Igor Jácome/G1)

O sonho da família Orozco é continuar no Brasil. Diego afirma que, do seus país de origem, sente falta apenas da mãe, do irmão e dos primos. Até na gastronomia, prefere a brasileira. "Brasil é um país maravilhoso, com uma cultura muito bonita, acolhedora, hospitaleira. São pessoas abertas a acolher o estrangeiro, gostam de conhecer a gente e de ajudar. É maravilhoso. Aqui é melhor que lá em todos os sentidos, gastronomia, os temperos, tudo", complementa.

Em Natal, além da solidariedade da família que acolheu Diego no princípio, os Orozco contam com a ajuda de novos amigos que fizeram. Eles também são atendidos por um programa da Universidade Potiguar (UnP) que atende refugiados e imigrantes em situação de vulnerabilidade que chegam à capital. De acordo com a estudante do curso de Relações Internacionais Gilce Azevedo, de 28 anos, o Projeto Sem Fronteiras oferece serviços de odontologia e atendimento médico, além de assessoria jurídica a essas pessoas, que enfrentam barreiras com a lingua e documentações, na maior parte das vezes. Atualmente, 30 estrangeiros são cadastrados no programa.

"Natal não recebe muitos imigrantes. A gente vê que a maior parte dos venezuelanos está concentrada no Norte e, agora que o governo está começando a interiorizar eles no país, estão focando no sudeste. Não existe um grande fluxo para cá. No programa, os únicos venezuelanos são Diego e a família dele", conta Gilce.


Por Igor Jácome, G1 RN