A iemenita Saida Ahmad Baghili, de 18 anos, que sofre
de desnutrição severa; sua foto correu o mundo e se
tornou símbolo da guerra do Iêmen
(Foto: Abduljabbar Zeyad/Reuters)
31 de OUTUBRO de 2016 - É impressionante que Saida Ahmad Baghili consiga sustentar seu corpo, sentada em uma cama do Hospital Al-Thawra, em Sanaa, a capital do Iêmen. Seus membros, de tão finos, parecem vergar.
Na verdade, é um milagre que Saida, de 18 anos, esteja viva - ou que estivesse há cerca de uma semana, quando a imagem captada por um profissional da agência de notícia Reuters correu o mundo e se tornou o símbolo da brutal guerra civil que assola o país do Oriente Médio.
Além de se envolver diretamente no combate aos houthis, os sauditas comandam um bloqueio naval que complicou o fornecimento de comida, água e medicamentos para os 2,5 milhões de iemenitas desabrigados.O conflito, iniciado por uma rebelião de um movimento político-religioso conhecido como houthi, arrasta-se há mais de um ano e meio, agravado pela intervenção da vizinha Arábia Saudita, que apoia o regime do presidente Abdrabbuh Mansur Hadi - os houthis, por sua vez, contam com apoio do Irã, inimigo dos sauditas. Os dois países estão entre os mais importantes em termos econômicos e militares do Oriente Médio.
Segundo um recente relatório das Nações Unidas, pelo menos 14 milhões de pessoas - mais da metade da população do país - enfrentam a escassez de alimentos.
Gente como Saida. Ela foi hospitalizada no último dia 21, devastada pela fome e uma severa má-nutrição. De acordo com um artigo da agência de notícias Reuters, a jovem estava tão fraca que sequer conseguia comer, sobrevivendo com uma dieta de suco, leite e chá, segundo sua família.
Na verdade, é um milagre que Saida, de 18 anos, esteja viva - ou que estivesse há cerca de uma semana, quando a imagem captada por um profissional da agência de notícia Reuters correu o mundo e se tornou o símbolo da brutal guerra civil que assola o país do Oriente Médio.
Além de se envolver diretamente no combate aos houthis, os sauditas comandam um bloqueio naval que complicou o fornecimento de comida, água e medicamentos para os 2,5 milhões de iemenitas desabrigados.O conflito, iniciado por uma rebelião de um movimento político-religioso conhecido como houthi, arrasta-se há mais de um ano e meio, agravado pela intervenção da vizinha Arábia Saudita, que apoia o regime do presidente Abdrabbuh Mansur Hadi - os houthis, por sua vez, contam com apoio do Irã, inimigo dos sauditas. Os dois países estão entre os mais importantes em termos econômicos e militares do Oriente Médio.
Segundo um recente relatório das Nações Unidas, pelo menos 14 milhões de pessoas - mais da metade da população do país - enfrentam a escassez de alimentos.
Gente como Saida. Ela foi hospitalizada no último dia 21, devastada pela fome e uma severa má-nutrição. De acordo com um artigo da agência de notícias Reuters, a jovem estava tão fraca que sequer conseguia comer, sobrevivendo com uma dieta de suco, leite e chá, segundo sua família.
A iemenita Saida Ahmad Baghili, de 18 anos, que sofre
de desnutrição severa
(Foto: Abduljabbar Zeyad/Reuters)
"Explicamos para os parentes de Saida o que poderia acontecer. E, apesar de toda sua fragilidade, ela mostrou muita dignidade ao posar. E sentimos que a família tinha esperança em uma melhora", contou Boyce.
De acordo com o jornal britânico "The Independent", Saida vem de um vilarejo pobre nos arredores de Hodeida, cidade próxima ao Mar Vermelho e controlada pelos houthis. O jornal entrevistou uma tia da jovem, também chamada Saida. Ela contou que a sobrinha está doente há cinco anos, sem entrar em detalhes, mas uma enfermeira do Al-Thawra disse à Reuters que a desnutrição é o principal problema de Saida.
No final de agosto, a ONU estimou em 10 mil o número de pessoas mortas nos 18 meses de conflito da guerra civil do Iêmen.
Da BBC
Fonte: G1
CHICO FILHO.